sábado, 31 de dezembro de 2011
Retrospectiva dos posts
Não foi um ano de diversos posts, eu sei, mas verdade que alguns foram bem bacanas. Compartilho com vocês alguns deles:
Observem os Hamsters!
http://taosofia.blogspot.com/2011/08/observem-os-hamsters.html
11 de setembro: para alguns, os EUA não são as vítimas
http://taosofia.blogspot.com/2011/09/11-de-setembro-para-alguns-os-eua-nao.html
Por que não conseguimos conviver em sociedade (um dos motivos)?
http://taosofia.blogspot.com/2011/08/por-que-nao-conseguimos-conviver-em.html
Pare de copiar e colar frases prontas só para parecer inteligente!!!
http://taosofia.blogspot.com/2011/08/pare-de-copiar-e-colar-frases-prontas.html
Exploração da mão de obra ou novo comunismo?
http://taosofia.blogspot.com/2011/05/exploracao-de-mao-de-obra-ou-novo.html
Definitivamente, seu problema não é o maior do mundo!
http://taosofia.blogspot.com/2011/01/definitivamente-seu-problema-nao-e-o.html
Terminou a faculdade? Bacana! Próximo passo, melhorar de emprego, não é?
http://taosofia.blogspot.com/2011/01/terminou-faculdade-bacana-proximo-passo.html
Aborto: se for irresponsável, seja até o fim!
http://taosofia.blogspot.com/2011/07/aborto-se-for-irresponsavel-seja-ate-o.html
Por que os ciclistas não aprendem com os gays?
http://taosofia.blogspot.com/2011/07/por-que-os-ciclistas-nao-aprendem-com.html
Somos Selvagens
http://taosofia.blogspot.com/2011/05/somos-selvagens.html
Apenas uma frase sobre a morte de Bin Laden...
http://taosofia.blogspot.com/2011/05/apenas-uma-frase-sobre-morte-de-bin.html
Observem os Hamsters!
http://taosofia.blogspot.com/2011/08/observem-os-hamsters.html
11 de setembro: para alguns, os EUA não são as vítimas
http://taosofia.blogspot.com/2011/09/11-de-setembro-para-alguns-os-eua-nao.html
Por que não conseguimos conviver em sociedade (um dos motivos)?
http://taosofia.blogspot.com/2011/08/por-que-nao-conseguimos-conviver-em.html
Pare de copiar e colar frases prontas só para parecer inteligente!!!
http://taosofia.blogspot.com/2011/08/pare-de-copiar-e-colar-frases-prontas.html
Exploração da mão de obra ou novo comunismo?
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Definitivamente, seu problema não é o maior do mundo!
http://taosofia.blogspot.com/2011/01/definitivamente-seu-problema-nao-e-o.html
Terminou a faculdade? Bacana! Próximo passo, melhorar de emprego, não é?
http://taosofia.blogspot.com/2011/01/terminou-faculdade-bacana-proximo-passo.html
Aborto: se for irresponsável, seja até o fim!
http://taosofia.blogspot.com/2011/07/aborto-se-for-irresponsavel-seja-ate-o.html
Por que os ciclistas não aprendem com os gays?
http://taosofia.blogspot.com/2011/07/por-que-os-ciclistas-nao-aprendem-com.html
Somos Selvagens
http://taosofia.blogspot.com/2011/05/somos-selvagens.html
Apenas uma frase sobre a morte de Bin Laden...
http://taosofia.blogspot.com/2011/05/apenas-uma-frase-sobre-morte-de-bin.html
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Você sabe se é preconceituoso?
Já vi diversas pessoas postando este desenho no seu Facebook. "Bunitinha" a mensagem né? Então...
...quando for adotar uma criança, adote um negro...
...quando estiver com outras pessoas e ver um amigo gay, não faça de conta que não conheça...
...aceite o fato de um Judeu não confiar em você para fazer parte da familia dele por esta ser a sua crença pessoal e...
...entenda e respeite (não disse que precisa concordar) os motivos dos católicos em terem opiniões sobre células tronco e aborto.
Tenho certeza que isso é bem mais efetivo do que a imagem acima.
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quarta-feira, 23 de novembro de 2011
As universidades no Brasil são uma piada!
Há um mês, assisti um documentário sobre o modelo de ensino em Cambridge. Sabe quando você assiste a um jogo do Barcelona e lembra do seu time? Pois é, foi assim que me senti.
O que deveria ser o berço das ideias e da criatividade, em nosso país, é o antro da mediocridade e da ineficiência. Cada vez mais torna-se responsabilidade das organizações (como as empresas) a responsabilidade do ensino.
Mas as universidades não são apenas medíocres. Elas também legitimam a mediocridade. Não há nenhuma diferença de tratamento entre o cara que tira um 8,9 (um "B") para o cara com 6 (um "C"). Ninguém será laureado com estas notas e ambos seguirão o curso. Todo ser humano é dotado da força instintiva do menor esforço. Durante milênios ela manteve nossa raça viva e hoje segue intrínseca a nós. Ou você já viu alguém usar o caminho mais longo para um destino sem ter nenhum motivo para isso? Foi esta mesma força que fez a maioria das pessoas rolar a página até o fim deste post para ver se era muito grande antes de começar a ler. Pois é, esta é a "lei do menor esforço". Então o que vocês acham que acontecerá em uma universidade? A esmagadora maioria dos alunos seguirão suas vidas normalmente, estudarão na noite anterior à prova e ficarão contentes se tirarem um 6 ou um 7,5, respeitando assim a lei que por muitos anos nos manteve vivos e que hoje nos mantém ignorantes.
***
Certamente você já teve de fazer algum trabalho em grupo na faculdade? Há algo mais credito do que isso? Dias atrás, perguntei para uma professora por que eles pediam trabalhos em grupo ao invés de individual e, para minha pouca surpresa, ela me respondeu: "se fosse individual não daria para fazer as apresentações e eu teria de corrigir um trabalho de cada aluno. Ia terminar as correções só no outro ano e preciso entregar as notas até o dia 12". Dá para acreditar nisso? Ou seja, o modelo de avaliação dos alunos não está baseado no melhor modelo que avalie o seu conhecimento, mas naquele que trará menor esforço aos professores!!! Que merda meu!!!! Odeio mediocridade.
Não há nada mais cretino e imbecil do que estes trabalhos. Primeiro que, quando falta uns 5 ou 2 dias para entregar, alguém do grupo manda um e-mail dizendo "pessoal, temos de fazer o trabalho". Ai, decidem que cada um fará uma parte (sim, como é em grupo e somos dotados da lei do menor esforço, independente das outras partes serem pertinentes ou não, cada um fica com uma e ignora as demais). Depois, eles juntam aquele quebra-cabeça cubista e fazem uma apresentação em que cada slide tem uma fonte diferente, um padrão de imagens diferentes e que ninguém mal sabe o que precisa ser dito. Então, como os alunos fizeram de conta que aprenderam, os professores cumprem a sua parte no pacto da mediocridade e fazem de conta que ensinaram alguma coisa para aquele trabalho e avaliam todos do mesmo jeito: se no trabalho tiver tudo que foi pedido, levam 10 ou 9. Se não tiver tudo a nota irá variar de 8 a 4 (dependendo do que faltar, dos erros de português e do quanto o Wikipedia foi integralizado ao trabalho).
***
Eu poderia escrever um novo post apenas para falar da provas, mas elas são tão patéticas, tão inúteis para avaliar um aluno e tão desprezíveis, que de fato desprezarei qualquer comentário sobre elas.
***
Bom, mas a vida segue e assim seguimos. Cada fez mais pessoas vão às universidades em busca de um canudo e depois procuram um emprego em busca do aprendizado.
domingo, 13 de novembro de 2011
Os estudantes da USP e os taxistas de Porto Alegre
Aqui em Porto Alegre, quem controla o tráfego de veículos é uma empresa pública chamada EPTC, cujos fiscais recebem o apelido de "azulzinhos", em virtude da cor de suas fardas. Quando dirijo em locais onde os motoristas geralmente se comportam como se estivessem disputando uma corrida, e vejo um azulzinho, me bate aquela alegria sarcástica e fico pensando enquanto olho para os motoristas que agora se comportam como ovelhinhas "faz agora, seu desgraçado!". Adoro quando os fiscais estão nas ruas, porém nem todos gostam.
Adivinhem quem, entre os grupos de motoristas, mais detestam os ditos. Para facilitar, darei alternativas:
1 - Motoristas que usam o carro para ir ao trabalho, faculdade e levar os filhos a escola;
2 - Turistas, idosos que passeiam e motoristas de finais de semana;
3 - Taxistas, motoboys e motoristas de lotação.
1 - Motoristas que usam o carro para ir ao trabalho, faculdade e levar os filhos a escola;
2 - Turistas, idosos que passeiam e motoristas de finais de semana;
3 - Taxistas, motoboys e motoristas de lotação.
