terça-feira, 24 de novembro de 2009

Como resolver o problema...



Concluindo meu último post, ai vai a solução:

"Seja a mudança que você quer ver no mundo"
(Mahatma Gandhi)

Sei que não devemos começar um texto citando Gandhi, Einstein ou Chaplin se quisermos que nos levem a sério em nosso mundo cínico, mas acredito que ainda existem pessoas que concordem com a frase e se esforçam para colocá-la em prática.

Não é o país A ou o país B que precisa mudar seus hábitos, somos nós! Cada indivíduo precisa repensar seu consumo e o seu padrão de vida. Fomos engolidos pelo consumismo estúpido, barato e despropositado. Queremos trocar nossos eletrodomésticos todos os anos, comprar roupas novas todos os meses e consumir comida processada todos os dias, mas, tudo isso, ao menor custo possível.

Por conseqüência disto, a indústria acelera, ignorando boas práticas ambientais, e a agricultura freia, tornando-se um negócio de commodities. Custa muito caro para uma indústria tratar seus resíduos antes de jogá-los em um rio ou em um arroio, por exemplo. Como a preocupação do consumidor é apenas com o preço que irá pagar, o tratamento não é feito (o que reduz o custo da mercadoria). Assim, todos ficam felizes! O comercio realiza a sua venda e nós temos um produto mais barato! Perfeito! Porém, na economia, nada desaparece, tudo se transfere. O auto custo de produção não deixou de existir, apenas não fomos nós que pagamos a conta. Quem paga, na verdade, é o meio ambiente com a sua destruição.

Há uma linha de pensamento que acredita ser do governo a responsabilidade em criar e fiscalizar regras. É ingênuo acreditar que isso resolve o problema. Por que existe roubo de rádio, em carros, se existe lei contra furto e há policiais nas ruas? Porque há babacas que compram rádio roubado. Como o ladrão sabe que vai ter mercado, o risco compensa pela venda garantida. Como a indústria sabe que há mercado para produtos que visam o baixo custo em detrimento da natureza, mesmo que haja leis e fiscalização, eles continuarão a fabricá-los.

Nós! Nós somos a chave da mudança! Precisamos ter interesse em saber como é a empresa da qual estamos adquirindo nossos produtos. Descobrir se suas práticas produtivas são legais e conscientes em relação ao meio ambiente. E isso para todas as compras. Desde a comida diária até o eletrodoméstico necessário. Do não durável ao bem durável. Tudo! Também precisamos nos questionar, antes de comprar qualquer coisa, se aquela compra é realmente necessária ou se estamos comprando algo apenas para nos tornarmos mais aceitos ou mais respeitados, ao invés de suprirmos uma necessidade básica (que deveria ser a origem de nossos investimentos). Ou seja, precisamos deixar de ser tão consumistas.

Enfim, sei que tudo isso é difícil de ser colocado em prática. Meu texto parece piada em um mundo cínico, mas, mesmo assim, continuo concordando com Gandhi.

Um comentário:

  1. # Bom, li os dois posts. Sabes que tenho conhecimento de causa, então posso me expressar. Criar barragens e hidroelétricas prejudica em pequena escala e no microclima, que tangenciam anomalias climáticas, estas sim, precisam ser olhadas de perto. As mudanças climáticas ocorrem naturalmente. O planeta passa por elas devido a mudanças astronômicas e de configuração da distribuição das massas continentais que interferem na circulação atmosférica e oceânica.
    O que nós temos feito é acelerar o processo, isso sim. Ele ocorreria naturalmente, visto que durante o Mesozóico (250 MA) tivemos temperaturas infinitamente superiores as de agora. E os homens aqui não existiam. Na verdade aparecemos durante um período de temperaturas muito baixas, o que em escala geológica não é nada.
    òbvio que isso não é racional nem bom, pois quem sofre as consequências somos nós. Óbvio que não defendo a emissão de gases. Mas devemos ter em conta que a mídia e a ciência se aproveita um pouco disso pra afrontar seus oponentes e criar aquele agradável pânico que vende bem jornais, revistas e grupos de pesquisa. A intenção não deveria ser essa também. Deveria ser realmente não precisarmos de tanto par anos sentirmos tão humanos ( consumindo tanto, não só isso, mas acreditando que pra ser feliz tem q possuir sempre novas tecnologias, e não só o pacote de bolachas que compra, na verdade tudo). Como diz um post antigo seu, isso sim é dar moral de cuecas - defender uma frente e esquecer das outras.

    abs

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