sábado, 29 de janeiro de 2011

"O que diz a Bíblia sobre o Homossexualismo?!?!?"

Estava lendo alguns blogs quando encontrei este link: http://mulheresabias.blogspot.com/2011/01/o-que-biblia-diz-sobre-o.html


Trata-se de um texto, escrito por uma blogueira evangélica, que utiliza de argumentos bíblicos para defender o quanto o homossexualismo é nocivo. Embora conhecesse o posicionamento da igreja (uso igreja para me referir a todas as religiões) fiquei um pouco frustrado. Dentre os comentários ainda há o seguinte: "Obrigado por nos proporcionar este texto sobre homossexualismo. Sem dúvida hoje é a maior batalha que nós evangélicos enfrentamos.[...]". Respondendo, escrevi o seguinte comentário:


----------
Não sou homossexual, mas penso que eles são apenas diferentes de mim. Não os considero aberrações, errados, impuros ou algo do gênero. Apenas penso diferente deles. A intolerância quanto as diferenças foi e é a principal causa de conflitos e de guerras. Deixem-nos ser como são. Deixem-nos viver a vida que levam. Percebam quanto tempo gastamos contrariando algo quando poderíamos estar investindo-o para promover algo. Desafio alguém que encontre na Bíblia um único relato de Jesus contrário a algo que não seja sua revolta com transformação da casa de seu Pai em uma casa de comércio (João 2:13 até 2:16). Pensem a respeito!


(Atos 10:34) – E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas;
(Mateus 5:9) – Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Também faço uso das palavras de um pastor protestante (Martin L. King) para complementar a idéia:
"Se não aprendermos a vivermos juntos como irmãos, morreremos juntos como tolos"


Abraço a todos!
----------

sábado, 22 de janeiro de 2011

Para quem gosta de música...

Você gosta de música? Realmente gosta? Então ouça isso (há diversas músicas no site, mas essas ficaram muito bacanas):
http://www.playingforchange.com/episodes/7/Chanda_Mama
http://www.playingforchange.com/episodes/2/Stand_By_Me
http://www.playingforchange.com/episodes/8/War_No_More_Trouble

O Playing for Change é um movimento que tenta demonstrar como as diferentes culturas podem conviver (e demonstra o quanto pode ser rica esta convivência).

Pensem a respeito. Será que de fato conseguimos fazer isso? Conseguimos absorver o que gostamos em uma cultura e respeitar aquilo que não compreendemos?

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sem essa de “Desastres Naturais”!

     Nos últimos dias, é quase impossível você ler qualquer artigo ou reportagem sem passar os olhos sobre o impacto das chuvas no estado do Rio de Janeiro. Bom, nestas passadas de olhos, percebi que, como sempre, estão tentando encontrar um culpado. De um lado, a população empurra a “cenoura” para o governo (por seguir impermeabilizando as ruas com asfalto e não monitorando as zonas de encostas), de outro, o governo devolve a cenoura para a população (pela ocupação das encostas dos morros) e para o clima (alegando que o aquecimento global tem provocado as chuvas), no entanto acredito que estamos diante de dois assuntos que se relacionam, porém são distintos: urbanismo e aquecimento global.

     Em relação ao primeiro, asfaltamos as ruas (sim, nós e não os governantes, pois todos sabem que nada dá mais votos do que asfaltar ruas, ou seja, aprovamos a medida) ignorando que parte do ciclo hídrico depende da absorção do solo. Aos que desconhecem o conceito de erosão (por sinal, no Rio de Janeiro, muitos desconhecem), bastaria revirarem os cadernos da sexta série e recordarem o que aprenderam enquanto falavam aos professores “Por que eu tenho de aprender isso? Nunca vou usar!”: em solos cobertos por florestas, a erosão é praticamente inexistente. A menos que, é claro, alguém tire a floresta e coloque uma casa no lugar. E, por fim, nossos centros urbanos sem vegetação criam micro-climas secos que aumentam a possibilidade de precipitação em regiões mais úmidas, como as serranas.