Acredito que todos acertaram que o terceiro grupo detesta os fiscais. Mas por quê? Pois é, por serem os piores motoristas. Os mais infratores. Eles dirigem como se as ruas fossem deles ou se a sua necessidade de usá-la a trabalho fosse mais digna ou importante do que a dos demais. Por eles, não teríamos fiscais nas ruas. Inclusive até protestos para isso eles já realizaram.
Impossível não relacionar este caso que citei acima com o dos estudantes da USP, que, ao invés de ver nos policiais segurança, vêm repressão. Se refletirmos um pouco, encontraremos a conclusão de que o único motivo de alguém que defende a lei reprimir a sua liberdade é se suas ações são criminosas.
Mas e se a lei estiver errada? Bom, ai é tema para outro post, mas adianto minha opinião a respeito: post sobre Marx (e o mais curioso é que os principais grupos de estudantes envolvidos são alunos de filosofia e de história).
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Perdemos o melhor Pirata.
Em 2003, quando fazia minhas primeiras aulas sobre sistemas e redes de computadores na Ulbra, um professor decidiu apresentar um filme para a turma: "Os Piratas do Vale do Silício".
O filme é tão clássico para quem é de TI, quanto o Woodstock foi para os hippies. Lembro que após assistí-lo fiquei impressionado com duas coisas: o quanto a adaptação feita da frase de Lavoisier (na vida nada se cria, tudo se copia) fazia sentido e com o tal do Steve Jobs. Falei para o professor "como pode? Esse tal de Jobs então que é o gênio da nossa época e não o Bill Gates???. Tá certo que ele também copiou ideias, mas ele pode dizer que foi copiado pelo Bill Gates!". Fiquei tão impressionado com o cara, que sai catando tudo sobre ele. Fosse em livros ou na internet, cada novidade que lia sobre ele me deixava ainda mais impressionado (isso que eu mal poderia imaginar que ele ainda iria provocar uma i-revolution digital).
O filme é tão clássico para quem é de TI, quanto o Woodstock foi para os hippies. Lembro que após assistí-lo fiquei impressionado com duas coisas: o quanto a adaptação feita da frase de Lavoisier (na vida nada se cria, tudo se copia) fazia sentido e com o tal do Steve Jobs. Falei para o professor "como pode? Esse tal de Jobs então que é o gênio da nossa época e não o Bill Gates???. Tá certo que ele também copiou ideias, mas ele pode dizer que foi copiado pelo Bill Gates!". Fiquei tão impressionado com o cara, que sai catando tudo sobre ele. Fosse em livros ou na internet, cada novidade que lia sobre ele me deixava ainda mais impressionado (isso que eu mal poderia imaginar que ele ainda iria provocar uma i-revolution digital).
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É claro, como era de se esperar, também descobri que ele passou longe de ser uma unanimidade como pessoa. Inclusive, há uns quatro anos, quando um de meus melhores amigos, o Tibério, se formou em Análise de Sistemas, eu o presenteei com um livro do Steve Jobs dizendo "leia e faça como ele faz: aproveite apenas as boas ideias e ignore a parte podre". Mas para isso eis que o tempo será o agente da limpeza, assim como o fez com o Einstein, jamais lembrado como aquele que espancava a esposa.
***
Meses atrás, conversava com a minha colega Jaque sobre o Steve Jobs. Ela, como uma entusiasta do Androide (sistema operacional utilizado pelos concorrentes do iphone), relutava em admitir que ele fosse um gênio e lembro-me de ela ter dito "mas não foi ele quem inventou a tela sensível ao toque". Sim, não foi ele, respondi, mas foi ele sim quem juntou esta tela, que todo mundo tinha acesso, com mais um monte de ideias, que qualquer um poderia ter tido, e criou um produto líder de mercado, que ninguém havia criado até então.
Pense bem: quando você acessa o Windows, você não usa o menu iniciar. Aliás, salvo o caso em que precisa desligar a máquina. Enfim, o que você usa mesmo são os ícones que criou ou que já vieram com o Windows. Além disso, se você usasse uma tela sensível ao toque em um computador, você eliminaria a necessidade de teclado e mouse, ficando apenas com o monitor. Pronto! Temos o iphone e o ipad! Uma tela sensível ao toque, logo, sem teclado e sem mouse, sem menu iniciar e apenas com os ícones. Depois disso, é claro, foi só acrescentar uns efeitos bacanões para reduzir tamanho de tela e rolagem com os dedos. São ideias como essas que fazem da simplicidade o único pré-requisito para genialidade!
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Foi um dia triste. Na informática, campo que escolhi para atuar profissionalmente, ele foi uma essoa que me inspirou muito. Ele me ajudou a esclarecer conceitos como inovação e simplicidade.
Encerro com um texto de Walter Isaacson, escritor da biografia autorizada que será lançada em breve, e que sintetiza exatamente o que eu pensava de Jobs:
Embora não tenha inventado muitas coisas de cabo a rabo, Jobs era um mestre em combinar ideias, arte e tecnologia de uma maneira que por várias vezes inventou o futuro. Ele projetou o Mac depois de apreciar o poder das interfaces gráficas de uma forma que a Xerox não foi capaz de fazer, e criou o iPod depois de compreender a alegria de ter mil músicas em seu bolso de uma forma que a Sony, que tinha todos os ativos e a herança, jamais conseguiu fazer. Alguns líderes promovem inovações porque têm uma boa visão de conjunto. Outros o fazem dominando os detalhes. Jobs fez ambas as coisas, incansavelmente.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
11 de setembro: para alguns, os EUA não são as vítimas
Que o 11 de setembro representa a irracionalidade a bordo de aviões destruindo prédios, essa visão é unânime nas américas, porém, para os Chilenos, os EUA não são as vítimas, mas sim os responsáveis.
No dia 11 de setembro de 1973, o Chile sofria um golpe militar para empossar o então general do exercito chileno Augusto Pinochet. Um golpe conhecido pela brutal violência com a qual foi executado. E sabem como isso foi feito? Para evitar o golpe militar, o presidente chileno, eleito por voto popular, Salvador Allende, e todos os seus ministros, se refugiaram no Palácio de La Moneda. Em uma manobra surpreendente violenta, aviões bombardearam o prédio matando todos que estavam lá dentro. Sim, todos!!! O local ficou em ruínas. E sabem quem liderou o golpe? Pilotos norte-americanos, que vieram ao Chile na Operação UNITAS, sob o pretexto de encenar um circo aéreo dia 18 de setembro, dia da Independência Nacional. A operação UNITAS era apenas mais uma operação norte-americana durante a guerra fria com o intuito de implementar ditadura nos países vizinhos e evitar que estes pudessem pender ao apelo comunista.
Exatamente isso. Parece uma ironia do destino dizer que, em um 11 de setembro, aviões pilotados por norte-americanos bombardearam o símbolo da democracia de um país. Uma ação que resultou na morte de todos que ali estavam e daria inicio a um governo responsável pelo desaparecimento de mais 50.000 pessoas.
Pois é, enquanto os EUA lembram desta data com a tristeza de ter perdido pouco mais de 3.000 pessoas, o Chile lamenta a morte de mais de 50.000. Além da data em comum, EUA e Chile testemunharam a irracionalidade e a covardia de ideologias irracionais.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Sim, me rendi ao Twitter (e estou curtindo muito). Para quem também tem profile lá, me sigam que irei informar sempre que tiver um post novo:
@junioralves83
Abraço!
@junioralves83
Abraço!
terça-feira, 30 de agosto de 2011
O que a Deputada Jaqueline Roriz tem em comum com a defesa do Inter
Eu sou colorado e tem um cara no meu time, o zagueiro Bolívar, que simplesmente não dá mais. O cara até já foi bom, mas ultimamente ele está horrível. Ai, dias atrás, vendo a torcida vaiá-lo, fiquei pensando: que culpa ele tem de ser ruim? Quem tem de ser vaiado é o técnico que, mesmo sabendo da ruindade, o escalou. O que vocês, torcedores, esperavam, que na hora da escalação ele dissesse "desculpe professor, sou muito ruim, vou ficar no banco. Escala o Ruan". Isso? Pois é, hoje, lendo sobre a Deputada Jaqueline Roriz, lembrei deste pensamento.
Para quem não sabe, ela foi absolvida do processo de cassação do seu mandato por quebra de decoro parlamentar. A acusação dava-se por ela ter sido flagrada colocando dinheiro na bolsa no caso do Mensalão do DEM, mas como ela "enfiou" a mão no dinheiro público só em 2006 (e se elegeu deputada em 2010), os deputados consideraram que ela não quebrou decoro algum, a final, nem era parlamentar na época. Agora, depois de ela ter sido absolvida, todos (redes sociais, comentaristas políticos, etc) estão comentando que isso é uma vergonha. Que eles deveriam ter tirado ela de lá!
Vamos combinar uma coisa: todo mundo, mas todo mundo ao menos ouviu falar do caso do Mensalão do DEM e mesmo assim ela foi eleita??? Que merda é essa??? Como alguem votou nessa mulher?!?!?! Pior: ainda querem que os próprios políticos corrijam esta cagada!
