O bom treinador de futebol é aquele que tem o "time na mão". Confiança e admiração são sentimentos que ele precisará cativar no grupo para isso. Então, para facilitar sua vida, vamos supor que o técnico chame seu primo para ser atacante, seu vizinho para ser o goleiro e, na meia, escale seus amigos. Nenhum destes possui habilidade, experiência ou qualquer qualidade técnica necessária a um bom jogador, mas terão as qualidades do interesse do técnico.
Bom, chegará o dia do jogo, estes caras entrarão em campo e, obviamente, diante de seu péssimo rendimento, serão vaiados, xingados e ofendidos. Pergunto: eles têm alguma culpa ou responsabilidade por estas vaias? O errado da estória não é o técnico????
Concordo com todos que disserem que a responsabilidade é do técnico e, por este motivo, não vaio políticos. Apenas lamento o critério que as pessoas utilizam para "escalar" estes homens.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Classificação da Religião
Certo dia, quando saia do trabalho e me despedi de todos, uma colega me disse: "Vai com Deus, querido!". Respondi a ela: "se você acredita que há uma entidade superior capaz de influenciar em nossa existência... ...então fique com Deus". Aquilo causou surpresa em alguns e recebi um questionamento que me levou a refletir: Você não é religioso? Não acredita em Deus?
Pensei: é correto classificar as pessoas em dois grandes grupos, em se tratando de religião? Não estaríamos sendo demasiadamente simplistas? Pois é, refleti mais um pouco e cheguei a seguinte conclusão:
A relação pessoas/religião pode ser classificada em quatro grupos:
1 - Os que seguem sua filosofia;
2 - Os que acreditam na religião;
3 - Os que se consideram religiosos;
4 - Aqueles que não acreditam na religião.
O grupo 1 e o grupo 4 são os mais admiráveis. No primeiro, encontram-se os padres (a grande maioria deles) e os fiéis. São pessoas serenas, que aceitam a existência de outras religiões, que seguem os bons ensinamentos da sua filosofia religiosa. Geralmente, são pessoas extremamente cultas, pois exige-se muita leitura e concentração para pertencer a este grupo e a cultura individual está diretamente ligada a estas virtudes. Enquanto no outro grupo, o número 4, estão as pessoas cientificistas e racionalistas. Quando usam a lógica, deixam de acreditar em religião (como foi o meu caso). Por exemplo: se Jesus, dito filho de Deus, pregou que perante a seu pai todos somos iguais, por que há uma hierarquia tão grande na religião católica? Não deveria ser como no Budismo, em que há apenas um líder espiritual (e não político)? A Inquisição e as Cruzadas não contradizem os ensinamentos da Bíblia? O Papa Pio XII (o mesmo Papa que não se posicionou ao genocídio da Segunda Guerra Mundial) está prestes a se tornar santo. O conceito de santo varia? Enfim, como não encontram respostas, deixam de acreditar em religião.
O grupo 3 não se posiciona. Consideram-se religiosos só para serem aceitos. Estão próximos do Grupo 4, mas temem a não aceitação e se submetem a concordar com os conceitos religiosos que herdaram. No geral, são pessoas sem muita personalidade, facilmente influenciáveis e de vida simples. Não espere um grande líder vindo deste grupo.
Deixei o quarto e último grupo para o fim, visto a repulsão total que tenho por eles. Aqui, estão os que acreditam (vulgo “Crentes”). Não seguem a filosofia de sua religião, mas a defendem com o propósito de suas vidas terem uma causa. Para eles, há dois grupos no mundo: os que pertencem a sua religião e os que estão errados! O respeito e a dedicação é bem restrito aos seus. Os demais, nem deveriam existir (minha racionalidade me conduz a um exercício de lógica: se Jesus e Maomé pensassem assim, o Cristianismo e o Islamismo teriam sido as religiões de apenas um homem). Aqui estão os radicais (crentes devotos e terroristas)
Meus colegas e amigos sabem que não acredito no Deus religioso, porém acredito que existe uma força superior interligando as pessoas. Isso muda minha meu posicionamento de ateu para agnóstico.
Pensei: é correto classificar as pessoas em dois grandes grupos, em se tratando de religião? Não estaríamos sendo demasiadamente simplistas? Pois é, refleti mais um pouco e cheguei a seguinte conclusão:
A relação pessoas/religião pode ser classificada em quatro grupos:
1 - Os que seguem sua filosofia;
2 - Os que acreditam na religião;
3 - Os que se consideram religiosos;
4 - Aqueles que não acreditam na religião.
