sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Valorize seu Tempo!

Como devem ter percebido, bastou as aulas começarem para os posts diminuírem. O fato de estudar (seja administração, seja filosofia, seja gerenciamento de projetos, seja inglês...), trabalhar e manter as minhas atividades (seja surf, seja violão, seja escrita, seja leitura...) me remete a uma necessidade de valorizar mais meu tempo. Aliás, aproveito o momento para compartilhar minha visão sobre este recurso.


1º Verdade: Todos, mas todos, sem exceção, dispõem de tempo livre.

Faça um teste (meio maluco, mas muito interessante): marque, durante todo o seu dia, o tempo que desprende em cada atividade. Crie uma relação como:
- 06:30 às 07:00: acordei e fui para o trabalho;
- 8h às 08:30: conversei sobre o final de semana com os colegas;
- 08:30 às 09h: li meus e-mails e algumas noticias na internet;
- etc, etc, etc.
É engraçado observar que, ao final do dia, você passa mais tempo lendo e-mails do que qualquer outra coisa. Ou então que passa três horas dentro de um ônibus sem fazer outra coisa que não seja observar a rua. Você também pode constatar que, no domingo, passa seis horas do dia assistindo TV. Lacunas de ócio também poderão serem constatadas nesta análise.


2º Verdade: As prioridades são mal definidas

Não há nada errado em assistir TV, muito menos em contemplar a paisagem ou desfrutar de uma sessão prolongada de ócio, desde que estas sejam as suas prioridades de vida. A maioria das pessoas não as defini com clareza, e isto gera frustração. São muitos os que gostariam de visitar os parentes com mais freqüência, sair para tomar chimarrão aos domingos ou simplesmente ler os livros que se empilham na prateleira (e aumentam a cada formatura, aniversário ou qualquer outra data). Talvez o que muitos de nós precisamos é de prioridades e não de mais tempo livre.


3º Verdade: O tempo é visto como um recurso infinito

Cuidamos apenas dos nossos bens materiais e concentramos nossas preocupações, esforços e cuidados nisso. Ninguém valoriza seu tempo. Faz-se uso dele muito largamente como se fosse gratuito. Porém, quando doentes ou próximos da morte, estamos prontos para abrir mão de tudo que temos por mais uma semana de vida (confuso isso!). Um exemplo disto são os dispositivos de segurança que colocamos em nossos bens materiais para evitar o roubo. O que você faz para evitar que pessoas ou programações indesejadas roubem seu tempo? Nada é feito, pois há uma visão generalizada de que o nosso tempo, em vida, é infinito (talvez para fugir da certeza de que um dia iremos morrer). Se refletirmos um pouco, perceberemos que este recurso é mais finito que qualquer bem material, dos quais muitos atravessam gerações.







“Se pudéssemos apresentar aos homens a conta dos dias futuros, da mesma forma como se faz com os que já passaram, como tremeriam aqueles que vissem restar-lhe poucos anos e como os economizariam. Se já é difícil administrar o que, embora pouco, é certo, deve-se conservar com muito cuidado aquilo que não se pode saber quando acabará.” *


“Não temos uma vida breve e sim fazemos com que seja assim. Pequena é a parte da vida que vivemos, porque o restante, não é vida, e sim tempo.” *


*Sêneca, filosofo estóico no Ensaio Sobre a Brevidade da Vida

Um comentário:

  1. **** è valorizar o tempo, estou fazendo um curso intensivo sobre isso, sobre paciência, disciplina, e prioridades. E o mais interessantes, neste curso, é que se aprende a não dar valor aquilo que não merece...teu texto segue a mesma linha, bastante ilustratório
    bjs

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