Pois é, pensem bem antes criticar a política no Brasil. Voltando ao exemplo do meu time, é como se nós fossemos o técnico de um time escalando um perna de pau. Ai, quando obviamente o jogador começa a comprometer toda a equipe, ao invés de ter pensado melhor por que escalamos ele e corrigir no próximo jogo, agente simplesmente sobe para a arquibancada, faz de conta que não tem nada ver com a estória, xinga o cara e se irrita com os outros jogadores por passar a bola para ele! (continuo achando que as vaias deveriam ser para o treinador).
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Pare de copiar e colar frases prontas só para parecer inteligente!!!
É impressionante como a internet pode nos mostrar o quanto as pessoas são superficiais. Toda vez, mas toda vez que eu entro no Facebook encontro frases prontas. Sempre tem um Gandhi, um Dalai Lama e um Charlie Chaplin "postado" por alguém e com um monte de babacas "curtindo" ou "comentando" sem entender merda alguma. Entenda uma coisa: você não é inteligente apenas por que leu uma frase na internet, achou que ela relata verdades incontestáveis, percebeu que ela foi atribuída a um cara que disseram para você que fez algo legal da vida e então decidiu copiá-la e colá-la no seu "Face". Não!!! Você não é!
Estes dias eu li: "Só sei que nada sei (de algum livro do Sócrates ao perceber que ninguém poderia saber tudo)". NOSSA, QUANTA BOÇALIDADE!!!!! Primeiro que Sócrates nunca escreveu nada. Tudo que fora dito por ele foi Plantão quem escreveu. Segundo que esta frase foi usada como uma afronta aos sofistas, que diziam saber tudo. Então ele usava esta frase com seus alunos (tipo, com o Plantão, sacou?) para fazê-los refletir o quanto era importante cada um entender a sua ignorância para alcançar a sabedoria, em outras palavras, dizia que eles só poderiam alcançar a sabedora quando soubessem que nada sabiam (no caso, entender a sua ignorância, pois aquele que tudo sabe nada tem a aprender).
Dica: leia, assista programas interessantes, informe-se e transforme tudo isso em conhecimento. Ai sim você estará sendo inteligente. Se leu uma frase bacana, descubra quem a criou (e não o que está escrito no sitezinho onde você a leu). Depois, descubra o livro ou o discurso em que esta frase foi publicada. Ai, leia todo o livro (ou assista o discurso), re-leia e então entenda toda a ideia. Por último, se você concorda com a ideia, coloque-a em prática e compartilhe-a com as pessoas, estando apto a explicá-la e fazer com que acrescente algo na vida de alguém.
"Ahhh, mas isso é chato...". Sim seu IMBECIL!!! Afinal, o que você quer não é isso (melhorar sua vida e acrescentar algo na dos outros). Você apenas quer parecer um merda, mas um merda inteligente, e, para isso, apenas copiar e colar frases da internet é o suficiente.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Segundo a Bíblia, NÃO trair é pecado!
Estava lendo um blog que dizia o seguinte:
Pois quem no céu se pode igualar ao SENHOR? Quem entre os filhos dos poderosos pode ser semelhante ao SENHOR? (Salmos 89: 6).
Este trecho da Biblia estava lá para dar "luz" a ideia de que ninguém pode ser ou querer ser igual a deus (no caso, o tal do SENHOR ai do pedaço bíblico). Pois é, ai, entro no Facebook e leio: "Deus é fiel".
Achei que traição fosse pecado, mas, pelo visto, pecado é tentar se igualar a Deus: ser fiel!
terça-feira, 9 de agosto de 2011
São Pedro e Bruna Surfistinha
Estava conversando com alguns colegas no intervalo da faculdade e, em um assunto que não lembro a origem, um dos colegas disse: "sim, inclusive eu vi isso no filme da Bruna Surfistinha". Então fiz uma cara parecida com a dos torcedores brasileiros quando o Mano Menezes anunciou que o Jadison seria titular no primeiro jogo contra o Paraguai. E ele me recriminou: "qual o problema com o filme da Bruna Surfistinha?".
Sabendo que ele era religioso, fiz a segunda analogia:
Imagine se um dia eu estiver entre a vida e a morte e parar na porta dos céus. Então, vou ver São Pedro e vou implorar que me deixe apenas mais alguns anos na Terra: "tio de branco, por favor!!!! Deixa eu voltar!!!! Só mais alguns anos. A vida é tão boa e eu gosto tanto de lá". Ai, ele puxaria um longo e extenso pergaminho contendo toda a minha "ficha" terrestre. Cabisbaixo, lendo a ficha com um óculos de leitura equilibrado na ponta do seu narigão santo, ele me olharia por cima dos óculos e diria: "ahhh, o que temos aqui... ...vejo na sua ficha que você usou duas horas da sua vida terrestre assistindo filme da Bruna Surfistinha. hein??? Também percebi que há várias horas de Domingão do Faustão, Zorra Total e leitura de livros de autoajuda! Muito bonito né! Desperdiçando a sua vida e agora pedindo mais tempo para mim. Nada feito! Pode subir."
Não sou religioso e tão pouco acredito que isso ficaria registrado na minha ficha de horas, mas antes que eu precise pedir mais tempo de vida, prefiro aproveitar melhor as horinhas que estão sob o meu domínio.
sábado, 6 de agosto de 2011
Observem os Hamsters!
Dias atrás, um amigo presenteou a filha da namorada com dois hamsters. Enquanto eu olhava os bichinhos, troquei uma idéia rápida com um deles (não, eu não tinha fumado nada): "Ei, amiguinho! Qual o sentido de ficar girando em uma roda?". Obviamente não obtive resposta, porém, à noite, quando já estava em casa, passando os canais parei no Discovery e imaginei um hipotético diálogo entre os ratinhos se eles estivessem ali comigo:
- Hein, Mickey, tu já conseguiu entender esse negócio que os humanos fazem nesse tal de Everest?
- Pois é, Gigio, os caras sobem esse morro branco, chegam no topo e voltam. Que coisa sem sentido!
- É, Mickey meu velho, eles fazem algo tão sem sentido quanto nós e ainda arriscam a vida para isso. E depois nós é que somos os irracionais.
Após a reflexão dos ratos imaginários percebi algo em comum que temos com os animais: precisamos de desafios para nos sentir vivos.
Assim como sei que se você tirar a roda dos hamsters eles podem morrer de stress (nesta parte não tem alucinações emaconhadas. Acreditem, é verdade isso), os cães da raça São Bernardo precisam passear com mini mochilas nas costas para não sofrerem do mesmo mal. Isso por que esses animais precisam de desafios e nós somos iguais a eles.
Se não criarmos atividades que nos desafiem, que testem nossas capacidades, cairemos em frustração. Qualquer um que trabalhar em uma organização nada desafiadora só terá uma mentalidade sadia se tiver algo do lado de fora que a mantenha "viva". Muitos pais têm em seus filhos a força motriz para enfrentar a rotina das outras atividades menos desafiadoras. Também há os que criam ou tornam-se voluntários em ongs e até mesmo quem precise escalar o Everest para continuar se sentindo vivo.
Independente do que for a atividade, encontre o seu Everest (nossa, que frase mais pronta de livro de auto ajuda, rsrsrs). Brincadeiras a parte, a mensagem no fundo é séria. O fato é que a frustração da vida de muitos pode ter uma solução tão obvia quanto a função da roda para os hamsters.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Por que não conseguimos conviver em sociedade (um dos motivos)?
Dias atrás, eu estava assistindo a um filme do Michael Moore. Ao explicar por que ele acreditava que as empresas, mesmo ele falando mal delas, ainda patrocinavam seu filme, ele respondeu que o fato devia-se a uma brecha no capitalismo. Os empresários acreditam que nada vai acontecer a eles e, por sua vez, um filme é uma boa oportunidade de divulgar sua marca. Segundo ele, um capitalista vende a própria corda com a qual será enforcado se perceber que pode lucrar com isso. E é a mais pura verdade.
Vamos a um exemplo bem simples. A Sony Records há anos tenta judicialmente o fim do formato de mídia MP3, porém a Sony Ericsson teve seu maior volume de vendas em equipamentos celulares em um modelo, cujo principal recurso era justamente a reprodução de MP3 (linha Walkman). Esse dilema da Sony confirma a teoria do cineasta. No entanto, também há uma brecha bem evidente no sistema socialista, defendido por Michael Moore: o interesse pessoal sempre virá antes do interesse coletivo.
Se você ler as idéias de Marx e de Engels sobre socialismo e sobre comunismo não conseguirá discordar de uma linha do que encontrar. A riqueza atual do mundo, se dividida, permitiria a todos uma condição social de classe média alta (bem simples: some o PIB dos países e divida pelo numero de habitantes). Assim como a produção diária de alimento mundial seria suficiente para alimentar todas as pessoas do mundo e ainda sobraria duas toneladas por dia (dados da ONU).Qualquer um, unanimemente, ao ler isso concorda que este seria um mundo melhor e realmente acredita que deveríamos colocar em prática esta matemática, porém, não sabendo como fazer, apenas lamenta. No entanto a forma de fazer isso é muito simples.
