Durante o ano, expus minha opinião sobre diversos assuntos. Sempre, com o objetivo de fazer as pessoas refletirem e terem suas opiniões sobre eles. Destaco abaixo aqueles que mais me trouxeram satisfação em ler após tê-los escrito:
DINHEIRO X FELICIDADE
http://taosofia.blogspot.com/2009/06/o-dinheiro-traz-felicidade.html
APROVEITAR A VIDA ENQUANTO A TEMOS
http://taosofia.blogspot.com/2009/07/o-monge-e-xicara.html
ENXERGAR O LADO POSITIVO SEMPRE
http://taosofia.blogspot.com/2009/11/o-lado-postivio-da-felicidade.html
OS PROBLEMAS DOS HOMENS
http://taosofia.blogspot.com/2009/08/o-diferencial-dos-babacas.html
IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS
http://taosofia.blogspot.com/2009/08/o-que-penso-dos-fieis-doadores.html
LEGALIZAÇÃO DA MACONHA
http://taosofia.blogspot.com/2009/10/legalizacao-da-maconha.html
RELIGIÃO
http://taosofia.blogspot.com/2009/07/por-que-e-bom-ser-ateu.html
SOBRE OS QUE CRITICAM OS CATÓLICOS
http://taosofia.blogspot.com/2009/12/religiosos-x-liberais-onde-esta-razao.html
ESQUEÇA A SORTE. ESFORCE-SE
http://taosofia.blogspot.com/2009/11/boa-sorte-ou-melhor-ganbatte-kudasai.html
COMO SER INTELIGENTE
http://taosofia.blogspot.com/2009/07/inteligencia-e-opcional.html
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Onde está a culpa?
Qualquer tensão em um relacionamento possui uma Culpa Direta (que percebemos com certa facilidade). Por exemplo (pensei em vários exemplos, mas vou ater-me a dois para não deixar o post tão extenso):
1 - Relacionamento político:
Fato: A COP15 encerrou sem nenhum acordo oficial, enquanto territórios cobertos de gelo, como a Groenlândia, continuam derretendo.
Culpa: EUA e China mantiveram suas posturas contrárias a qualquer acordo, o que decretou o fracasso do encontro. O Presidente dos EUA, Barack Obama, saiu como principal culpado, pois se esperava uma postura mais ousada do governante americano.
2 - Relacionamento desportivo:
Fato: O Grêmio escalou reservas para jogar contra o Flamengo (consecutivamente, perdeu o jogo e a derrota "tirou" o título do rival Internacional);
Culpa: Os dirigentes do Grêmio foram acusados de enviar reservas, propositalmente, para facilitar o jogo para o Flamengo.
Agora, o que acontece se invertermos o prisma e olharmos pelo outro lado dos fatos? Visualizaremos novas culpas: as Culpas Indiretas (difíceis de notar, mas com o mesmo grau, ou até superior, de responsabilidade no fato).
Caso 1
EUA e China representam, aproximadamente, 50% das emissões de CO2. Mas e os outros 50%? Por que os demais países (isso, os outros 50%) não ratificaram um acordo? Se olharmos só para os EUA, país do presidente Obama, eles são responsáveis por 25% das emissões, mas por que levaram 100% da culpa? Se todos os outros 191 países (aqui não estamos somando China e EUA) se unisem e garantissem um acordo, já estaríamos controlando 50% das emissões (eu, sinceramente, acho este número bem expressivo). Logo, todos os países foram culpados!
Caso 2
O que levou o Grêmio a agir desta forma é a rivalidade dos clubes. Durante o ano, o Grêmio (e a sua torcida) fora alvo de deboches dos colorados campeões de "tudo". O presidente do Inter, Vitório Pífero, é o maior incentivador desta rivalidade e não são poucas as vezes que ele retoma assuntos que incomodam aos gremistas, como o caso da Poltrona 36, o fato do Inter ser campeão do mundo FIFA, do Grêmio ter caído para segunda divisão por duas vezes, e outros comentários desnecessários. Ou seja, se a origem do problema é a rivalidade e o Inter ajuda a incentivar, logo (isso, por silogismo), o Inter foi culpado pela derrota do Grêmio.
Sempre, em qualquer tensão, de qualquer relacionamento, haverá duas partes e uma culpa de em cada uma delas. A culpa que estiver do nosso lado (ou do lado mais convencional) será a Culpa Indireta (difícil de notar) e a culpa do lado oposto ao nosso (ou do lado menos convencional) será a Culpa Direta (fácil de apontar). Somos influenciados (pela mídia, por quem controla o capital, por pessoas que nos influenciam ou até por nós mesmos) a reconhecer apenas a Culpa Direta. Acreditamos que se esta for resolvida, todos os problemas desaparecerão! E isto não é verdade.
A Culpa Indireta é a única que está sob o nosso domínio. Apenas quando estivermos isentos de influencia, conseguiremos identificá-la. Após isto, temos de resolvê-la. Apenas quando os dois lados agirem desta forma é que teremos a resolução total de um conflito.
Portanto, em qualquer relacionamento em crise que você estiver inserido, procure identificar a Culpa Indireta e resolvê-la. Acredite e tenha esperança de que a outra parte também encontrará sua culpa e a resolverá. Caso isso não aconteça, você possivelmente estava se relacionando com uma pessoa (ou uma entidade) capaz de acreditar que bastava o Grêmio ter ganho do Flamengo para termos o fim pacífico da rivalidade Grenal e que só precisamos da opinião de um presidente para termos um acordo ambiental antes do derretimento da Groenlândia.
Bom, neste caso, não há remédio teórico que cure a irracionalidade.
.
1 - Relacionamento político:
Fato: A COP15 encerrou sem nenhum acordo oficial, enquanto territórios cobertos de gelo, como a Groenlândia, continuam derretendo.
