Estava lendo minha Zero Hora de terça-feira e mais uma vez a sessão de política noticiava as denúncias contra a governadora Yeda. O ato dela de comprar casa com dinheiro de campanha seria errado, mas o que podemos fazer? Não há como evitar isso sem uma reforma política, e acabamos nos conformando (o presidente fez do filho um fazendeiro e ninguém falou nada). O grande problema estará se as investigações concluírem envolvimento dela no caso Rodin (aquele rolo do Detran). Mas o que fazer? Encaminhar uma denuncia ao Ministério Público (não é exatamente assim, mas estou falando de forma bem resumida). Cabe a este órgão apurar os fatos e determinar a punição da governadora. Para isso, conta com os melhores juristas do país. Procuradores absolutamente preparados para conduzir processos como esse.
A questão é que o caso da Yeda já está com o Ministério Público (MP), devido ao último depoimento do lobista Lair Ferest. Ou seja, a governadora já está sendo julgada pelo instrumento criado para este fim.
Todavia, para minha surpresa, o mesmo jornal trazia uma reportagem da Deputada Federal Luciana Genro pedindo a votação para uma CPI e para o impeachment da governadora. Credo!!! A democracia está perdida!!!
1º - O legislativo não consegue nem 19 assinaturas para a CPI e pretende conseguir 36 para um impeachment?
2º - O quê a Luciana Genro tem a ver com isso se o caso já está sendo julgado pelo Ministério Público?
Então, vos dou uma resposta para duas perguntas: campanha política gratúita em véspera de eleições!
Para que eu não pareça injusto ou parcial, apresento minhas justificativas:
Uma CPI possui os seguintes poderes:
- Quebrar sigilo bancário;
- Solicitar informações ao BACEM ou à CVM;
- Interrogar suspeitos.
A quebra do sigilo bancário já foi solicitado pelo MP e, sobre um interrogatório, o STF (Supremo Tribunal Federal) garante ao investigado de uma CPI a possibilidade de ficar em silêncio, evitando-se a auto-incriminação. Ou seja, CPI, hoje, é um instrumento inútil (a menos que se queira explorar a ignorância do povo para fazer campanha política, pois neste caso é bastante útil).
Quando digo que este assunto não diz respeito à deputada, façamos uma análise as atribuições de um Deputado Federal:
- Propor e debater leis de interesse nacional;
- Fiscalizar o Presidente, o Vice e os Ministros;
- Auxiliar no orçamento nacional.
A questão é que o caso da Yeda já está com o Ministério Público (MP), devido ao último depoimento do lobista Lair Ferest. Ou seja, a governadora já está sendo julgada pelo instrumento criado para este fim.
Todavia, para minha surpresa, o mesmo jornal trazia uma reportagem da Deputada Federal Luciana Genro pedindo a votação para uma CPI e para o impeachment da governadora. Credo!!! A democracia está perdida!!!
1º - O legislativo não consegue nem 19 assinaturas para a CPI e pretende conseguir 36 para um impeachment?
2º - O quê a Luciana Genro tem a ver com isso se o caso já está sendo julgado pelo Ministério Público?
Então, vos dou uma resposta para duas perguntas: campanha política gratúita em véspera de eleições!
Para que eu não pareça injusto ou parcial, apresento minhas justificativas:
Uma CPI possui os seguintes poderes:
- Quebrar sigilo bancário;
- Solicitar informações ao BACEM ou à CVM;
- Interrogar suspeitos.
A quebra do sigilo bancário já foi solicitado pelo MP e, sobre um interrogatório, o STF (Supremo Tribunal Federal) garante ao investigado de uma CPI a possibilidade de ficar em silêncio, evitando-se a auto-incriminação. Ou seja, CPI, hoje, é um instrumento inútil (a menos que se queira explorar a ignorância do povo para fazer campanha política, pois neste caso é bastante útil).
Quando digo que este assunto não diz respeito à deputada, façamos uma análise as atribuições de um Deputado Federal:
- Propor e debater leis de interesse nacional;
- Fiscalizar o Presidente, o Vice e os Ministros;
- Auxiliar no orçamento nacional.
Engraçado, mas não encontrei "Fiscalizar o governo estadual". Ora gente, o Rio Grande do Sul é a base eleitoral da Deputada Luciana Genro. Fiscalizar o presidente e os ministros é algo que não dá visão, por isso ela vem a Porto Alegre, quando deveria estar em Brasília, e se posiciona contra um político que está mais sujo do que pau de galinheiro para receber espaço na mídia local. Ai, o povo em sua infinita ignorância conclui: "Bah!!! Essa mulher põe pressão nos corruptos! Vou votar nela!". Se ela realmente quer colocar corruptos na cadeia ou ao menos tirá-los dos seus cargos no executivo, por que não trabalha no MP? Credo!!! A democracia está definitivamente perdida!!!
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