O grupo 1 e o grupo 4 são os mais admiráveis. No primeiro, encontram-se os padres (a grande maioria deles) e os fiéis. São pessoas serenas, que aceitam a existência de outras religiões, que seguem os bons ensinamentos da sua filosofia religiosa. Geralmente, são pessoas extremamente cultas, pois exige-se muita leitura e concentração para pertencer a este grupo e a cultura individual está diretamente ligada a estas virtudes. Enquanto no outro grupo, o número 4, estão as pessoas cientificistas e racionalistas. Quando usam a lógica, deixam de acreditar em religião (como foi o meu caso). Por exemplo: se Jesus, dito filho de Deus, pregou que perante a seu pai todos somos iguais, por que há uma hierarquia tão grande na religião católica? Não deveria ser como no Budismo, em que há apenas um líder espiritual (e não político)? A Inquisição e as Cruzadas não contradizem os ensinamentos da Bíblia? O Papa Pio XII (o mesmo Papa que não se posicionou ao genocídio da Segunda Guerra Mundial) está prestes a se tornar santo. O conceito de santo varia? Enfim, como não encontram respostas, deixam de acreditar em religião.
O grupo 3 não se posiciona. Consideram-se religiosos só para serem aceitos. Estão próximos do Grupo 4, mas temem a não aceitação e se submetem a concordar com os conceitos religiosos que herdaram. No geral, são pessoas sem muita personalidade, facilmente influenciáveis e de vida simples. Não espere um grande líder vindo deste grupo.
Deixei o quarto e último grupo para o fim, visto a repulsão total que tenho por eles. Aqui, estão os que acreditam (vulgo “Crentes”). Não seguem a filosofia de sua religião, mas a defendem com o propósito de suas vidas terem uma causa. Para eles, há dois grupos no mundo: os que pertencem a sua religião e os que estão errados! O respeito e a dedicação é bem restrito aos seus. Os demais, nem deveriam existir (minha racionalidade me conduz a um exercício de lógica: se Jesus e Maomé pensassem assim, o Cristianismo e o Islamismo teriam sido as religiões de apenas um homem). Aqui estão os radicais (crentes devotos e terroristas)
Meus colegas e amigos sabem que não acredito no Deus religioso, porém acredito que existe uma força superior interligando as pessoas. Isso muda minha meu posicionamento de ateu para agnóstico.
domingo, 17 de janeiro de 2010
NEGOCIATA NO AR. OU: REPÚBLICA DE BANANAS
Não se trata da minha opinião. Considero o assunto ainda muito oculto para opinar a respeito sem que eu possa estar sendo injusto. Também não sei como os outros países tratam seus investimentos militares para afirmar que o nosso governo agiu da maneira correta ou da maneira errada, mas, se vivêssemos em uma República Filosófica, o primeiro parágrafo do texto definiria bem a forma como esta compra deveria ser conduzida. No entanto, infelizmente, a política ainda não é (ou melhor, deixou de ser) o melhor campo para a aplicação da filosofia.
Escrito por Reinaldo de Azevedo, em seu Blog, no dia 12/01.
Nas democracias, como sabemos, não são os militares a decidir a hora de fazer a guerra ou de selar a paz. Essas são tarefas de governos civis, eleitos pelo povo. Mas não há democracia no mundo em que um presidente ou primeiro-ministro, mesmo sendo o comandante-em-chefe das Forças Armadas, interfira na tática puramente militar ou na melhor maneira de empregar o equipamento de guerra. Os soldados são treinados para isso. Só para que a situação seja ainda mais bem-compreendida: quando está no Aerolula, o presidente da República é, lá também, a autoridade máxima. Menos para os assuntos que dizem respeito ao vôo: aí, quem decide, é o comandante do avião; nesse particular, Lula é seu subordinado. Se der uma ordem contrária à segurança e à boa técnica de vôo, a obrigação do comandante é obedecer à lei, não obedecer à autoridade.