Culpa: EUA e China mantiveram suas posturas contrárias a qualquer acordo, o que decretou o fracasso do encontro. O Presidente dos EUA, Barack Obama, saiu como principal culpado, pois se esperava uma postura mais ousada do governante americano.
2 - Relacionamento desportivo:
Fato: O Grêmio escalou reservas para jogar contra o Flamengo (consecutivamente, perdeu o jogo e a derrota "tirou" o título do rival Internacional);
Culpa: Os dirigentes do Grêmio foram acusados de enviar reservas, propositalmente, para facilitar o jogo para o Flamengo.
Agora, o que acontece se invertermos o prisma e olharmos pelo outro lado dos fatos? Visualizaremos novas culpas: as Culpas Indiretas (difíceis de notar, mas com o mesmo grau, ou até superior, de responsabilidade no fato).
Caso 1
EUA e China representam, aproximadamente, 50% das emissões de CO2. Mas e os outros 50%? Por que os demais países (isso, os outros 50%) não ratificaram um acordo? Se olharmos só para os EUA, país do presidente Obama, eles são responsáveis por 25% das emissões, mas por que levaram 100% da culpa? Se todos os outros 191 países (aqui não estamos somando China e EUA) se unisem e garantissem um acordo, já estaríamos controlando 50% das emissões (eu, sinceramente, acho este número bem expressivo). Logo, todos os países foram culpados!
Caso 2
O que levou o Grêmio a agir desta forma é a rivalidade dos clubes. Durante o ano, o Grêmio (e a sua torcida) fora alvo de deboches dos colorados campeões de "tudo". O presidente do Inter, Vitório Pífero, é o maior incentivador desta rivalidade e não são poucas as vezes que ele retoma assuntos que incomodam aos gremistas, como o caso da Poltrona 36, o fato do Inter ser campeão do mundo FIFA, do Grêmio ter caído para segunda divisão por duas vezes, e outros comentários desnecessários. Ou seja, se a origem do problema é a rivalidade e o Inter ajuda a incentivar, logo (isso, por silogismo), o Inter foi culpado pela derrota do Grêmio.
Sempre, em qualquer tensão, de qualquer relacionamento, haverá duas partes e uma culpa de em cada uma delas. A culpa que estiver do nosso lado (ou do lado mais convencional) será a Culpa Indireta (difícil de notar) e a culpa do lado oposto ao nosso (ou do lado menos convencional) será a Culpa Direta (fácil de apontar). Somos influenciados (pela mídia, por quem controla o capital, por pessoas que nos influenciam ou até por nós mesmos) a reconhecer apenas a Culpa Direta. Acreditamos que se esta for resolvida, todos os problemas desaparecerão! E isto não é verdade.
A Culpa Indireta é a única que está sob o nosso domínio. Apenas quando estivermos isentos de influencia, conseguiremos identificá-la. Após isto, temos de resolvê-la. Apenas quando os dois lados agirem desta forma é que teremos a resolução total de um conflito.
Portanto, em qualquer relacionamento em crise que você estiver inserido, procure identificar a Culpa Indireta e resolvê-la. Acredite e tenha esperança de que a outra parte também encontrará sua culpa e a resolverá. Caso isso não aconteça, você possivelmente estava se relacionando com uma pessoa (ou uma entidade) capaz de acreditar que bastava o Grêmio ter ganho do Flamengo para termos o fim pacífico da rivalidade Grenal e que só precisamos da opinião de um presidente para termos um acordo ambiental antes do derretimento da Groenlândia.
Bom, neste caso, não há remédio teórico que cure a irracionalidade.
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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Qual o sentido do Natal para você?
Já se perguntou de onde surgiu o papai Noel? Tá, tudo bem, tem o lance do Polonês chamado Nicolau, da sua bondade, etc e etc; mas me refiro ao tiozinho gordinho com roupas vermelhas e brancas. Já lhe ocorreu?
Em 1886, o cartunista americano Thomas Nast criou o desenho e este fora divulgado em uma revista de circulação americana (confesso que não sei o nome). Esta imagem se quer fora replicada em outro local depois disto. Mas como se tornou tão popular? O antigo Noel não era nem tão gordinho e nem tão ancião como é hoje, e vestia-se com roupas nas cores marrom e verde. Tudo foi assim até 1932. Neste ano, a Coca-Cola criou uma mega campanha publicitária (aliás, eles ainda são muito bons nisso) utilizando a imagem criada por Nast. Uma idéia de: "este é o nosso papai Noel". A partir de então, o mundo inteiro (o ocidental, é claro) passou a adotar este padrão. Se você observar, tudo no natal possui as cores da empresa americana (vermelho, branco e preto). Se fizermos uma análise fria, decoramos nossas casas, nossas ruas e nos vestimos, tudo, com as cores da Coca-Cola.
Já o lance dos presentes também não possui uma explicação correta. Existe uma pseudo-justificativa baseada no fato dos três reis magos (isso, aqueles do presépio) terem levado seus presentinhos para Jesus, mas, na real, nada se pode afirmar a respeito. Quem mantem este ritual aceso até hoje são os lojistas. Ou você já ouviu ou assistiu a alguma propaganda, de rádio ou de TV, falando que "o natal é época de presentear" feita por alguma empresa que não seja lojista?
Em linhas gerais, o natal, novamente em uma análise fria, pode ser considerado como um rito anual em que nos vestimos com as cores de uma multinacional americana e somos influenciados por lojistas a comprar presentes (cada vez mais caros e para mais pessoas). Sei que é duro de admitir e que todos têm em mente diversas respostas ligadas ao "espírito de natal" (mesmo que muitos não entendam nada de espiritismo para usar um termo ligado a isso) para justificar tudo isto, mas poucos possuem um sentido real para este rito. Apenas comemoram porque todos comemoram. Eu, apesar de saber as origens e de não ser religioso, adoro natal. Nunca havia me questionado por que, mas sempre percebi que, além deste apelo capitalista e consumista, há um consenso de bondade e de fraternidade entre as pessoas nesta época. Refleti um pouco e percebi que é justamente isto que eu aprecio. Pensei então: "se este realmente for o sentido do natal para mim, posso doar meus presentes!".