     Quanto ao aumento da temperatura na Terra (mudanças climáticas, aumento do aquecimento global, etc), isso é cientificamente comprovado (comparem dados da temperatura na Terra de 1860, quando o hemisfério sul passou a ser considerado na análise, até então e constatarão que se trata de uma realidade). Quanto ao seu motivo, bom, ai há muita discussão científica. Porém, enquanto cientistas discutem (sabe-se lá quais interesses eles estão defendendo), ficamos aguardando um veredito para saber se devemos fazer algo ou não. Por favor, isso é patético! Agimos como medievais esperando uma posição de monarcas e do clero. Independente se o motivo for os gases, o aumento da população, o desmatamento ou seja lá o que for, temos de reconhecer que as alterações climáticas não são naturais (aos céticos, repito: analisem as evidências cientificas a partir de 1860).

     Há uma série de ações ou de hábitos que podemos adotar para fazermos a nossa parte, porém todas são ineficazes se comparadas à consciência política. Temos de eleger deputados e senadores (sim, poder legislativo) que votem projetos de leis que tratem de medidas ambientais e, assim que o fizerem, devemos então cobrar a sua aplicação do Executivo. O problema é que estamos muito, mas muito distantes disso. Vejam que irônico: ano passado, definimos que o político que melhor nos representava era o Tiririca (vide sua votação majoritária) e agora a população tem a cara de pau de reclamar da política. Enquanto não criarmos esta consciência política, vamos continuar assistindo; seja pela televisão, seja aos pés do morro que acabara de desmoronar; a estes “desastres naturais” com uma perturbadora sensação de impotência.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Terminou a faculdade? Bacana! Próximo passo, melhorar de emprego, não é?

     Ano passado, enquanto decidia em quem ia votar para presidente, criei tópicos como educação, segurança e saúde e comparei as realizações de cada partido. Nesta pesquisa, decidi entender (e não comprar pronto o que a mídia tenta nos vender) o que levou o governo Lula a criar o sistema de aprovação automática, no qual as escolas públicas foram recomendadas a não reprovar alunos com menos de 9 anos, pois considerava este o sistema mais imbecil que poderia ser pensado. Foi então que eu descobri que o Conselho Nacional de Educação (CNE) realizou três audiências públicas para discutir medidas que reduzissem a evasão escolar e, a partir destes encontros com o público, decidiu-se sobre a não reprovação. O pior foi admitir que o governo era (e sempre será) apenas o reflexo do povo. Aliás, se observarmos com clareza, veremos esta afirmação em todo o sistema educacional.

     Por que eles, os governantes, irão se preocupar com educação se, para a população que representam, ela é apenas um pré-requisito empregatício? Isso mesmo! Ninguém está interessado no conteúdo do ensino das escolas ou das faculdades (fazendo justiça, 0,001% dos brasileiros estão). O que todos (99,999%, para continuar sendo justo) querem é o diploma. Os pais lembram os filhos que precisam estudar na infância para que não se tornem garis (não sei o porquê, mas sempre o utilizam como exemplo de subemprego) e que precisarão fazer uma faculdade para terem um bom emprego. E assim crescemos, acreditando que devemos ter um bom inicio nos estudos para não cairmos e um excelente término para termos chances de ascensão.

     Alguém pode ler o que acabei de escrever e pensar "Isso não é verdade! Tenho lido muito sobre a importância de tornar o ensino médio público tão bom quando o particular. Aliás, a sociedade têm pressionado para isso". Ok, não discordo quanto a este fato, porém discordo que isso seja um exemplo de preocupação com o ensino. Isso ocorre apenas por que os alunos de escolas particulares, devido ao seu ensino mais forte, adquirem vantagem nos vestibulares das universidades públicas. No Brasil, universidade pública é sinônimo de "Canudo de Graça". Se a preocupação é apenas com o diploma, que forma melhor de obtê-lo se não sem custo? É a partir daí que se iniciam as discussões sobre a qualidade das escolas públicas.

