O caminho para a mudança
Faz-se necessário uma retomada a um ideal científico digno e alinhado as nossas reais necessidades, para que a responsabilidade da evolução social não seja apenas de poucos e bravos cientistas. O caminho para esta nova razão científica, passa por duas difíceis missões: estimular o “gosto pelos estudos” e reduzir nosso ímpeto consumista.
É preciso transformar o ensino em algo prazeroso para as crianças. A criatividade dos educadores precisa ser estimulada a criar métodos que as incentivem a estudar. Nos primeiros anos de ensino, nossa sociedade precisa ver a educação como algo saudável e agradável, pois só assim conseguirão percebê-la como importante, mais tarde. A filosofia deve pertencer às disciplinas dos jovens, porém com uma linguagem próxima a eles e aplicável aos conflitos do seu cotidiano. Ao invés de decorar informações, os alunos precisam criar conhecimento, pois este não será esquecido. Cabe ao professor estimular este desenvolvimento. Para isto, as instituições precisam dar-lhe liberdade.
Com uma base sólida, os jovens estarão mais dispostos a refletir sobre suas inquietações e a buscar o curso de aprofundamento que lhes permitam saná-las. O número de pessoas dispostas a abrir mão de riquezas para isso será maior e a sociedade inteira será beneficiada, pois os objetos de pesquisas retornarão para esta em forma de benfeitoria. O reconhecimento e a valorização será uma conseqüência natural para estes novos cientistas.
Quanto mais pensante for a nossa sociedade, menor será a influência que esta sofrerá e, consecutivamente, menor será a sua ânsia por consumo. Com a redução do padrão consumista, a mídia não será suficiente para que uma indústria venda a sua produção. Para tanto, as empresas precisarão repensar seus investimentos em pesquisas, uma vez que a sociedade estará atenta e priorizará o consumo daquelas que investem na sociedade.
O governo não poderá mais dedicar seus recursos de pesquisas quase que exclusivamente em estudos bélicos ou em tecnologias que objetivam alinhar sua economia, como fazem hoje. Combater povos e competir por mercados estrangeiros não são os ideais de uma sociedade civilizada e culta. Tais governos perderão sua elegibilidade e tornar-se-ão legendas ultrapassadas, dando lugar a partidos que assumirão uma postura desenvolvimentista e alinhada ao novo contexto social.
Por fim, a responsabilidade para tanto não é das instituições de ensino, dos governos, das indústrias ou de qualquer outra entidade. A responsabilidade é de cada um de nós. Assim como os professores devem ter a iniciativa nas escolas, os pais também precisam replicá-la em casa. Só assim formaremos futuros governantes que possam enxergar as vantagens deste novo patamar educacional/científico e acelerar as mudanças. Sempre é bom lembrar que toda e qualquer instituição é administrada por seres humanos e cabe a eles, ou melhor, a nós, a responsabilidade da mudança.
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Concordo plenamente, no dia que tivermos uma educação voltada para as crianças e não o que ser quer delas, ou ainda para apenas cumprir a tarefa de "educar", não teremos uma boa sociedade. O único caminho para um real desenvolvimento é a educação... Frase feita? Pode ser, contudo, as vezes, é necessário dizer obviedades...
ResponderExcluirOps, quis dizer... no dia que tivermos... teremos...
ResponderExcluirExatamente. A educação não é o caminho para o desenvolvimento, ela é o atalho!
ResponderExcluirhehehe