Sugeri isso para a minha familia e todos concordaram. Iremos pegar todo o dinheiro que gastaríamos comprando presentes para nós e compraremos para crianças carentes (escolhemos uma familia para fazer isto). Seremos consumistas iguais? Sim, seremos, pois iremos consumir presentes igual (mesmo que não sendo para nós). Usaremos as cores idiotas? Sim, usaremos. Porém este será o primeiro ano em que daremos sentido a tudo isto.
Nossa reflexão nos fará mais felizes e conseguiremos compartilhar esta felicidade com outras pessoas. Dê mais sentido para seus bons momentos. Aliás, questione-se diariamente e dê um pouco mais de sentido para a sua vida!
Um Feliz Natal para todos! (agora, até esta frase faz mais sentido para mim).
Em 1886, o cartunista americano Thomas Nast criou o desenho e este fora divulgado em uma revista de circulação americana (confesso que não sei o nome). Esta imagem se quer fora replicada em outro local depois disto. Mas como se tornou tão popular? O antigo Noel não era nem tão gordinho e nem tão ancião como é hoje, e vestia-se com roupas nas cores marrom e verde. Tudo foi assim até 1932. Neste ano, a Coca-Cola criou uma mega campanha publicitária (aliás, eles ainda são muito bons nisso) utilizando a imagem criada por Nast. Uma idéia de: "este é o nosso papai Noel". A partir de então, o mundo inteiro (o ocidental, é claro) passou a adotar este padrão. Se você observar, tudo no natal possui as cores da empresa americana (vermelho, branco e preto). Se fizermos uma análise fria, decoramos nossas casas, nossas ruas e nos vestimos, tudo, com as cores da Coca-Cola.
Já o lance dos presentes também não possui uma explicação correta. Existe uma pseudo-justificativa baseada no fato dos três reis magos (isso, aqueles do presépio) terem levado seus presentinhos para Jesus, mas, na real, nada se pode afirmar a respeito. Quem mantem este ritual aceso até hoje são os lojistas. Ou você já ouviu ou assistiu a alguma propaganda, de rádio ou de TV, falando que "o natal é época de presentear" feita por alguma empresa que não seja lojista?
Em linhas gerais, o natal, novamente em uma análise fria, pode ser considerado como um rito anual em que nos vestimos com as cores de uma multinacional americana e somos influenciados por lojistas a comprar presentes (cada vez mais caros e para mais pessoas). Sei que é duro de admitir e que todos têm em mente diversas respostas ligadas ao "espírito de natal" (mesmo que muitos não entendam nada de espiritismo para usar um termo ligado a isso) para justificar tudo isto, mas poucos possuem um sentido real para este rito. Apenas comemoram porque todos comemoram. Eu, apesar de saber as origens e de não ser religioso, adoro natal. Nunca havia me questionado por que, mas sempre percebi que, além deste apelo capitalista e consumista, há um consenso de bondade e de fraternidade entre as pessoas nesta época. Refleti um pouco e percebi que é justamente isto que eu aprecio. Pensei então: "se este realmente for o sentido do natal para mim, posso doar meus presentes!".
Sugeri isso para a minha familia e todos concordaram. Iremos pegar todo o dinheiro que gastaríamos comprando presentes para nós e compraremos para crianças carentes (escolhemos uma familia para fazer isto). Seremos consumistas iguais? Sim, seremos, pois iremos consumir presentes igual (mesmo que não sendo para nós). Usaremos as cores idiotas? Sim, usaremos. Porém este será o primeiro ano em que daremos sentido a tudo isto.
Nossa reflexão nos fará mais felizes e conseguiremos compartilhar esta felicidade com outras pessoas. Dê mais sentido para seus bons momentos. Aliás, questione-se diariamente e dê um pouco mais de sentido para a sua vida!
Um Feliz Natal para todos! (agora, até esta frase faz mais sentido para mim).
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Todos querem uma fatia do bolo
Sabe aquela máxima de que todo político no Brasil adora tirar vantagem? Já expressei que esta é uma característica dos brasileiros e não somente dos políticos, no entanto, ao final de cada ano, meu argumento ganha uma forte defesa.
Durante este ano, como em todos, diversas votações aprovaram aumento de salários, aprovaram horas extras, permitiram recessos e aumentaram vagas. Nós, deste lado da força, apenas podemos ficar revoltados. Mas será que ficamos assim por entender que a atitude deles está incorreta ou por acreditarmos que estão sendo injustos? Isto faz toda a diferença.
Ao acreditarmos que a atitude está incorreta, estamos fazendo um julgamento de ética. Não queremos nada além da correção. Quando o Estado aumenta o salário dos políticos, eles não utilizam recurso de uma árvore do quintal. É preciso utilizar a verba da União (oriunda de impostos pagos pelos contribuintes). Parte desta verba é utilizada para manter a máquina estatal (pagar a folha do funcionalismo público, custo de infra-estrutura dos órgãos públicos, despesas, etc) e outra parte deve retornar como bem feitoria ao contribuinte. Quando ocorre aumento de salários de políticos, uma fatia da segunda parte da verba (aquela que deveria ser utilizada em bem feitoria) é desviada para a primeira parte (máquina estatal). Isto é um erro. Aqueles que assim pensam, querem apenas que a primeira parte deste bolo seja melhor geriada ou então que mais fatias da primeira parte migrem para a segunda (e não o contrário).
No entanto, quando julgamos que a atitude deles é injusta, estamos querendo entrar na partilha do bolo. Ou seja, aumente seu salário, mas aumente o meu também. Não interessa se o dinheiro que será utilizado para isso sairá desta, daquela ou de qualquer parte de um bolo ou de uma pizza (ou seja lá o que for), o que importa é que eu também ganhe com isso. Sabe qual é o problema? É que a maioria dos brasileiros se sentem injustiçados.
