sexta-feira, 4 de setembro de 2009

ENSAIO SOBRE O IMPACTO DA EDUCAÇÃO NA CIENCIA 1/4

Precisei criar um ensaio para a faculdade e gostaria de compartilhar com vocês os aspectos que trouxe neste texto. Para não tornar a leitura cansativa, dividirei ele em quatro partes:

1 - Nosso modelo educacional;
2 - A influência de uma má formação acadêmica nas ciências;
3 - A luz no fim do túnel;
4 - O caminho para a mudança.

Então...

Nosso modelo educacional

Quando crianças, o mundo ao nosso redor é uma profunda descoberta. Tudo nos intriga e tentamos encontrar resposta para cada dúvida que surge. Atravessamos todos passamos por uma fase chamada de “A idade dos porquês”. Porém, fazendo uso deste recurso, você saberia dizer por que esta fase inicia-se aos cinco anos e encerra-se, aproximadamente, aos sete anos? Porque é nesta época que descobrimos a escola. Não que esta tenha o poder de sanar nossas dúvidas, mas ela nos tira a capacidade de questionar.

Antes da escola, podíamos escolher como queríamos aprender (seja lendo, seja assistindo TV ou seja escrevendo). Testávamos os métodos e seguíamos aquele que melhor nos apitávamos. Parávamos quando queríamos. Nos dias que não nos interessava estudar, brincávamos. Ao ingressarmos na escola, descobrimos, mesmo que em idade precoce, que para aprender é preciso seguir um horário e ter disciplina. Se a sua melhor forma de aprender era através de filmes educativos, isto pouca importa para o professor que realiza os ditados ou para a instituição que não tenta descobrir o perfil do aluno. Além disso, os professores que não conseguem manter a disciplina da sua turma através de influência, utilizam o poder e, com isto, até as crianças que nunca foram repreendidas em casa conhecem, na escola, termos como castigo ou repressão. Com este choque cultural na infância, não há como evitar que ato de estudar seja associado a uma exigência cansativa, ao invés de uma necessidade prazerosa.

Quando adolescentes, nos questionamos o porquê de aprendermos disciplinas como geografia e biologia, por exemplo. O método utilizado esconde-nos o verdadeiro sentido delas. Ao invés de explorar o quão interessante possam ser, nós, os alunos, somos submetidos a sessões de decoreba. Memorizar uma informação é mais importante do que absorver um conhecimento. Por este motivo, esquecemos tudo que aprendemos nesta fase. Faça o teste. Questione algo simples a um adulto, como qual o nome dos planetas do sistema solar ou qual a diferença de sangue venoso e para sangue arterial. Poucos saberão as respostas. Se retornarem ao ensino fundamental, o conhecimento dos adultos poderia ser comparado ao dos alunos que estão iniciando seus cursos, como se nunca tivessem passado por uma sala de aula.

Ao invés de utilizar este período escolar para criar nos jovens uma base de conhecimento, que facilite a constituição de uma sociedade pensante, solidária e com valores adequados, as instituições de ensino tornam o ato de estudar um fardo. O aprendizado deixa de ser valioso e a passa a ser um peso nas costas dos jovens, que anseiam pelo dia que deixarão a escola. Por conseqüência, a única razão explicável de estudar é tornar-se um profissional. Em outras palavras, para conseguir um bom emprego. A faculdade, que deveria ser o aprofundamento dos conhecimentos, passa a ser a última etapa para um excelente trabalho ou uma carreira promissora.

Como a escola não nos dá base para nos tornarmos adultos reflexivos e pensantes, seguimos o antônimo de ambas e hoje somos uma sociedade influenciada e letárgica. As conseqüenciais disto podem ser ainda mais preocupantes do que apenas contrair defeitos e abrir mão de importantes virtudes. Por sermos influenciáveis, permitimos que a mídia, por exemplo, nos transforme em uma sociedade consumista e, para citar outro exemplo negativo, os governos exploram nossa letargia e apropriam-se de recursos públicos como se fossem pessoais, sem que ninguém questione no que estão sendo aplicados e de que forma isto é feito.

4 comentários:

  1. Bom, sei lá, sabe na minha casa desde sempre, eu me via cercada de assuntos sobre política, filosofia, economia... Enfim, um pouco de tudo, meu pai tem uma cultura muito grande e o que é melhor adora dessas coisa em casa...
    Bem, pq tudo isso, eu sempre fui uma criança normal, nunca fui brilhante nos ensinamentos de escola, na adolescencia cheguei a me afastar do colegio por um ano, então bem normal. Porém, nunca fui ignorante, sempre fui interessada, sabe qnd falavam de roma, ou como funcionava o corpo humano, sempre achei as coisas interessantes, e guardei muito sim.
    Então, acho que a educação e o que acontece hoje nela, tem total infuencia de como a gente foi criado, se te foi pedido cultura em casa... Não falo de minha casa, mas o quanto os pais falam com seus filhos sobre coisas do mundo... Acho q uma pessoa que tem um pouco, pelo menos, passa pelos anos conturbados da vida, e mesmo assim se interessam...
    Ficou grande demais... Hahaha daqui a pouco eu trago meu blog p cá, hahaha...
    Bom sei lá... Acho q uma das coisas é isso, educação mais importante é a da casa.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. não sei se respondi, acho q um lado só...

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  4. Grande Megs!
    Pois é, são pseudo-posts estes comentários, mas sempre são interessantes de ler.

    tks!

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