Se você tem muito, mas muito dinheiro, não compre um carro de 2 milhões ou um vinho de 120 mil. Compre um belo carro e um excelente vinho, mas doe o restante para o governo. Se você não desfruta de toda essa grana, mas está prestes a comprar um sofá de 5 mil ou um celular de mil reais, compre produtos mais simples e doe o restante do dinheiro aos mendigos que encontrar na rua. Eis a brecha do sistema socialista!
Você realmente acredita que o governo irá investir o dinheiro? Bom, se investisse, com o que arrecada, até cerveja deveria ser de graça no Brasil. E o mendigo? Você acredita que ele pegará o dinheiro, comprará roupas novas e tentará buscar um emprego??? Nada! Ele vai lhe pedir mais no dia seguinte, aproveitando-se da sua bondade. Por sua vez, sabendo disso, você não doa o quanto poderia a quem precisa e ainda faz de tudo para sonegar ao governo.
E assim convivemos socialmente: pessoas morrendo de fome, governos corruptos e ricos ostensivos, pois cada um trata de defender seus próprios interesses. Ainda bem que temos as leis!
domingo, 24 de julho de 2011
Por que os ciclistas não aprendem com os gays?
Estava lendo uma reportagem sobre o movimento massa crítica, o qual relatava que os ciclistas haviam fechado uma rua para protestar a morte de um colega de pedaladas atropelado. Meses atrás, aqui em Porto Alegre, um imbecil motorizado fez um “strike” de ciclistas enquanto o grupo realizava sua tradicional pedala de protesto (na qual, centenas de bicicletas ocupam as ruas por onde passam, interditando o transito de veículos). E, dias atrás, novamente durante um destes protestos, eles trancaram uma rua que dava acesso a um hospital, gerando bastante polêmica entre os porto-alegrenses. Ok, mas o que há de errado em protestar? E mais: o que isso tem a ver com gays?
Para garantir seus direitos, os gays usaram as leis (sim, direito..., lei..., faz sentido né?) e, para garantir que elas fossem criadas, elegeram políticos homossexuais (Clodovil, Érika Kokay, Jean Wyllys, entre outros) e simpatizantes (Marta Suplicy, por exemplo). Hoje, temos casamento gay, união estável, pena para homofobia e por ai vai (quem já assistiu ao filme Milk sabe do que estou falando). Nada de protesto contra os heteros. Para eles, quer ser hetero que seja, mas eles também querem o direito de ser o que bem entende.
Esse é o aprendizado para os ciclistas. Se o cara quer um carro, que compre um e o dirija, mas eles também deveriam ter o direito de fazer o mesmo com suas bicicletas. E jamais, de forma alguma, conseguirão isso com protestos contra os motoristas. Eles precisam fazer o mesmo que os gays: atacar a superestrutura ao invés da estrutura (já falei sobre isso aqui no blog).
Ver ciclistas brigando com motoristas é fantástico para o governo, pois, assim os políticos ficam livres de se expor ao votar um projeto de lei para uso de bicicletas. Sem mencionar que, ao invés de transparecer o evidente (que falta infraestrutura para ambos), a impressão que fica é de que os brasileiros não conseguem viver em sociedade.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Teste do Inmetro: religiões.
Dias atrás, navegando na intenet deparei-me com o texto abaixo. Vale a pena (pelo menos achei engraçado):
Depois de testar a qualidade de tudo quanto é produto no mercado, chegou a vez do Inmetro analisar a qualidade das principais religiões disponíveis no mercado.
1° Teste: Deveres, exigências e proibições
- Igreja Católica: aprovada
Apesar de algumas cláusulas abusivas encontradas no contrato, tal como 10 mandamentos e 7 pecados capitais, a desvalorização que o perdão vem sofrendo e a entrada no mercado de outras religiões obrigou a Igreja a tornar-se mais flexível.
- Igreja Evangélica: reprovada
Aqui temos uma situação curiosa: embora o perdão seja muito mais barato (o que explica a grande concentração de ex-atrizes-pornô, ex-serial-killers, ex-apresentadores-de-programa-infantil, ex-trapalhões e jogadores de futebol nessa religião), a chantagem emocional praticada posteriormente, do tipo "agora que eu te dei perdão, você tem que me dar sua alma", também praticada em casos de traição, complica muito a vida do fiel.
- Judaísmo: aprovado
Circuncisão, estado vegetativo aos sábados e nem pensar em feijoada seriam fatores decisivos para reprovação da religião no teste. No entanto, o lobby feito pelos carecas, que gostam do "chapeuzinho engraçado", o famoso open bar mitzvah e a permição de surrupio de gravatas superaram os contras.
- Islamismo: reprovado
À primeira vista, o islamismo parece ideal: poligamia, bombas e dança do ventre. Mas analisando com maior atenção, as vantagens tornam-se revés muito piores do que pagar 50 ao banco, ou ir para cadeia. Manter duas ou mais mulheres debaixo de um mesmo teto, ao lado de um mesmo homem e próximas a um razoável número de faqueiros revela-se uma combinação letal. As bombas parecem divertidas até você ter que explodir-se com elas. E a parte da dança do ventre é lenda: mais uma mentira criada por novelas da Globo (assim como a existência do Acre).
2° Teste: Promessas/Recompensas
- Igreja Católica: reprovada
O contrato diz claramente que a recompensa só é entregue após a morte. E atualmente a Igreja avisa que, devido a freqüentes greves dos Correios, esse prazo está sujeito a alterações. As indenizações prometidas para crianças que efetuaram algum tipo de troca/acordo com padres, raramente são entregues. Além disso, recentemente foi comprovado que GPS guia melhor que Deus, fazendo outra promessa da Igreja cair por terra (ou mar).
- Igreja Evangélica: aprovada
Basta você ter fé e doar 70% do seu salário para conquistar o amor da sua vida, salvar seu casamento, curar o câncer, vencer a Aids, ganhar na loteria, fundar uma multinacional, ganhar dinheiro na Bolsa, sair da cadeira de rodas, voltar a enxergar, sair da depressão e fazer seu time voltar pra primeira divisão.
- Judaísmo: reprovado
Pães caem do céu, mares se abrem, terra prometida... seriam ótimas recompensas, se não fosse o aquecimento global. As mudanças climáticas diminuíram drasticamente a precipitação de pães, enquanto o aumento do volume dos mares inutilizou o cajado. Já a terra prometida está sendo disputada na Justiça por quatro grupos: judeus, palestinos, índios e arrozeiros. Além disso, também sofre freqüentes invasões do MST.
- Islamismo: reprovado
Treze virgens esperando no céu - seria aprovado se fosse somente para uso masculino. Mas não há nenhuma menção às mulheres no contrato. Elas não seriam recompensadas? Ou também receberiam 13 virgens no céu? Ou ainda: tornariam-se virgens ao morrer? A falta de clareza no contrato foi o fator decisivo para a reprovação da religião.
3° Teste: Punição
- Igreja Católica: aprovada
Antigamente muito rígida, a Igreja parece ter mudado sua postura perante a humanidade assim que parou de queimar as pessoas. Foi a partir desse momento que o purgatório foi reformado, redecorado e tornou-se um ambiente agradável e propício para o arrependimento. O inferno também passou por mudanças, ganhando uma lan house, uma academia e 230m² de área verde.
- Igreja Evangélica: aprovada
O inferno da Igreja Evangélica, baseado em modelos antigos, promete "queimar eternamente no fogo do diabo", mas com a crise dos combustíveis o serviço foi suspenso por tempo indeterminado, não havendo, assim, punição.
- Judaísmo: reprovado
O inferno é em vida e intinerante: já foi no Egito, na Alemanha, Polônia... Além disso, a todo momento aparece alguém com raiva dos judeus. Esses fatores também fazem com que o seguro de vida seja mais caro.
- Islamismo: reprovado
O Inmetro leu 1/4 da lista de punições previstas no Alcorão. Com sono, os especialistas resolveram reprovar com o argumento de que "tudo em excesso é ruim". E incluíram a rede Al Jazeera na lista de punições aos islâmicos.
O Blog entrou em contato com as fabricantes, e suas manifestações foram as seguintes:
A Igreja Católica disse que já está fazendo os ajustes necessários para adaptar o produto às condições do Inmetro.
A Igreja Evangélica disse que vai aumentar o dízimo para melhorar a qualidade do produto.
Os Judeus acusaram o Inmetro de Nazistas e Anti-Semitas.
Os Muçulmanos, irritados por serem reprovados nos três testes, avisaram que irão atacar a base do Inmetro em breve, mas não publicaram a data.
domingo, 10 de julho de 2011
Filosofia e Religião em uma frase
Salve à inspiração divina da internet:
A Filosofia cria perguntas para as quais as pessoas podem não ter resposta, enquanto a religião cria respostas para as quais as pessoas não podem ter perguntas.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Aborto: se for irresponsável, seja até o fim!