Tenho diversos amigos que atuam como funcionários públicos. De fato, estão bem distantes dos salários dos políticos, mas, do mesmo modo, sua folha depende dos contribuintes. Encontro nestes amigos fortes aliados para criticar os aumentos de salários e de vagas que os próprios deputados ou senadores aprovam a seu favor. Porém, quando busco apoio para criticar os longos recessos dos nossos representantes, perco o apoio. Meus amigos, funcionários públicos, não acham errado que o Executivo pare do dia 21/12 até o dia 06/01, sem que nada os seja descontado. Sabem por quê? Porque, neste caso, eles não se sentem injustiçados.
Por isso que a maioria dos protestos, no nosso país, são calados com subornos, favorecimentos políticos ou qualquer outra forma de vantagem. Não há ética na maioria dos brasileiros e sim o desejo receber uma fatia do bolo (ou seja lá o que estiver sendo partilhado).
Durante este ano, como em todos, diversas votações aprovaram aumento de salários, aprovaram horas extras, permitiram recessos e aumentaram vagas. Nós, deste lado da força, apenas podemos ficar revoltados. Mas será que ficamos assim por entender que a atitude deles está incorreta ou por acreditarmos que estão sendo injustos? Isto faz toda a diferença.
Ao acreditarmos que a atitude está incorreta, estamos fazendo um julgamento de ética. Não queremos nada além da correção. Quando o Estado aumenta o salário dos políticos, eles não utilizam recurso de uma árvore do quintal. É preciso utilizar a verba da União (oriunda de impostos pagos pelos contribuintes). Parte desta verba é utilizada para manter a máquina estatal (pagar a folha do funcionalismo público, custo de infra-estrutura dos órgãos públicos, despesas, etc) e outra parte deve retornar como bem feitoria ao contribuinte. Quando ocorre aumento de salários de políticos, uma fatia da segunda parte da verba (aquela que deveria ser utilizada em bem feitoria) é desviada para a primeira parte (máquina estatal). Isto é um erro. Aqueles que assim pensam, querem apenas que a primeira parte deste bolo seja melhor geriada ou então que mais fatias da primeira parte migrem para a segunda (e não o contrário).
No entanto, quando julgamos que a atitude deles é injusta, estamos querendo entrar na partilha do bolo. Ou seja, aumente seu salário, mas aumente o meu também. Não interessa se o dinheiro que será utilizado para isso sairá desta, daquela ou de qualquer parte de um bolo ou de uma pizza (ou seja lá o que for), o que importa é que eu também ganhe com isso. Sabe qual é o problema? É que a maioria dos brasileiros se sentem injustiçados.
Tenho diversos amigos que atuam como funcionários públicos. De fato, estão bem distantes dos salários dos políticos, mas, do mesmo modo, sua folha depende dos contribuintes. Encontro nestes amigos fortes aliados para criticar os aumentos de salários e de vagas que os próprios deputados ou senadores aprovam a seu favor. Porém, quando busco apoio para criticar os longos recessos dos nossos representantes, perco o apoio. Meus amigos, funcionários públicos, não acham errado que o Executivo pare do dia 21/12 até o dia 06/01, sem que nada os seja descontado. Sabem por quê? Porque, neste caso, eles não se sentem injustiçados.
Por isso que a maioria dos protestos, no nosso país, são calados com subornos, favorecimentos políticos ou qualquer outra forma de vantagem. Não há ética na maioria dos brasileiros e sim o desejo receber uma fatia do bolo (ou seja lá o que estiver sendo partilhado).
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
“Autocraciaaaaa, eu quero uma prá viver!”
A grande “sacada” do ser humano foi ter descoberto que seria mais forte atuando em grupo do que de maneira isolada. Durante boa parte da nossa existência na Terra, nossa sobrevivência dependeu deste fator. Não teríamos a menor chance de combater grandes carnívoros se não estivéssemos agrupados.
Ao perceber uma situação de risco, nosso inconsciente emite um sinal de alerta (o medo) para nos defender. Isto ocorre sempre que nossa vida for ameaçada (inclusive, por nós mesmos). Porém, como supra mencionei, nosso inconsciente acredita que ainda dependemos dos grupos para viver. Sempre que não nos sentirmos inseridos em um grupo, ele atua para que, rapidamente, façamos parte de algum. Por esta razão inconsciente é que a autocracia sempre funcionará.
No filme (A Onda), alguns fatores básicos para uma autocracia funcionar são apresentados: disciplina, uniformes, liderança, objetivos em comum, etc. Quando olho para um quartel militar, penso: “como estas pessoas podem gostar disso?”. Agora, pergunte a um militar o que ele acha. Seguramente lhe dirá que adora o exército. O mesmo ocorre em colégios militares e, até mesmo, em empresas “linha dura”. Os funcionários precisam usar uniformes, respeitar normas gigantescas, cumprir horários de maneira “religiosa”, respeitar as rígidas hierarquias, mas adoram suas empresas.
Nestas autocracias modernas, o individuo sempre é retribuído quando o interesse do grupo é alcançado. No exercito, isso ocorre com medalhas e, nas empresas, com bônus. Todos são respeitados e sabem que seu empenho será recompensado, por conseguinte, se sentem parte do grupo. Nosso inconsciente percebe que estamos inseridos neste grupo e, a cada interação com ele, áreas do cérebro ligadas à recompensa ficam “acesas”, aumentando a produção da dopamina (neurotransmissor que estimula o sistema nervoso central, produzindo a adrenalina). Qualquer coisa que o grupo faça, iremos repetir. Mesmo que não consideramos a atitude correta, a faremos para continuar nos sentido inseridos.
