terça-feira, 30 de junho de 2009

"Maein Kampf" ou "Bulla Licet ad capiendos"?


É correto matar alguém apenas por discordar das suas convicções? É justo criar uma lista que incluía a eliminação das pessoas que discordem da sua opinião? Você é a favor de expulsar Judeus de suas casas e tomar-lhes os bens? E de "purificar" os desafetos com fogo? Concordaria em invadir vilas, aglomerar o povo e pedir que levantassem a mão direita em devoção a ideais específicos? É justo acusar pessoas de "contaminar" a sua cultura apenas por que elas não a seguem? E o que dizer de perseguir pensadores e estudiosos que desenvolvam teorias que podem questionar esta nova ordem? Bom, assim como todos que julgaram incorretos estes atos, eu também os julgo e por isso repudio tanto as ações da Igreja Católica durante a Inquisição!


...ué? Acharam que eu estivesse falando do quê?

O dinheiro traz felicidade?

      Sou um capitalista praticante, mas, apesar disso, sempre tive muita dificuldade de concordar que o dinheiro possa trazer felicidade. Não gosto de pensar desta forma, mas e se realmente ele trouxer?
Levei algumas semanas refletindo a respeito, até estar em casa organizando umas velhas fotos e re-ver um momento em que estava com todos os meus melhores amigos em um domingo de sol. Eu trabalhava como estagiário na época e ganhava pouco menos de R$500,00 por mês. No entanto era inquietante a minha felicidade naquela foto. Pensava eu: "como eu poderia ser tão feliz com tão pouco dinheiro...", "...e por que hoje estes momentos não me satisfazem tanto quanto antigamente?".

     Após contemplar a foto por quase uma hora, lembrei-me que apesar de estar muito alegre e de recordar daquele dia como um dos mais felizes da minha vida, eu não era tão satisfeito com o meu corpo, inclusive tal fato me constrangia na época. Outra preocupação constante era meu futuro (algo compreenssível quando já se tem mais de 20 anos e ainda se ganha menos de R$500,00). Tentei concluir: "o dinheiro então, completa a felicidade?". Mas não me contentei com a resposta.

     Dias atrás, descobri que uma pessoa a qual estimava muito e nutria uma admiração tremenda por sua determinação e suas convicções de pessoa humilde e batalhadora, quebrou suas teorias mais fortes para pagar uma cirurgia estética. Ao questioná-la o porquê de romper com todas suas convicções mais admiráveis, ela respondeu-me que não estava se sentindo bem com a sua aparência e queria se presentear em seu aniversário. Isso é bastante comum. São muitas as pessoas que possuem esta fraqueza: quando sentem-se infelizes, recorrem as suas economias no intuito de se presentear e amenizar aquele sentimento ruim. Mas alguma coisa me dizia que isso não resolveria o problema dela. Inclusive, por que eu tinha certeza de que isso poderia deixá-la ainda mais infeliz? Será por conhecê-la e saber que não eram apenas convicções que estavam sendo quebradas, mas também realizações estavam sendo deixadas de lado com o alto custo da cirurgia? Mas realizar seus ideais é melhor do que se sentir bem? Foi ai que encontrei uma conclusão ao enigma que ronda a felicidade!

     Não precisamos apenas de felicidade na vida. Se você não estiver satisfeito com você mesmo, a felicidade não bastará. E por mais que você esteja satisfeito e feliz, sem realização você também não se sentirá completo. Ou seja, a vida plena é alcançada quando encontramos o equilíbrio entre:

FELICIDADE,
SATISTAÇÃO E
REALIZAÇÕES.

     A felicidade está dentro de cada um de nós e se manifesta quando interagimos com as pessoas de quem gostamos, das quais amamos e que nos fazem sentir bem. Perder um parente ou terminar uma relação de anos sempre será doloroso, mas os bons momentos devem ser re-vividos com as pessoas que ainda estão ao seu lado.

     A satisfação está em você se sentir bem. Está no seu bem estar, na sua aparência e no seu conforto. Aceite-se como você é ou mude aquilo que você tem certeza que lhe trará satisfação, mas não espere encontrar felicidade com isso. Também ficamos satisfeitos quando entramos em nosso carro novo ou assistimos um filme em nossa televisão de LCD novinha. Consumir de forma consciente nos deixará satisfeito e isso é bom.

     A realização, por sua vez, está em termos planos para nossa vida e realizá-los. Conheço uma série de pessoas que gostariam de falar inglês, estudar em uma universidade federal, ter uma vida mais saudável, viajar para o exterior, montar seu próprio negócio; porém nunca realizam esses feitos e se sentem frustradas. Estas pessoas sempre tiveram desejos, nunca tiveram ambição. Ambicione seus planos e pare de ficar desejando tudo compulsivamente.

     Portanto o dinheiro traz apenas satisfação. Gastar em estética quando a sua carência é de felicidade, lhe deixará frustrado. Lutar por realizações para compensar a sua insatisfação com você mesmo, pode lhe trazer apenas revolta. Desejar tudo e não ambicionar nada, apenas fará mal a você. A plenitude da vida está no equilíbrio entre felicidade, satisfação e realização.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Old, but funny!

Como Gerente de Projetos, não poderia deixar de fazer um post sobre a minha área:




domingo, 28 de junho de 2009

Viva o Presente!

Sou católico de batismo, mas, atualmente, minhas convicções religiosas classificam-me como ateu. Por mais que não siga os dogmas de nenhuma religião não posso me limitar e ignorar duas lições religiosas como estas:

O nome do tempo atual em que vivemos faz jus ao seu valor em todos os sentidos. PRESENTE! (Cristã)

Sinta-se realizado com as pequenas conquistas, pois todo o aprendizado ao escalar uma montanha é adquirido durante a escalada e não quando se atinge o topo. (Hindu)

Em minha opinião, absolutamente alinhada com as duas frases, devemos nos concentrar mais no presente; no hoje! O passado é útil apenas para aprendermos com ele (a alegria ao ver uma foto que retome um ótimo momento, não pode ser maior do que o sentimento de que aquele dia deve ser re-vivido e não sobreviver apenas como uma boa lembrança). Já o futuro, bem, o futuro é tão incerto quando um calendário ocidental no oriente.
Portanto tire os bons momentos do passado e traga-os para o presente. Tire os grandes planos do futuro e transforme-os em pequenas realizações do presente, ao invés de ignorá-las pensando apenas no topo da montanha.

sábado, 27 de junho de 2009

Nossa Natureza Selvagem


     Assisti a um filme fantástico há certo tempo atrás: Na Natureza Selvagem. Sua história é boa e baseada em fatos reais (o que para mim melhora muito um filme), mas seu ápice é uma mensagem deixada ao fim, quando o protagonista percebe que havia deixado pessoas para trás ao longo de sua jornada e era tarde para resgatá-las: “A Felicidade só é verdadeira quando é compartilhada”.

     Muitas vezes, corremos desenfreados em busca de nossos objetivos, de nossos sonhos, de nossas ambições e nos esquecemos das pessoas que foram importantes para nós. Não as resgatamos, não as contatamos, nem tão pouco as envolvemos em nossa jornada, cultivando um sentimento de perda em nós e nelas (a passagem sobre a irmã do personagem principal ilustra isto).

     Siga o exemplo do filme: corra em busca de seus objetivos. Mas aprenda uma lição importante com ele: não espere ser tarde demais para resgatar as pessoas importantes.
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Trailer do filme
http://www.youtube.com/watch?v=0YBDpPIhEYo

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Início

Iniciarei minha vida de blogueiro com uma frase de Lao-Tsé:


"Uma longa viagem começa com um único passo."


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