Estava fazendo uma pesquisa sobre aborto em outros países, mais por curiosidade do que por ciência, e cheguei a conclusão de que os religiosos estão certos. O aborto não faz o menor sentido. Não vou nem discutir o fato de ser ou não um atentado à vida. Por enquanto, vou restringir a reflexão na ideia do sentido mesmo.
Primeiro que sexo, para os religiosos, não deve ser executado como um ato de livre prazer, mas sim para fins de reprodução (se eles seguem isso ou não, ai é outra coisa, mas é essa a doutrina difundida). Outra conduta definida é que ele só deve ser feito após o casamento, que, por sua vez, deve ser para o resto da vida. Ou seja, do ponto de vista religioso, uma mulher primeiro encontrará o homem com quem desejará passar o resto de sua vida, em seguida eles decidirão ter um filho e somente após isso irão permitir-se o ato sexual. Essa é a conduta defendida pela igreja. Para eles, não há sentido no aborto se esta for seguida.
Pense a respeito: se você não fizer nada para evitar, o sexo irá gerar um filho; evidente. Logo, a ideia da igreja tem lógica. O natural da relação é sim que a mulher engravide então não pode ser feita buscando prazer, mas sim quando o intuito for engravidar.
Ok, mas não é por reconhecer esta lógica que vou só vou transar novamente quando desejar ter um filho. Sou declaradamente não religioso e, para mim, sexo é um meio de se obter prazer, sim, e daí? Logo (ainda na ideia da lógica) se, por acaso, minha parceira engravidar, vou olhar para ela e dizer, "bom, agora, vamos ao aborto né?" (com toda a naturalidade de quem transou pensando apenas em prazer e não em ter um filho). Eis a divergência!
99% dos homens que leram isso concordam, mas boa parte das mulheres não. A maioria, na hora de fazer o aborto, dirá "sim, mas agora eu engravidei. Há uma vida dentro de mim!". Nossa, que lindo isso! Comovente! Faz a bobagem de transar pensando em prazer (sim, sou um abobado também) e depois adota o discurso moralista, como se a intenção inicial fosse o filho.
Quando for transar, lembre-se: isso foi feito para reproduzir. Prazer é uma consequência. Agora, se você transformar a consequência em objetivo, bom, ai leve isso até o fim. Não seja imoral nas ações e moralista no discurso ou você irá colocar um filho no mundo "sem pai" e a coitada da sua mãe vai acabar ganhando um filho de presente.
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segunda-feira, 9 de maio de 2011
domingo, 8 de maio de 2011
Exploração da mão de obra ou novo comunismo?
O filósofo alemão, Erich Auerbach, fez uma análise muito interessante sobre um tipo de mentira: a verdadeira. Como assim?? Bom, eu explico. Digamos que um teatro tenha contrato com seis atores, porém apenas dois deles são bons o suficiente para uma apresentação. No entanto no contrato consta que todos devem se apresentar no palco. Para cumprir o contrato e não comprometer a crítica, os donos decidem colocar os quatro atores ruins encenando em um canto do palco e os outros dois, os bons, em outro canto, porém apenas os atores bons receberão iluminação e audio. Embora os cartazes e os panfletos de divulgação anunciassem apenas os dois atores bons, você percebe que há mais coisa acontecendo, porém, como não consegue ver e nem ouvir, sua atenção se volta para onde há luz e áudio. Ao mostrar apenas a parte que lhes interessavam, os donos do teatro cumpriram seu contrato com os atores e ainda deram ao seu público uma bela apresentação. O paradoxal de lhe mentir dizendo a verdade é o que Auerbach considerava a diferença entre mentira e engano.
Ninguém mentiu para você. Apenas não lhe contaram toda a verdade e é justamente assim que o novo comunismo se apresenta. São intelectuais (e por isso já partem com muita credibilidade) mostrando apenas parte da verdade. Por exemplo: no filme "The Corporation", diversos intelectuais (alguns, ex-empresários também) apresentam os problemas causados por grandes corporações. Em um momento do filme, eles mostram uma fábrica da Nike na Indonésia, que paga a hora dos funcionários em centavos, o que é classificado como exploração. Qualquer um concordará que aquelas pessoas estão sendo exploradas, mas concordamos analisando a realidade deles a partir de qual perspectiva? Da nossa, que temos conforto e segurança ou do ponto de vista deles? Será que as pessoas que tentaram um emprego lá e não conseguiram concordam que quem conseguiu está sendo explorado? Com £6,00 (seis libras), na Inglaterra, você não come nem um sanduche de mortadela. Então, qualquer britânico que descobrir uma empresa da Inglaterra, instalada no Brasil, pagando ticket de R$16,00 aos funcionários vai considerar que isto é exploração. E você? Concorda que este valor para almoço é exploração?
Há um detalhe neste contexto que não pode ser ignorado: se a Nike sair daquele pais, as pessoas deixarão de ser exploradas, mas isso melhorará a vida delas? O que teria ouvido o intelectual que entrevistou a operária se tivesse perguntado para ela "Você prefere ser explorada ou passar fome?". É evidente que a exploração não é o problema dessa gente e sim a consequência. Trata-se de um país desestruturado, corrupto e, por conseguinte, muito, mas muito pobre. E isso, em momento algum, é mostrado no filme. É fato que a Nike não está sendo ética, mas não é essa a causa do problema. Tirá-la de lá só pioraria tudo. Pense comigo: se seu carro está fazendo um barulho, você tira uma peça e o barulho aumenta, é lógico que você mexeu na parte errada!
Enfim, não estou dizendo que estes materiais sejam desprezíveis. Até mesmo considero um deles fascinante (The Story of Stuffs), inclusive já o recomendei aqui no blog. O próprio filme "The Corporation" é muito, mas muito bom. Só acho que eles não podem fazer afirmações sem apresentar tudo que está acontecendo. As filmagens são fundamentais para "abrir os olhos" de muitos que veem empresas como entidades bacaninhas que se preocupam com as pessoas. Porém não se pode usar o argumento de que elas exploram brechas sociais para dizer que este é o problema em si. A parte que eles não estão dando nem luz e nem áudio, muitas vezes, é a verdadeira causa do problema.
sábado, 7 de maio de 2011
Somos Selvagens II (O Selvagem Educado)
Depois de ter escrito o ultimo post, fiquei pensando "cara, ia ser muito ruim se não fossemos educados por nossos pais. Imagina só como seríamos mesmo. Um bando de selvagens primatas se degladiando por comida e por conforto". Mas há algo pior do que isso: selvagens educados.
Se você pegar humano selvagem (uma criança, que não fale e não ande) e o educar só um pouco, você terá um selvagem educado. Mas o que vem a ser este gênero hominídeo que eu estou propondo? Bom, um selvagem educado é o sujeito que, durante a infância, estuda apenas para poder entrar na faculdade e, quando adulto, estuda o suficiente para conseguir um emprego (Seja um curso técnico, seja uma faculdade). É aquela pessoa que, no primeiro dia de aula, pergunta para o professor “quanto eu preciso para passar?”. Ele não está interessado no conhecimento. Ele está ali para sair o quanto antes. Em momento algum ele se preocupa com o quanto o conhecimento pode torna-lo um ser superior ao que é atualmente. Acredita fortemente que estudar conceitos sobre ética, sobre moral, sobre disciplina ou sobre qualquer conceito que o evolua é perda de tempo. Ele apenas estuda o suficiente para poder competir com os outros humanos. Ou seja, é um selvagem educado.
O cara que faz o básico para passar e o mediano para adquirir um emprego não está preparado para viver em sociedade (afinal, ele nunca foi educado para isso). Ele é tão capaz de pegar uma bicicleta e pedalar sábado à noite, sem autorização alguma, acreditando que pode fazer isso no meio da rua livremente trancando todo o trânsito, quanto pode entrar em um carro e atropelar sumariamente qualquer um que pense desta forma. Ele também acredita que por ter condições de estar com uma arma pode invadir a casa de alguém para tomar a força o que bem entender, ou então matar quem pensar em fazer isso. Aliás, se ele nascer em uma família rica, e se tornasse um empresário, não seria surpreendente o ver disposto a lucrar independente se ele vai desmatar um estado inteiro ou poluir um rio que abastece uma comunidade.