Dias atrás, quando ocorreu aquela estupidez da torcida do Coritiba, entrevistaram um dos agressores dos policiais, e este disse não entender o que acontecera com ele. Nunca estivera em uma delegacia de polícia, mas, quando viu todos correndo em direção ao gramado, correu também. Quando viu todos agredindo os policiais, os agrediu também. Pergunte a um colorado por que ele odeia o Grêmio (utilizo este exemplo por ser gaúcho, mas ele é valido para qualquer dupla de clubes rivais)? Talvez diga que o problema são os gremistas, talvez responda que não gosta das cores ou talvez alegue que herdou esta “coisa” do seu pai. A única verdade é que ele não terá certeza de onde vem esta rivalidade. Isto é autocracia! Cada individuo não sabe por que age, mas o grupo sabe e é esta vontade que acaba sendo respeitada. Para continuar inserido no grupo, é preciso agir desta forma. Ao fazer, recebe uma boa e deliciosa dose de dopamina, que o motivará a fazer novamente. O incentivo dos demais membros (seja elogios, cumprimentos, medalhas, bonus, etc) trará mais sensação de inserção.
É difícil controlar nossa inteligência primitiva, mas precisamos tentar. Não consigo ser tão racional ao ponto de incentivar as pessoas a não viverem mais em grupos (gosto da dopamina que recebo quando vejo meus pais e meus amigos, e acho que não sei viver sem ela). Porém acredito que a vontade do grupo não pode prevalecer à do individuo. Quando estiver fazendo algo, questione-se por que está fazendo. Sei que é difícil, mas a tentativa sempre é valida. Acredito que esta é a única forma de provar ao nosso inconsciente que não precisamos matar policias, judeus ou qualquer ser humano para estarmos inseridos em um grupo.
Ao perceber uma situação de risco, nosso inconsciente emite um sinal de alerta (o medo) para nos defender. Isto ocorre sempre que nossa vida for ameaçada (inclusive, por nós mesmos). Porém, como supra mencionei, nosso inconsciente acredita que ainda dependemos dos grupos para viver. Sempre que não nos sentirmos inseridos em um grupo, ele atua para que, rapidamente, façamos parte de algum. Por esta razão inconsciente é que a autocracia sempre funcionará.
No filme (A Onda), alguns fatores básicos para uma autocracia funcionar são apresentados: disciplina, uniformes, liderança, objetivos em comum, etc. Quando olho para um quartel militar, penso: “como estas pessoas podem gostar disso?”. Agora, pergunte a um militar o que ele acha. Seguramente lhe dirá que adora o exército. O mesmo ocorre em colégios militares e, até mesmo, em empresas “linha dura”. Os funcionários precisam usar uniformes, respeitar normas gigantescas, cumprir horários de maneira “religiosa”, respeitar as rígidas hierarquias, mas adoram suas empresas.
Nestas autocracias modernas, o individuo sempre é retribuído quando o interesse do grupo é alcançado. No exercito, isso ocorre com medalhas e, nas empresas, com bônus. Todos são respeitados e sabem que seu empenho será recompensado, por conseguinte, se sentem parte do grupo. Nosso inconsciente percebe que estamos inseridos neste grupo e, a cada interação com ele, áreas do cérebro ligadas à recompensa ficam “acesas”, aumentando a produção da dopamina (neurotransmissor que estimula o sistema nervoso central, produzindo a adrenalina). Qualquer coisa que o grupo faça, iremos repetir. Mesmo que não consideramos a atitude correta, a faremos para continuar nos sentido inseridos.
Dias atrás, quando ocorreu aquela estupidez da torcida do Coritiba, entrevistaram um dos agressores dos policiais, e este disse não entender o que acontecera com ele. Nunca estivera em uma delegacia de polícia, mas, quando viu todos correndo em direção ao gramado, correu também. Quando viu todos agredindo os policiais, os agrediu também. Pergunte a um colorado por que ele odeia o Grêmio (utilizo este exemplo por ser gaúcho, mas ele é valido para qualquer dupla de clubes rivais)? Talvez diga que o problema são os gremistas, talvez responda que não gosta das cores ou talvez alegue que herdou esta “coisa” do seu pai. A única verdade é que ele não terá certeza de onde vem esta rivalidade. Isto é autocracia! Cada individuo não sabe por que age, mas o grupo sabe e é esta vontade que acaba sendo respeitada. Para continuar inserido no grupo, é preciso agir desta forma. Ao fazer, recebe uma boa e deliciosa dose de dopamina, que o motivará a fazer novamente. O incentivo dos demais membros (seja elogios, cumprimentos, medalhas, bonus, etc) trará mais sensação de inserção.
É difícil controlar nossa inteligência primitiva, mas precisamos tentar. Não consigo ser tão racional ao ponto de incentivar as pessoas a não viverem mais em grupos (gosto da dopamina que recebo quando vejo meus pais e meus amigos, e acho que não sei viver sem ela). Porém acredito que a vontade do grupo não pode prevalecer à do individuo. Quando estiver fazendo algo, questione-se por que está fazendo. Sei que é difícil, mas a tentativa sempre é valida. Acredito que esta é a única forma de provar ao nosso inconsciente que não precisamos matar policias, judeus ou qualquer ser humano para estarmos inseridos em um grupo.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Die Welle (A Onda)
Muitos projetos + final de semestre = poucos posts (ok, desculpa dada).
Ritmo americano + conteúdo europeu = cinema alemão.
Já declarei que sou fã do cinema dos caras e interei ainda mais esta adoração após assistir ao filme que dá nome a este post. O filme aborta a autocracia, que é uma forma de gerir pessoas fazendo com que a vontade do grupo prevaleça a do individuo (modelo usado pelo Partido Nazista, durante a ditadura de Hitler). O filme é genial e baseado na história real de um professor que, durante uma semana acadêmica, implanta o sistema em sua turma de alunos.
ASSISTAM!!!!