No caso da compra dos caças, tem-se uma situação parecida. A decisão do governo democrático, eleito pelo povo, é comprar ou não comprar os aviões, fazer a concorrência internacional, dizer o que pretende, quanto pode gastar etc. Mas é evidente que o mérito técnico dos aparelhos deve ser avaliado por quem entende da área: a Aeronáutica. E, por isso, ela foi chamada a opinar, num longo e exaustivo processo, produzindo milhares de páginas de análise técnica. Observem: a sua análise não é mandatária, claro! Mas recomenda o bom senso que as autoridades civis sigam o que dizem seus especialistas na área.
E qual foi a avaliação da Força Aérea Brasileira? Das três opções, a feita pelo governo Lula, a compra dos caças Rafale, é a pior. O sueco Gripen foi o preferido, e o americano F/A-18 ficou em segundo lugar. Acontece que Lula já havia prometido comprar os aviões franceses, e agora o ministro Nelson Jobim (Defesa) se esforça para arranjar uma boa desculpa técnica para justificar uma escolha muito mais cara e que ficou em último lugar na avaliação de quem entende do assunto. A operação envolve uma montanha de dinheiro: de R$ 7,7 bilhões a R$ 10 bilhões, por um lote inicial de 36 aeronaves.
O governo não tem como explicar a sua escolha além do compromisso assumido com o governo francês, sabe-se lá em que condições — compromisso este firmado enquanto a Aeronáutica fazia a sua avaliação. O máximo que Jobim consegue dizer é que decisões desse tipo são também políticas, seja lá o que isso signifique. Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores (que mal consegue distinguir um avião de um jumento), saiu-se com a máxima do clichê: “O barato, às vezes, sai caro”. Samuel Pinheiro Guimarães, o ministro da Sealopra, filosofou: “Não é só o preço que conta…”.
Repito aqui o convite que faço às vezes. Imaginem a seguinte situação: governo tucano decide comprar caças, com o PT na oposição. A Aeronáutica escolhe um modelo mais barato, considerado pela Força mais adequado às necessidades do Brasil. Os tucanos ignoram a recomendação e ficam com o modelo mais caro porque o presidente da República já prometeu, ao arrepio de qualquer análise, comprar o equipamento francês. Lula já teria dado umas 10 coletivas para denunciar a negociata. Ora, então não seria assim? Lembram-se quando os petistas mentiam dizendo que a Telebras fora vendida a preço de banana? Pois é! Petista não vende estatal a preço de banana; prefere comprar banana a peso de ouro.
Lula faz o que bem entende do dinheiro público e usa como quer os marcos legais quando se trata de lidar com potentados privados. O caso mais escandaloso de sua gestão foi a compra da Brasil Telecom pela Oi. A operação, quando realizada, era ilegal — embora tenha contado com apoio do BNDES. Lula mudou a lei só para “legalizar” a operação, o que levou este escriba a formular a frase que, para mim, define este governo: nas democracias, os negócios são feitos de acordo com a lei; nas republicas de bananas, as leis são feitas de acordo com os negócios.
Lula já fez o negócio com os franceses. Agora, o governo corre atrás de uma justificativa. República de bananas.
Escrito por Reinaldo de Azevedo, em seu Blog, no dia 12/01.
Nas democracias, como sabemos, não são os militares a decidir a hora de fazer a guerra ou de selar a paz. Essas são tarefas de governos civis, eleitos pelo povo. Mas não há democracia no mundo em que um presidente ou primeiro-ministro, mesmo sendo o comandante-em-chefe das Forças Armadas, interfira na tática puramente militar ou na melhor maneira de empregar o equipamento de guerra. Os soldados são treinados para isso. Só para que a situação seja ainda mais bem-compreendida: quando está no Aerolula, o presidente da República é, lá também, a autoridade máxima. Menos para os assuntos que dizem respeito ao vôo: aí, quem decide, é o comandante do avião; nesse particular, Lula é seu subordinado. Se der uma ordem contrária à segurança e à boa técnica de vôo, a obrigação do comandante é obedecer à lei, não obedecer à autoridade.
No caso da compra dos caças, tem-se uma situação parecida. A decisão do governo democrático, eleito pelo povo, é comprar ou não comprar os aviões, fazer a concorrência internacional, dizer o que pretende, quanto pode gastar etc. Mas é evidente que o mérito técnico dos aparelhos deve ser avaliado por quem entende da área: a Aeronáutica. E, por isso, ela foi chamada a opinar, num longo e exaustivo processo, produzindo milhares de páginas de análise técnica. Observem: a sua análise não é mandatária, claro! Mas recomenda o bom senso que as autoridades civis sigam o que dizem seus especialistas na área.