Em resumo, educar pela "metade" é pior do que não dar nenhuma educação. Ao invés de usar gritos, pedras e pedaços de madeiras, um selvagem educado usa uma arma, um carro e até mesmo uma empresa para cometer selvageria.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Somos Selvagens
Quanto mais leio sobre filosofia mais descubro que "os outros" estão errados. Aliás, não é preciso ler filosofia para constatar isso. Até ligando a TV é possível constatar. Quando Barack Obama se pronunciou sobre a morte de Bin Laden, ele disse: "não começamos esta guerra". Por sua vez, o terrorista (o Osama e não o Obama), após o ataque às torres gêmeas, disse que estava retribuindo à tirania americana por ter financiado guerras no Oriente Médio. Ou seja, ninguém é culpado! Nós humanos somos estranhos mesmo. Somos agentes de uma série de outras incoerências. Por exemplo: fabricamos armas! Sim, nós fabricamos e vendemos armas (nós, seres humanos). Que outra função terá uma arma se não tirar a vida de outra pessoa. Em resumo, produzimos equipamentos com o fim explicito de tirar vidas e muitos se orgulham disso. Outra coisa: por que alguém compra uma pick-up para andar na cidade? Um veículo imenso, que consome horrores de gasolina e custa um absurdo? Conforto? E as outras pessoas? Afinal, estamos utilizando um "baita" espaço no trânsito e liberando CO2 por uns cinco carros. Então, cheguei a uma conclusão sobre tudo isso: somos selvagens!
Os animais só vivem em bando quando isso é uma vantagem estratégica. Caso contrário, seria cada um por si. Vingança também é um extinto animal de revidar a uma agressão. Um animal só não revida quando reconhece a superioridade do adversário e somos exatamente assim. Somos tão selvagens que só andamos sobre duas pernas por que nossos pais insistiram muito para isso. Só falamos, por que igualmente houve empenho deles. Pense nas crianças, que são seres humanos na exência (recem fabricados). Se você colocar um doce na frente de duas crianças de um ano de idade, elas não vão quebrar a barra ao meio e comer cada uma metade, demonstrando a inteligência humana ou nosso senso nato de convivência. Elas irão se avançar na barra e, a quem não conseguir pegar primeiro, avançará na outra criança para tentar tomar a barra. Outro exemplo: imaginem só se fossemos criados em uma selva por uma loba (não sei o porquê da loba, mas toda mitologia usa ela como exemplo e eu vou surfar a onda). Pense como seríamos. Mataríamos por comida, por sexo, por espaço ou por qualquer banalidade. Ou seja, se não formos lapidados, digo, educados, tendemos a agir como selvagens.
É por isso que os maiores exemplos de cidadania, de convivência em sociedade, de respeito, de perdão e de outras virtudes tão escassas vêm de sociedades que priorizam a educação. Sua base é um ensino voltado para o desenvolvimento da pessoa e não para o desenvolvimento profissional (caso dos EUA e da Índia, que se orgulham de formar os melhores profissionais do mundo). Se não priorizarmos a educação, continuaremos agindo como animais: seja fechando ruas para comemorar a morte de uma pessoa, seja ignorando que vivemos em um mundo de recursos finitos.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Mudança
Pois é, fiquei um tempo sem aparecer por aqui, pois estava passando por um período conturbado de mudanças. Decidi ousar um pouco e sair do emprego onde estava por quase 6 anos para navegar em novos mares corporativos. Entre as mensagens positivas que recebi, compartilho com vocês esta frase de Amyr Klink que resume bem o momento:
Prefiro a pior das tempestades do que navegar sem rumo.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Ok, mas será que todas as raças têm de fato as mesmas oportunidades?
No último post, critiquei o Ministério da Igualdade Racial. Não o considero uma secretária inútil, apenas mal conduzida (pelos motivos que citei). Mas façamos uma análise rápida. Se todas as raças possuem igualdade de condições, por que, quando vou a um estádio de futebol, por exemplo, sempre percebo que apenas negros trabalham vendendo refrigerante e salgadinho? Por que a maioria dos flanelinhas são negros? Por que o mesmo "fenômeno" se repete com garis e com lixeiros? Você já foi em algum médico negro? Conhece algum empresário negro?
Se de fato todos possuem igualdade de condições em nossa democracia de direito, qual motivo da esmagadora maioria dos subempregos serem ocupados por negros (nunca consegui responder esta pergunta)?
quinta-feira, 17 de março de 2011
Ministério da Igualdade Racial?
Estava lendo uma reportagem sobre a posse da nova ministra da igualdade racial Luiza Helena de Bairros. Fiquei pensando: "de que forma se implementa uma política para prover igualdade racial? O que é preciso ser feito para isso? Como um ministério pode ajudar neste caso?" Aliás, vocês já haviam pensado a respeito?
Decidi entrar no site (http://www.seppir.gov.br/) deste ministério (que na verdade é uma secretaria) e tentar descobrir. Eles até possuem algumas idéias bem bacanas, como ensinar cultura negra nas escolas (a final, nossa população é formada da miscigenação de índios, de europeus e de negros). Porém há um primeiro erro nesta secretaria: tudo que encontrei referia-se apenas à raça negra. Nada sobre índios, por exemplo, que, na verdade, é a única raça nativa brasileira. E a exclusividade não está apenas na pauta. Todos os ministros que estiveram à frente da secretaria foram negros (nenhum índio também). Esta parcialidade faz com que a secretaria perca força e seja vista não como uma iniciativa para igualdade racial, mas sim para inserção da cultura negra no Brasil. Não que isto esteja errado (não é isso que estou dizendo), porém a iniciativa teria maior aderência se fosse menos parcial. Mas o erro fundamental deles não é esse. É a de sugerir estatutos e projetos de leis.
Leis de igualdade racial!!! Não existe isso! É de uma infantilidade gigantesca acreditar que leis garantirão igualdade racial. Leis apenas punirão aqueles que forem racistas, mas nunca eliminará o racismo. Até porque, uma lei como essas legitima o racismo, ao passo que segrega as pessoas entre os membros desta ou daquela raça. Antes que eu pareça um reacionário legislativo, as leis contra racismo são boas e úteis, mas servem apenas para punir pessoas que a educação não conseguiu lapidar. Elas, apenas as leis, jamais conseguirão garantir igualdade racial. Os EUA é o maior exemplo disso. Lá, há muito, mas muito mecanismo legal de se punir racistas, porém, em um país no qual os negros são minoria (assim como no Brasil, cujo ultimo censo constatou que apenas 7% da população declarou-se negra), isso acrescenta ainda mais a diferença racial, pois garante a uma minoria um direito (e, em alguns casos, uma exclusividade) que a parte majoritária da população não dispõem. Quem já esteve nos EUA ou tem algum contato com a cultura deles sabe da discriminação absurda que os negros sofrem lá. Como conseqüência os negros sente-se excluídos e acabam agindo da mesma forma. Assista a um filme do Eddie Murf e perceba os papéis que os brancos interpretam. Além de nunca serem ligados aos personagens principais, geralmente são os vilões ou aqueles que são ridicularizados durante o enredo (sem mencionar que quase não há pessoas brancas em seus filmes). Lá há uma guerra racial e estamos caminhando para o mesmo erro.
A única forma de combater racismo é com educação. Educação ao racista para ele perceber o quanto imbecil foi até então e educação ao negro (ao índio, ao mestiço, etc) para que ele tenha as mesmas oportunidades das outras raças. Enquanto organizações de "igualdade" ou "inclusão" social de raças continuarem tentando fazer isto à força, ou melhor, através de leis, cada vez mais as diferenças raciais serão acentuadas.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
O que é Certo e o que é Errado?
Na filosofia, os textos e os ensaios sobre ética tentaram definir, sem sucesso, o que é o certo e o que é o errado. Entre os filósofos é quase hunânime a idéia de que o tempo é o responsável por determinar se um fato é certo ou errado (algo pode ser certo em uma época e errado em épocas seguintes). No entanto atrevo-me a discordar de todos e propor que a idéia de certo e de errado é atemporal e está sim relacionada com a quantidade de pessoas que concordam com ela.
Quando Darwin publicou "A Origem das Espécies" e tentou, com base neste livro, explicar sua teoria sobre a seleção natural, naquele momento, para todos, ele estava errado. Chegou a ser motvo de piadas ao dizer que o homem não era uma obra divida e sim uma evolução dos primatas. Se algum aluno, de qualquer escola britânica, utilizasse a teoria de Darwin em seus trabalhos de biologia eles seriam reprovados (aliás, imagine o quão interessante seria ter acesso aos trabalhos daquela época e constatar que os alunos que respondiam que a evolução das espécies tinha origem em um processo de seleção natural tiravam as piores notas, enquanto os colegas que alegavam que esta era fruto de intervenção divina tinham os melhores resultados). Hoje, a coisa é bem diferente e Darwin é assunto obrigatório em qualquer livro de biologia. O intrigante é que a teoria de Darwin não mudou de 1859 para cá. Por que agora ela está certa? Simples: por que a maioria das pessoas concorda com ela!
Assim como Darwin provocou indignação entre os cientistas mais conservadores, ele provocou dúvida nos mais jovens. Novas gerações nascem com novas idéias e é isso que "oxigena" as mudanças de conceitos. Cada vez mais as pessoas estão abertas para novos pensamentos. Há 100 anos, ter um negro como escravo era certo, embora alguns já considerassem errado. Hoje, é completamente errado. O que mudou? Os negros e os índios são mais humanos hoje? São mais bacanas? Já sei: usam Nike e isso os torna iguais aos outros? Não, nada disso. A diferença é que ninguém mais concorda com a escravidão e por isso ela é errada.