No próximo post, digo se isso seria possível hoje me dia.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Os Pequenos Prazeres da Vida
Este é um tema que eu abordo com freqüência com os amigos, e hoje, aqui no blog, decidi compartilhá-lo. Precisamos de grandes realizações para nos sentirmos plenos na vida, mas não se pode menosprezar os pequenos prazeres. Eles são o golpe de felicidade em um dia monótono. Eles surgem quando menos se espera para nos dizer "seja otimista, seu merda!". Eles nos acordam da rotina mecânica e nos dão a idéia de que tudo é possível. Se fossem um partido político americano, eles diriam "Yes, We Can!". É claro, estou exagerando, mas que eles são legais, são. Vamos a eles:
- Você acorda pela manhã, sem a ajuda do despertador, e pensa "puta merda! Se acordei sozinho é porque já são umas 9h! To ferrado!". Ai, você olha para o relógio e descobre que acordou uma hora antes do seu despertador tocar e ainda tem uma hora de sono! (cara, isso é muito bom!);
- Começa o inverno e chega a hora de usar os velhos casacos. Você veste aquele casacão fedido e amassado e vai colocando a mão nos bolsos para desenrugados. No último bolso, aquele junto ao peito, você descobre uma nota de R$20,00!!!! (este é o mais legal deles)
- Você quer ouvir uma musiquinha e não encontra uma única estação de rádio que não esteja passando comerciais (o que é muito comum, pois todas anunciam na mesma hora). Então, você finalmente encontra uma que esteja tocando músicas!!! E não somente está tocando músicas, como também está tocando a música que você mais curte, e a pegou bem no inicio (esse é muito bom e é mais raro que a nota de R$20,00);
- Você chega na locadora para alugar o filme que você quer ver a muito tempo e o atendente lhe diz que todas as cópias estão locadas. Ai, quando você já está pronto para sair, chega uma pessoa para devolver um filme e era justamente o "seu" filme!!!
- Você está bebericando umas cervejas com os amigos e descobre que acabou o álcool. Mas a vontade de tomar mais ceva não é suficiente para a função de comprar mais algumas. Então, em uma fusão de tristeza (pelo fim da ceva) e de satisfação (por já ter bebido várias), você vai limpar o isopor e descobre que, entre gelo e água congelante, escondia-se mais uma lata!!!
- Para encerrar: você chega na casa da sua mãe, está com fome e, como por milagre, ela acabou de fazer um mega pão, que ainda está ultra quente!!!
Deve haver outros que não estou lembrado (sem falar que eles variam de pessoa para pessoa), mas se estes ai acontecessem mais seguidos na minha vida, já estaria “bem bom”.
- Você acorda pela manhã, sem a ajuda do despertador, e pensa "puta merda! Se acordei sozinho é porque já são umas 9h! To ferrado!". Ai, você olha para o relógio e descobre que acordou uma hora antes do seu despertador tocar e ainda tem uma hora de sono! (cara, isso é muito bom!);
- Começa o inverno e chega a hora de usar os velhos casacos. Você veste aquele casacão fedido e amassado e vai colocando a mão nos bolsos para desenrugados. No último bolso, aquele junto ao peito, você descobre uma nota de R$20,00!!!! (este é o mais legal deles)
- Você quer ouvir uma musiquinha e não encontra uma única estação de rádio que não esteja passando comerciais (o que é muito comum, pois todas anunciam na mesma hora). Então, você finalmente encontra uma que esteja tocando músicas!!! E não somente está tocando músicas, como também está tocando a música que você mais curte, e a pegou bem no inicio (esse é muito bom e é mais raro que a nota de R$20,00);
- Você chega na locadora para alugar o filme que você quer ver a muito tempo e o atendente lhe diz que todas as cópias estão locadas. Ai, quando você já está pronto para sair, chega uma pessoa para devolver um filme e era justamente o "seu" filme!!!
- Você está bebericando umas cervejas com os amigos e descobre que acabou o álcool. Mas a vontade de tomar mais ceva não é suficiente para a função de comprar mais algumas. Então, em uma fusão de tristeza (pelo fim da ceva) e de satisfação (por já ter bebido várias), você vai limpar o isopor e descobre que, entre gelo e água congelante, escondia-se mais uma lata!!!
- Para encerrar: você chega na casa da sua mãe, está com fome e, como por milagre, ela acabou de fazer um mega pão, que ainda está ultra quente!!!
Deve haver outros que não estou lembrado (sem falar que eles variam de pessoa para pessoa), mas se estes ai acontecessem mais seguidos na minha vida, já estaria “bem bom”.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Política Midiática
Ontem, ao ler a Zero Hora, tive uma surpresa (que, aliás, não é mais surpresa): a deputada Luciana Genro, em nome do PSOL, convocou uma reunião com a imprensa para anunciar "revelações sobre corrupção no governo gaúcho".
Não tenho um partido ou alguma aliança, apenas acho que devemos acusar alguém mediante a apresentação de provas. Ano passado, o PSOL anunciou que possuía vídeos que incriminavam a governadora e havia entregue-os ao Ministério Público (MP). A Veja procurou o MP, que alegou não ter recebido nenhum vídeo do partido, que, por sua vez, informou que os liberaria na hora certa (o que nunca aconteceu). Ou seja, tudo mentira! Agora, eles alegam que a filha da governadora não possui renda suficiente para ter uma casa de 310 mil reais, sem ao menos se preocupar em descobrir se a casa pertencia a alguém da familia, se os parentes da moça não a ajudaram (o que não é nada incomum) ou de que forma o bem foi adquirido. Simplesmente viram neste caso, mais uma oportunidade de colocar a opinião pública contra um governo de oposição a eles, com a alegação, manjada, de que estão defendendo os interesses do estado.