     Bom, então o que o governo faz para melhorar a qualidade da educação? Populariza as universidades. Isso é muito mais barato do que tentar igualar o ensino ao particular. Hoje, em cada esquina há uma "universidade" com cursos aprovados pelo MEC e com custo muito similar ao gratuito, cuja aptidão dá-se ao aluno que souber assinar o nome. Sem falar na ampliação das salas de aula, na contratação de professores e nos regimes de cotas para as universidades federais. Logo, a população esquece que as escolas públicas são medíocres, pois estão, mesmo com este lixo de educação, conseguindo lugar em faculdades e, por conseguinte, desde que mantenham suas mensalidades em dia e não excedam os limites de faltas, terão seus estimados diplomas.

     Esta preocupação ridícula com currículo (explicita na mentalidade daqueles que terminam suas faculdades pensando que agora estarão aptos a disputar um belo espaço no mercado de trabalho) só continuará fazendo de nós, brasileiros, uma nação de empregados. E outra: parem de acreditar que a Microsoft, o Google e o Facebook foram empresas criadas por garotos despretensiosos em suas garagens. Zuckerberg era um nerd fenômeno de notas do ensino médio (high school, nos EUA) que aceitou a proposta para estudar em Harvard quando criou o Facebook. O Google foi criado por Larry Page e por Sergey Brin como estudo de seus doutorados em Stanford. E, antes de fundar a Microsoft, Bill Gates obteve 1590 pontos dos 1600 possíveis no teste de aptidão em Harvard (aliás, aos 16 anos, ele já era pesquisador visitante na Universidade de Massachusetts).

     Nossa mentalidade em educação permite apenas sonharmos em trabalhar para uma dessas empresas; Nunca em criá-las.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Definitivamente, seu problema não é o maior do mundo!

     Há dois meses, havia escrito um post sobre como devemos aceitar nossa condição ao invés de ficarmos pensando que estamos diante do pior problema do mundo. Eu havia rompido o tendão jogando futebol e aquele pensamento foi muito bom para eu recuperar o ânimo. Pois é, dois meses depois, quando já estava caminhando, dei um mau jeito no pé e rompi o tendão novamente. Pois é, foi no último domingo a situação não foi nada fácil. Mas então percebi que precisava voltar a pensar como no dia em que havia escrito aquele post.

     Hoje, fui buscar a ressonância magnética que tirei e constatei que estava com o tendão rompido. Enquanto esperava, vi uma mulher aguardando o exame com uma cara muito aflita, que ora olhava para o teto, ora para o seu marido e ora fixava o olhar para o meu pé.

     Olhei para ela e pensei "cara, eu estou com uma tala no pé, mas ela está caminhando normalmente. O que será que ela quebrou?" foi quando ouvi ela comentando que precisava do exame, pois estava tratando um câncer. Sabe, quando ouvi aquilo fiquei feliz. Parece estranho, mas confesso que fiquei feliz. Porém, depois, ao chegar no carro, comecei a chorar. Foi um sentimento muito confuso. Não sabia se eu estava triste por ter rompido o tendão novamente ou chateado por ter ficado contente com algo tão terrível. Foi então que percebi que estava chorando pela situação daquela mulher. Pensei o quanto fui egoísta ao deixar passar pela minha cabeça que estava sendo difícil para mim passar por uma segunda cirurgia em menos de 90 dias. Ficou evidente que, enquanto olhava para o meu pé, aquela mulher deveria estar pensando que adoraria estar no lugar em que eu estava achando ruim: o meu!

     Aqui vai o conselho de alguém que poderia estar sendo considerado um cara muito azarado e com toda razão para estar se sentindo péssimo: Cada vez que lamentamos o que há de ruim conosco, estamos perdendo tempo de agradecer ao que temos de bom.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Iniciando com uma frase

Se não aprendermos a viver juntos como irmãos, morreremos juntos como tolos.


Martin Luther King