Portanto o conceito de certo e de errado está apenas ligado ao número de pessoas que concordam com a idéia. Se começarmos hoje a preservar o meio ambiente, a ter consciência política, a criarmos nossos filhos para serem seres humanos bem sucedidos ao invés de apenas profissionais bem sucedidos, daremos inicio a uma nova forma de enxergar o que é certo e, quem sabe, as gerações futuras nasçam sobre esta luz e possam partir dela para criar uma nova idéia sobre o que é certo. Só lamento não estar vivo para ver o que acredito ser certo sendo tratado desta forma pela sociedade.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Por que você faria um concurso público?
Na semana passada, a revista Veja publicou uma reportagem sobre os senadores que recebem aposentadorias vitalícias por terem sido governadores em seus estados. Entre as declarações, o gaúcho Pedro Simon alegou que não abriu mão do dinheiro por enfrentar problemas financeiros. Sarney (o que mais recebe e sei lá de que estado ele é) não deu declarações. E, para fechar com chave de ouro, o paranaense Alvaro Dias disse que pretende doar tudo para a caridade. Sabe, fiquei pensando: “Que cambada de babacas e de hipócritas! Os caras usam o nosso dinheiro dos impostos apenas para garantir estabilidade financeira. Trabalhar em pró da população que é bom, nada!”. Mas pensando bem,...
...quando optamos tentar a carreira de servidores públicos e, por conseguinte ter uma renda da mesma origem (os impostos) dos políticos, com qual mentalidade nós a almejamos? Com a mesma que gostaríamos que os políticos adotassem? Aqui, só entre nós, alguma vez você ouviu alguém dizer “vou fazer um concurso público para melhorar o atendimento à população” ou então “não vejo a hora de me tornar um servidor público e melhorar o serviço que prestamos ao povo”. Bobagem! Ninguém, mas ninguém pensa assim. Todos querem a estabilidade. Todos querem a chance de poder ganhar bem sem ser demitido. Ou seja, discursamos indignados, mas agimos iguais a eles.
Aliás, todos que criticam os políticos e acham que se tornar um funcionário público, antes de qualquer outra coisa, lhes trará estabilidade, são uns babacas! São hipócritas. Discursam moral com cueca de elefantinho! É por causa de gente assim que vivemos nesse país de merda (que tinha tudo para ser uma democracia fantástica).
É assim que vivemos. Ensinamos nossos filhos que devem tentar um concurso para terem estabilidade. Elogiamos amigos e parentes que tentam, desesperadamente, ingressar na carreira pública em pró da estabilidade. Sem perceber, alimentamos esta mentalidade patrimonialista e depois não entendemos por que a nossa situação não muda. Nada muda porque somos TODOS assim: babacas e hipócritas! Será que nossa indignação com os políticos deve-se ao fato de ignorarem a população ou simplesmente por que os invejamos?
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Incoerência entre futebol e política no Brasil
Na mesma semana, duas notícias repercutiram bastante na internet, porém com reações distintas. Na quinta-feira, dia 03/02, circulou a foto do, agora, Deputado Federal Romário jo- gando futevôlei. Essa notícia não deveria mais "vender jornal" se não fosse o fato de ser o primeiro dia dele como deputado. No primeiro dia de sessão do cara, ele bate o ponto em Brasília, pega um vôo para o Rio e chega a tempo de jogar uma bolinha com os amigos. Alguém foi até ele falar alguma coisa? Não. Alguém, dos eleitores dele, por acaso sabiam que ele deveria estar trabalhando? Possivelmente não. E assim ficou. Nada de protesto. Nada de reclamação.
Pois é, o irônico é que, na mesma semana, os jogadores do Corinthians, que haviam perdido a chance de disputar a Libertadores, foram recebidos com pedras e com insultos pelos torcedores. Eles reclamavam da discrepância dos altos salários com os resultados recentes do time.
Em relação a estes dois fatos e às duas reações, só há uma coisa a dizer: é foda! Que bando de babacas que nós somos! Quando nossos times perdem, quebramos o pau e xingamos até a “mãe do Badanha”. Agora, quando os políticos fazem o que querem, nós não fazemos nada! Absolutamente nada!
A propósito, se mudássemos um pouco o foco das nossas reclamações, talvez não seríamos mais uma potência no futebol, porém talvez não seriamos mais reconhecidos como o pais que mais paga impostos e que sustenta o maior folha salarial de políticos no mundo.
sábado, 29 de janeiro de 2011
"O que diz a Bíblia sobre o Homossexualismo?!?!?"
Estava lendo alguns blogs quando encontrei este link: http://mulheresabias.blogspot.com/2011/01/o-que-biblia-diz-sobre-o.html
Trata-se de um texto, escrito por uma blogueira evangélica, que utiliza de argumentos bíblicos para defender o quanto o homossexualismo é nocivo. Embora conhecesse o posicionamento da igreja (uso igreja para me referir a todas as religiões) fiquei um pouco frustrado. Dentre os comentários ainda há o seguinte: "Obrigado por nos proporcionar este texto sobre homossexualismo. Sem dúvida hoje é a maior batalha que nós evangélicos enfrentamos.[...]". Respondendo, escrevi o seguinte comentário:
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Não sou homossexual, mas penso que eles são apenas diferentes de mim. Não os considero aberrações, errados, impuros ou algo do gênero. Apenas penso diferente deles. A intolerância quanto as diferenças foi e é a principal causa de conflitos e de guerras. Deixem-nos ser como são. Deixem-nos viver a vida que levam. Percebam quanto tempo gastamos contrariando algo quando poderíamos estar investindo-o para promover algo. Desafio alguém que encontre na Bíblia um único relato de Jesus contrário a algo que não seja sua revolta com transformação da casa de seu Pai em uma casa de comércio (João 2:13 até 2:16). Pensem a respeito!
(Atos 10:34) – E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas;
(Mateus 5:9) – Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Também faço uso das palavras de um pastor protestante (Martin L. King) para complementar a idéia:
"Se não aprendermos a vivermos juntos como irmãos, morreremos juntos como tolos"
Abraço a todos!
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Trata-se de um texto, escrito por uma blogueira evangélica, que utiliza de argumentos bíblicos para defender o quanto o homossexualismo é nocivo. Embora conhecesse o posicionamento da igreja (uso igreja para me referir a todas as religiões) fiquei um pouco frustrado. Dentre os comentários ainda há o seguinte: "Obrigado por nos proporcionar este texto sobre homossexualismo. Sem dúvida hoje é a maior batalha que nós evangélicos enfrentamos.[...]". Respondendo, escrevi o seguinte comentário:
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Não sou homossexual, mas penso que eles são apenas diferentes de mim. Não os considero aberrações, errados, impuros ou algo do gênero. Apenas penso diferente deles. A intolerância quanto as diferenças foi e é a principal causa de conflitos e de guerras. Deixem-nos ser como são. Deixem-nos viver a vida que levam. Percebam quanto tempo gastamos contrariando algo quando poderíamos estar investindo-o para promover algo. Desafio alguém que encontre na Bíblia um único relato de Jesus contrário a algo que não seja sua revolta com transformação da casa de seu Pai em uma casa de comércio (João 2:13 até 2:16). Pensem a respeito!
(Atos 10:34) – E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas;
(Mateus 5:9) – Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Também faço uso das palavras de um pastor protestante (Martin L. King) para complementar a idéia:
"Se não aprendermos a vivermos juntos como irmãos, morreremos juntos como tolos"
Abraço a todos!
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sábado, 22 de janeiro de 2011
Para quem gosta de música...
Você gosta de música? Realmente gosta? Então ouça isso (há diversas músicas no site, mas essas ficaram muito bacanas):
http://www.playingforchange.com/episodes/7/Chanda_Mama
http://www.playingforchange.com/episodes/2/Stand_By_Me
http://www.playingforchange.com/episodes/8/War_No_More_Trouble
O Playing for Change é um movimento que tenta demonstrar como as diferentes culturas podem conviver (e demonstra o quanto pode ser rica esta convivência).
Pensem a respeito. Será que de fato conseguimos fazer isso? Conseguimos absorver o que gostamos em uma cultura e respeitar aquilo que não compreendemos?
http://www.playingforchange.com/episodes/7/Chanda_Mama
http://www.playingforchange.com/episodes/2/Stand_By_Me
http://www.playingforchange.com/episodes/8/War_No_More_Trouble
O Playing for Change é um movimento que tenta demonstrar como as diferentes culturas podem conviver (e demonstra o quanto pode ser rica esta convivência).
Pensem a respeito. Será que de fato conseguimos fazer isso? Conseguimos absorver o que gostamos em uma cultura e respeitar aquilo que não compreendemos?
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Sem essa de “Desastres Naturais”!