Já me ative a criticar a deputada Genro por sua obsessão em obter espaço na mídia. Se o objetivo dela fosse fiscalizar ou "defender os interesses dos gaúchos", por que ela não cria uma campanha a favor de melhorias na BR-116? Ou então, utiliza um pouco seu posto de deputada FEDERAL e luta pela aprovação da reforma tributária (que nos beneficiaria muito em relação a arrecadação)? Também poderia pressionar o governo para acelerar as obras do PAC no estado. Mas ela não o faz porque isso não angaria votos de imbecis, de analfabetos e de desinformados. Apenas chamaria a atenção de pessoas instruídas e informadas, que são minoria esmagadora em nosso estado (como em todo o país). Ou seja, tudo é feito para se obter espaço na mídia e tentar vincular a sua imagem a de "defensora populista".
Ela se aproveita da total falta de consciência política das pessoas que a elegem. Ora, se voto em uma Deputada Federal, ao final do seu mandato, é de meu interesse saber de que forma ela se posicionou nas votações legislativas (se ela representou uma opinião semelhante a sua na hora de votar uma lei, por exemplo), que leis propôs e como contribui para defesa das contas públicas do Governo Federal. Pouco me interessa saber se ela está tentando buscar espaço para, em breve, se candidatar a governadora do seu estado de origem, criticando e confrontando um governo adversário. Porém poucos fazem esta análise e, em breve, a veremos concorrendo em novas eleições e sento eleita (mesmo sem ter feito absolutamente NADA como deputada federal).
Não tenho um partido ou alguma aliança, apenas acho que devemos acusar alguém mediante a apresentação de provas. Ano passado, o PSOL anunciou que possuía vídeos que incriminavam a governadora e havia entregue-os ao Ministério Público (MP). A Veja procurou o MP, que alegou não ter recebido nenhum vídeo do partido, que, por sua vez, informou que os liberaria na hora certa (o que nunca aconteceu). Ou seja, tudo mentira! Agora, eles alegam que a filha da governadora não possui renda suficiente para ter uma casa de 310 mil reais, sem ao menos se preocupar em descobrir se a casa pertencia a alguém da familia, se os parentes da moça não a ajudaram (o que não é nada incomum) ou de que forma o bem foi adquirido. Simplesmente viram neste caso, mais uma oportunidade de colocar a opinião pública contra um governo de oposição a eles, com a alegação, manjada, de que estão defendendo os interesses do estado.
Já me ative a criticar a deputada Genro por sua obsessão em obter espaço na mídia. Se o objetivo dela fosse fiscalizar ou "defender os interesses dos gaúchos", por que ela não cria uma campanha a favor de melhorias na BR-116? Ou então, utiliza um pouco seu posto de deputada FEDERAL e luta pela aprovação da reforma tributária (que nos beneficiaria muito em relação a arrecadação)? Também poderia pressionar o governo para acelerar as obras do PAC no estado. Mas ela não o faz porque isso não angaria votos de imbecis, de analfabetos e de desinformados. Apenas chamaria a atenção de pessoas instruídas e informadas, que são minoria esmagadora em nosso estado (como em todo o país). Ou seja, tudo é feito para se obter espaço na mídia e tentar vincular a sua imagem a de "defensora populista".
Ela se aproveita da total falta de consciência política das pessoas que a elegem. Ora, se voto em uma Deputada Federal, ao final do seu mandato, é de meu interesse saber de que forma ela se posicionou nas votações legislativas (se ela representou uma opinião semelhante a sua na hora de votar uma lei, por exemplo), que leis propôs e como contribui para defesa das contas públicas do Governo Federal. Pouco me interessa saber se ela está tentando buscar espaço para, em breve, se candidatar a governadora do seu estado de origem, criticando e confrontando um governo adversário. Porém poucos fazem esta análise e, em breve, a veremos concorrendo em novas eleições e sento eleita (mesmo sem ter feito absolutamente NADA como deputada federal).
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Animais!
Você já foi a um zoológico? Percebeu que há grades separando os animais de nós? Isso é necessário, pois não adiantaria o responsável pelo local olhar para o leão e lhe dizer: "bom dia felino quadrúpede de hábitos gregários! Veja bem, à tarde, teremos visitantes, portanto peço que os trate de maneira agradável e respeitosa. Lembre-se de que dependemos deles para termos um propósito de estarmos aqui hoje (aliás, já lhe expliquei a diferença de propósito e de significado? Ah, deixa, outra hora falo). Enfim, abraço amigão!" Isso não funcionaria, porque o leão possui apenas inteligência primitiva, o que lhe obriga a utilizar seu instinto para agir. Como predador, mesmo que em sua frente esteja uma criança, se ele estiver com fome, irá atacá-la. Se raciocinasse seus atos, talvez entenderia que agredir alguém apenas por instinto é inaceitável. Então, quem sabe, o diálogo funcionasse. Como não são dotados de tal faculdade, surgem as grades.
Domingo, ao ver os torcedores do Coritiba agredirem policiais, comecei a me perguntar: "por que motivo estes caras estão agredindo policiais e quebrando o estádio? Se seu time caiu para a segunda divisão, e eles estão indignados por isso, como este gesto irá ajudar a reverter a situação? Por que não vão para casar lamentar os jogos que não foram ao estádio ajudar seu time, resultando na perda de pontos que agora fazem toda a diferença?
Domingo, ao ver os torcedores do Coritiba agredirem policiais, comecei a me perguntar: "por que motivo estes caras estão agredindo policiais e quebrando o estádio? Se seu time caiu para a segunda divisão, e eles estão indignados por isso, como este gesto irá ajudar a reverter a situação? Por que não vão para casar lamentar os jogos que não foram ao estádio ajudar seu time, resultando na perda de pontos que agora fazem toda a diferença?
Fazer estas perguntas para aqueles animais (os torcedores) teria o mesmo efeito que a conversa com o leão: nenhuma. São animais tais como o felino quadrúpede, porém com inteligência pré-primitiva, pois não estavam motivados por um instinto animal, mas sim por uma patologia raivosa. Boa parte dos torcedores agem desta forma e seriam capazes de fazer o mesmo, todos os jogos, se não fosse a certeza da repressão ou a vigência de mecanismos de segurança que os impeçam de adentrar ao gramado (o que faltou no domingo passado).
