Christopher Gardner, em sua biografia, mencionou que a frase mais repetida ao seu filho era: "Nunca deixe que alguém diga que você não é capaz". A frase, além de forte, está absolutamente correta. Qualquer pessoa pode desenvolver qualquer habilidade. O que varia de uma pessoa para outra é a necessidade de dedicação para isto.
Criamos alguns termos como talento e inteligência, apenas para justificar nossos insucessos. Quando não conseguimos algo é muito mais fácil dizer que não somos tão inteligentes ou tão talentosos quanto os que nos superaram, do que admitir a falta de dedicação. Também há uma “convenção temporal”para tudo, e isso é terrível. Se o aluno não aprender calculo no período de um ano letivo ou um semestre, é por que ele é incapaz. Se um adolescente não aprender a andar de skate em três meses é por ser inapto. Se uma mulher não aprender a tocar violão em seis meses, deve desistir. Quem cria estes padrões, ignora heranças genéticas! Calma, eu explico.
Toda habilidade se desenvolve a partir da repetição.Nascemos com heranças genéticas que nos facilitam determinadas habilidades. Já perceberam como é comum o filho ou o sobrinho se tornarem bons naquilo que seu pai ou tio faziam? Que, por vezes, exercem a mesma profissão com semelhante ou superior êxito? Isso acontece porque eles herdam parte da habilidade de seus "cladogeneses superiores ".
Vou criar uma unidade de medida para facilitar a idéia. Digamos que, para se tornar um músico talentoso, você precise de 100 habilidades. O filho de um músico poderá (veja bem, nem sempre herdamos as habilidades) nascer com 70 habilidades, enquanto o filho de um mecânico, por exemplo, cujo pai sabia tocar apenas "Parabéns para você" no violão, nascerá com 10. Portanto os dois terão necessidades de preparo completamente diferentes. Talvez o filho do mecânico leve 20 anos para ter a mesma habilidade que o filho do músico conseguiu com apenas alguns meses de preparo, mas isso não o torna incapaz. Apenas precisará de mais esforço.
Enganam-se os que pensam que fazemos bem aquilo que gostamos. Na verdade, nós gostamos daquilo que fazemos bem e por isso, diante do nosso insucesso, tendemos a desistir. Respeitamos a porcaria da “convenção temporal” e, quando a ultrapassamos este prazo, não temos mais “desculpa” para justificar nossa falta de habilidade. Geralmente, utilizamos bobagens como "não nasci para isso" ou "não tenho talento para isto" e desistimos. Basta entender que as pessoas são diferentes e que precisar de prazos diferentes para se desenvolver.
Portanto, se realmente quer fazer algo, não aceite padrões! Se lhe disserem que já o faz a tempo suficiente para ser bom, ignore esta idéia caso ainda não seja. Nem sempre a habilidade será desenvolvida pelo caminho do menor esforço e não desista por isso. Somos capazes de fazer qualquer coisa, principalmente quando nos dizem que não somos.
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