Nos últimos dias, é quase impossível você ler qualquer artigo ou reportagem sem passar os olhos sobre o impacto das chuvas no estado do Rio de Janeiro. Bom, nestas passadas de olhos, percebi que, como sempre, estão tentando encontrar um culpado. De um lado, a população empurra a “cenoura” para o governo (por seguir impermeabilizando as ruas com asfalto e não monitorando as zonas de encostas), de outro, o governo devolve a cenoura para a população (pela ocupação das encostas dos morros) e para o clima (alegando que o aquecimento global tem provocado as chuvas), no entanto acredito que estamos diante de dois assuntos que se relacionam, porém são distintos: urbanismo e aquecimento global.
Em relação ao primeiro, asfaltamos as ruas (sim, nós e não os governantes, pois todos sabem que nada dá mais votos do que asfaltar ruas, ou seja, aprovamos a medida) ignorando que parte do ciclo hídrico depende da absorção do solo. Aos que desconhecem o conceito de erosão (por sinal, no Rio de Janeiro, muitos desconhecem), bastaria revirarem os cadernos da sexta série e recordarem o que aprenderam enquanto falavam aos professores “Por que eu tenho de aprender isso? Nunca vou usar!”: em solos cobertos por florestas, a erosão é praticamente inexistente. A menos que, é claro, alguém tire a floresta e coloque uma casa no lugar. E, por fim, nossos centros urbanos sem vegetação criam micro-climas secos que aumentam a possibilidade de precipitação em regiões mais úmidas, como as serranas.
Quanto ao aumento da temperatura na Terra (mudanças climáticas, aumento do aquecimento global, etc), isso é cientificamente comprovado (comparem dados da temperatura na Terra de 1860, quando o hemisfério sul passou a ser considerado na análise, até então e constatarão que se trata de uma realidade). Quanto ao seu motivo, bom, ai há muita discussão científica. Porém, enquanto cientistas discutem (sabe-se lá quais interesses eles estão defendendo), ficamos aguardando um veredito para saber se devemos fazer algo ou não. Por favor, isso é patético! Agimos como medievais esperando uma posição de monarcas e do clero. Independente se o motivo for os gases, o aumento da população, o desmatamento ou seja lá o que for, temos de reconhecer que as alterações climáticas não são naturais (aos céticos, repito: analisem as evidências cientificas a partir de 1860).
Há uma série de ações ou de hábitos que podemos adotar para fazermos a nossa parte, porém todas são ineficazes se comparadas à consciência política. Temos de eleger deputados e senadores (sim, poder legislativo) que votem projetos de leis que tratem de medidas ambientais e, assim que o fizerem, devemos então cobrar a sua aplicação do Executivo. O problema é que estamos muito, mas muito distantes disso. Vejam que irônico: ano passado, definimos que o político que melhor nos representava era o Tiririca (vide sua votação majoritária) e agora a população tem a cara de pau de reclamar da política. Enquanto não criarmos esta consciência política, vamos continuar assistindo; seja pela televisão, seja aos pés do morro que acabara de desmoronar; a estes “desastres naturais” com uma perturbadora sensação de impotência.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Terminou a faculdade? Bacana! Próximo passo, melhorar de emprego, não é?
Ano passado, enquanto decidia em quem ia votar para presidente, criei tópicos como educação, segurança e saúde e comparei as realizações de cada partido. Nesta pesquisa, decidi entender (e não comprar pronto o que a mídia tenta nos vender) o que levou o governo Lula a criar o sistema de aprovação automática, no qual as escolas públicas foram recomendadas a não reprovar alunos com menos de 9 anos, pois considerava este o sistema mais imbecil que poderia ser pensado. Foi então que eu descobri que o Conselho Nacional de Educação (CNE) realizou três audiências públicas para discutir medidas que reduzissem a evasão escolar e, a partir destes encontros com o público, decidiu-se sobre a não reprovação. O pior foi admitir que o governo era (e sempre será) apenas o reflexo do povo. Aliás, se observarmos com clareza, veremos esta afirmação em todo o sistema educacional.
Por que eles, os governantes, irão se preocupar com educação se, para a população que representam, ela é apenas um pré-requisito empregatício? Isso mesmo! Ninguém está interessado no conteúdo do ensino das escolas ou das faculdades (fazendo justiça, 0,001% dos brasileiros estão). O que todos (99,999%, para continuar sendo justo) querem é o diploma. Os pais lembram os filhos que precisam estudar na infância para que não se tornem garis (não sei o porquê, mas sempre o utilizam como exemplo de subemprego) e que precisarão fazer uma faculdade para terem um bom emprego. E assim crescemos, acreditando que devemos ter um bom inicio nos estudos para não cairmos e um excelente término para termos chances de ascensão.
Alguém pode ler o que acabei de escrever e pensar "Isso não é verdade! Tenho lido muito sobre a importância de tornar o ensino médio público tão bom quando o particular. Aliás, a sociedade têm pressionado para isso". Ok, não discordo quanto a este fato, porém discordo que isso seja um exemplo de preocupação com o ensino. Isso ocorre apenas por que os alunos de escolas particulares, devido ao seu ensino mais forte, adquirem vantagem nos vestibulares das universidades públicas. No Brasil, universidade pública é sinônimo de "Canudo de Graça". Se a preocupação é apenas com o diploma, que forma melhor de obtê-lo se não sem custo? É a partir daí que se iniciam as discussões sobre a qualidade das escolas públicas.
Bom, então o que o governo faz para melhorar a qualidade da educação? Populariza as universidades. Isso é muito mais barato do que tentar igualar o ensino ao particular. Hoje, em cada esquina há uma "universidade" com cursos aprovados pelo MEC e com custo muito similar ao gratuito, cuja aptidão dá-se ao aluno que souber assinar o nome. Sem falar na ampliação das salas de aula, na contratação de professores e nos regimes de cotas para as universidades federais. Logo, a população esquece que as escolas públicas são medíocres, pois estão, mesmo com este lixo de educação, conseguindo lugar em faculdades e, por conseguinte, desde que mantenham suas mensalidades em dia e não excedam os limites de faltas, terão seus estimados diplomas.
Esta preocupação ridícula com currículo (explicita na mentalidade daqueles que terminam suas faculdades pensando que agora estarão aptos a disputar um belo espaço no mercado de trabalho) só continuará fazendo de nós, brasileiros, uma nação de empregados. E outra: parem de acreditar que a Microsoft, o Google e o Facebook foram empresas criadas por garotos despretensiosos em suas garagens. Zuckerberg era um nerd fenômeno de notas do ensino médio (high school, nos EUA) que aceitou a proposta para estudar em Harvard quando criou o Facebook. O Google foi criado por Larry Page e por Sergey Brin como estudo de seus doutorados em Stanford. E, antes de fundar a Microsoft, Bill Gates obteve 1590 pontos dos 1600 possíveis no teste de aptidão em Harvard (aliás, aos 16 anos, ele já era pesquisador visitante na Universidade de Massachusetts).
Nossa mentalidade em educação permite apenas sonharmos em trabalhar para uma dessas empresas; Nunca em criá-las.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Definitivamente, seu problema não é o maior do mundo!
Há dois meses, havia escrito um post sobre como devemos aceitar nossa condição ao invés de ficarmos pensando que estamos diante do pior problema do mundo. Eu havia rompido o tendão jogando futebol e aquele pensamento foi muito bom para eu recuperar o ânimo. Pois é, dois meses depois, quando já estava caminhando, dei um mau jeito no pé e rompi o tendão novamente. Pois é, foi no último domingo a situação não foi nada fácil. Mas então percebi que precisava voltar a pensar como no dia em que havia escrito aquele post.
Hoje, fui buscar a ressonância magnética que tirei e constatei que estava com o tendão rompido. Enquanto esperava, vi uma mulher aguardando o exame com uma cara muito aflita, que ora olhava para o teto, ora para o seu marido e ora fixava o olhar para o meu pé.
Olhei para ela e pensei "cara, eu estou com uma tala no pé, mas ela está caminhando normalmente. O que será que ela quebrou?" foi quando ouvi ela comentando que precisava do exame, pois estava tratando um câncer. Sabe, quando ouvi aquilo fiquei feliz. Parece estranho, mas confesso que fiquei feliz. Porém, depois, ao chegar no carro, comecei a chorar. Foi um sentimento muito confuso. Não sabia se eu estava triste por ter rompido o tendão novamente ou chateado por ter ficado contente com algo tão terrível. Foi então que percebi que estava chorando pela situação daquela mulher. Pensei o quanto fui egoísta ao deixar passar pela minha cabeça que estava sendo difícil para mim passar por uma segunda cirurgia em menos de 90 dias. Ficou evidente que, enquanto olhava para o meu pé, aquela mulher deveria estar pensando que adoraria estar no lugar em que eu estava achando ruim: o meu!
Aqui vai o conselho de alguém que poderia estar sendo considerado um cara muito azarado e com toda razão para estar se sentindo péssimo: Cada vez que lamentamos o que há de ruim conosco, estamos perdendo tempo de agradecer ao que temos de bom.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Iniciando com uma frase
Se não aprendermos a viver juntos como irmãos, morreremos juntos como tolos.
Martin Luther King
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