quinta-feira, 17 de setembro de 2009

HOMOSSEXUALISMO 1/3

Como o assunto é extenso, polêmico e interessante, vou dividí-lo em três partes:

1 - Por que pensamos assim?
2 - Por que ver duas pessoas do mesmo sexo se beijando, às vezes, é nojento?
3 - Quando o preconceito irá acabar?


Por que pensamos assim?

Estava eu, ontem, no banheiro da UFRGS e li um dócil escrito de batom na parede: "Os alunos de economia, contabilidade e administração são gays". Primeiro, pensei em pegar uma caneta marca texto e responder: "gay é quem traz batom para o banheiro masculino", mas seria mais para satirizar do que para revidar. Depois, pensei: "se o cara que faz um destes cursos for gay? Qual o problema?".

Fiquei pensando por que o homossexualismo nos (nos = a sociedade) causa tanta revolta? Qual o problema com quem a pessoa escolhe beijar, abraçar e transar? Padres e beatas decidem não transar, homens decidem transar com mulheres, mulheres com homem e, algumas pessoas, com outras de seu mesmo sexo. Quem está certo e quem está errado? Ninguém. Trata-se apenas de uma escolha. Quem tomar sorvete de chocolate não está mais certo do que aquele que prefere o de morango. Mas por que o cara que escreveu a frase sabia que este assunto poderá ofender alguém?

Vamos utilizar um pouco a reflexão para entender onde o preconceito nasce.
A resposta disto está na nossa formação. Quando crianças, nós, meninos, ouvimos nossos pais dizendo: "não se faz isso por que é coisa de bixinha", "não se pode fazer aquilo porque vão dizer que você é viadinho", "homem não chora, quem chora são os florzinhas". Deste modo, associamos qualquer gesto de delicadeza masculina a algo errado e, ao chegar na escola, quando jovens, encontramos os outros meninos que foram formados dentro do mesmo sistema. Como aprendemos que ser afeminado é errado, logo, chamar alguém de afeminado irá ofendê-lo. E ai, quando adolescentes, começamos a empregar termos como: viadinho, gay, putinho, fresco, baitola, etc. Qualquer um que os ouça, setir-se-á ofendido, pois, desde que aprendeu a falar (e alguns pais, xingam os filhos que falam manhoso dizendo que isso é coisa de "mulherzinha"), associa isto a algo inadequado.

...

Um comentário:

  1. Poxa meu pai uma vez foi junto com a ong arco iris defender assuntos de direitos humanos... Achei muito legal, aprendi com ele q essas coisas só tem preconceito quem tem medo, isso é, que talvez ache que vai ser contagioso.

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