Por isso, quando for a um zoológico e a um estádio de futebol, perceberá algo em comum: grades. Sempre que vou a um estádio, fico constrangido com elas, pois legitimam nossa incapacidade de respeitar uma regra ou uma norma apenas escrita, mas admito que são absolutamente necessárias. Ou você acha que poderíamos retirar as grandes e receber torcedores como aqueles, dizendo-lhes: "bom dia, trate todas as pessoas de forma respeitosa, pois dependemos delas para termos um propósito para estar aqui hoje..."?
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Religiosos X Liberais: onde está a razão?
Para um casal se separar, pelas "vias legais", é necessário um ano de separação judicial. Só então eles poderão alterar o seu estado civil (deixam de ser separados e passam a ser divorciados). Ontem, foi aprovada uma emenda constitucional que acaba com esta exigência de um ano. A partir de agora, se um casal decidir romper os laços do patrimônio (ops!, quis dizer matrimônio) em um dia, no dia seguinte eles poderão estar divorciados. Como era de se esperar, a igreja católica foi contrária a lei e o grupo dos mais liberais voltou a criticá-la por sua postura conservadora e desconecta com a realidade atual. Mas é a igreja que está errada?
Já declarei que sou ateu, mas isso apenas me faz não acreditar em nenhuma religião, o que é muito diferente de ser contrário a alguma. Por isso, desta vez, concordo com a igreja católica. Os bispos são contrários, por que sabem que os casais vão estar na sua igreja em um final de semana e, no outro, poderão estar novamente (porém com pares diferentes). O que é totalmente inaceitável para a filosofia cristã.
Imaginem todas as pessoas que dedicam anos a uma religião. Vamos chamá-los de religiosos. Batismos, catequeses, crismas, grupos de CLJ, feriados nas igrejas e noites rezando em suas casas. Fazem isso, porque acreditam no que aprendem e respeitam o que lhes é ensinado. Alguns até amam a sua religião. Não há nada errado nisto. Escolheram esta vida e gostam dela.
Agora imaginem um outro grupo. Vamos chamá-los de Liberais. Eles também seguem uma vida baseada no que acreditam. Preocupam-se em viver a vida e utilizá-la para se aproximar da satisfação e da realização (sejam elas com prazer ou com luxúria), são vaidosos, querem conquistar seus ideais profissionais (muitas vezes, acima de tudo), são a favor dos experimentos com células tronco, aborto (para alguns casos) e uso de métodos anticoncepcionais. Também não há nada de errado neste estilo.
O problema é que a maioria dos religiosos é satirizada pelos liberais (vide exemplo dos Simpsons com o Ned Flanders). O segundo grupo crítica o primeiro quando este cobra algum tipo de dízimo ou reitera algum posicionamento de sua milenar filosofia. No entanto, na hora de casar, os liberais vão até o local mais sagrado dos religiosos, a igreja, e agem como se pertencessem a este grupo durante toda a sua vida. É isto que está correto?
A religião não exige (não mais) que você se converta. Eles têm sua filosofia e querem apenas evitar que ela seja corrompida. Não há nada de errado em defender seus ideais. Acredito que os liberais é que deveriam re-pensar os seus. Por que batizar seus filhos e casar em igrejas se discordam tanto da igreja católica?
Já declarei que sou ateu, mas isso apenas me faz não acreditar em nenhuma religião, o que é muito diferente de ser contrário a alguma. Por isso, desta vez, concordo com a igreja católica. Os bispos são contrários, por que sabem que os casais vão estar na sua igreja em um final de semana e, no outro, poderão estar novamente (porém com pares diferentes). O que é totalmente inaceitável para a filosofia cristã.
Imaginem todas as pessoas que dedicam anos a uma religião. Vamos chamá-los de religiosos. Batismos, catequeses, crismas, grupos de CLJ, feriados nas igrejas e noites rezando em suas casas. Fazem isso, porque acreditam no que aprendem e respeitam o que lhes é ensinado. Alguns até amam a sua religião. Não há nada errado nisto. Escolheram esta vida e gostam dela.
Agora imaginem um outro grupo. Vamos chamá-los de Liberais. Eles também seguem uma vida baseada no que acreditam. Preocupam-se em viver a vida e utilizá-la para se aproximar da satisfação e da realização (sejam elas com prazer ou com luxúria), são vaidosos, querem conquistar seus ideais profissionais (muitas vezes, acima de tudo), são a favor dos experimentos com células tronco, aborto (para alguns casos) e uso de métodos anticoncepcionais. Também não há nada de errado neste estilo.
O problema é que a maioria dos religiosos é satirizada pelos liberais (vide exemplo dos Simpsons com o Ned Flanders). O segundo grupo crítica o primeiro quando este cobra algum tipo de dízimo ou reitera algum posicionamento de sua milenar filosofia. No entanto, na hora de casar, os liberais vão até o local mais sagrado dos religiosos, a igreja, e agem como se pertencessem a este grupo durante toda a sua vida. É isto que está correto?
A religião não exige (não mais) que você se converta. Eles têm sua filosofia e querem apenas evitar que ela seja corrompida. Não há nada de errado em defender seus ideais. Acredito que os liberais é que deveriam re-pensar os seus. Por que batizar seus filhos e casar em igrejas se discordam tanto da igreja católica?
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Dica de Filme
Já expus o quanto sou chato em relação a cinema. Se eu quiser aventura e ação, procuro na minha vida real e não em cartazes de cinema ou na prateleira de uma locadora. Quando assisto a um filme, busco aqueles que compartilhem conhecimento, gerem sensações o que me façam refletir. Em resumo, que sejam instigantes. É com este adjetivo que classifico o último filme que assisti: O Visitante (The Visitor).
Apesar de ser americano, ele é um excelente investimento para o seu tempo. Não vou falar nada dele (detesto ler sinopse, sei lá, estraga a surpresa do filme). Apenas o recomendo.
Abraço!
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