E qual foi a avaliação da Força Aérea Brasileira? Das três opções, a feita pelo governo Lula, a compra dos caças Rafale, é a pior. O sueco Gripen foi o preferido, e o americano F/A-18 ficou em segundo lugar. Acontece que Lula já havia prometido comprar os aviões franceses, e agora o ministro Nelson Jobim (Defesa) se esforça para arranjar uma boa desculpa técnica para justificar uma escolha muito mais cara e que ficou em último lugar na avaliação de quem entende do assunto. A operação envolve uma montanha de dinheiro: de R$ 7,7 bilhões a R$ 10 bilhões, por um lote inicial de 36 aeronaves.
O governo não tem como explicar a sua escolha além do compromisso assumido com o governo francês, sabe-se lá em que condições — compromisso este firmado enquanto a Aeronáutica fazia a sua avaliação. O máximo que Jobim consegue dizer é que decisões desse tipo são também políticas, seja lá o que isso signifique. Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores (que mal consegue distinguir um avião de um jumento), saiu-se com a máxima do clichê: “O barato, às vezes, sai caro”. Samuel Pinheiro Guimarães, o ministro da Sealopra, filosofou: “Não é só o preço que conta…”.
Repito aqui o convite que faço às vezes. Imaginem a seguinte situação: governo tucano decide comprar caças, com o PT na oposição. A Aeronáutica escolhe um modelo mais barato, considerado pela Força mais adequado às necessidades do Brasil. Os tucanos ignoram a recomendação e ficam com o modelo mais caro porque o presidente da República já prometeu, ao arrepio de qualquer análise, comprar o equipamento francês. Lula já teria dado umas 10 coletivas para denunciar a negociata. Ora, então não seria assim? Lembram-se quando os petistas mentiam dizendo que a Telebras fora vendida a preço de banana? Pois é! Petista não vende estatal a preço de banana; prefere comprar banana a peso de ouro.
Lula faz o que bem entende do dinheiro público e usa como quer os marcos legais quando se trata de lidar com potentados privados. O caso mais escandaloso de sua gestão foi a compra da Brasil Telecom pela Oi. A operação, quando realizada, era ilegal — embora tenha contado com apoio do BNDES. Lula mudou a lei só para “legalizar” a operação, o que levou este escriba a formular a frase que, para mim, define este governo: nas democracias, os negócios são feitos de acordo com a lei; nas republicas de bananas, as leis são feitas de acordo com os negócios.
Lula já fez o negócio com os franceses. Agora, o governo corre atrás de uma justificativa. República de bananas.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Brasil: um território de ursos que se acham espertos!
Adaptei esta piada que recebi do meu amigo Angelo Daudt. Ela é simples e engraçada, mas um pouco reflexiva também.
________________________
Um coelhinho felpudo estava fazendo suas necessidades matinais, em um canto bem escondido da floresta, quando olha para o lado, e vê um enorme urso fazendo o mesmo.
O urso se vira para ele e diz:
- Hei, coelhinho felpudinho, você solta pêlos?
O coelhinho, vaidoso e indignado, responde:
- De forma alguma! Venho de uma linhagem muito boa e meu pelo é absolutamente firme... boa...
Então, sem delongas, o urso pegou o coelhinho e limpou sua grande e enorme bunda com ele.
MORAL DA HISTÓRIA:
CUIDADO COM AS RESPOSTAS PRECIPITADAS. PENSE BEM NAS POSSÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS ANTES DE RESPONDER! Porém...
...no dia seguinte, o leão, ao passar pelo urso, diz:
- Aí, hein, seu enorme urso! Com toda essa pinta de bravo, fortão, bombado, hein?!?!? Quem diria?
- Quem diria o quê? Responde o urso;
- Ora o quê! Te vi ontem, dando o rabo para um coelhinho felpudo, naquele canto bem escondido da floresta! A propósito: Já contei pra todo mundo!!!
MORAL DA MORAL:
VOCÊ PODE ATÉ SACANEAR ALGUÉM, MAS LEMBRE-SE QUE SEMPRE EXISTE ALGUÉM MAIS FILHO DA PUTA QUE VOCÊ!
"O problema do Brasil é que, quem elege os governantes não é o pessoal que lê jornal, mas quem sem limpa com ele!"
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Um coelhinho felpudo estava fazendo suas necessidades matinais, em um canto bem escondido da floresta, quando olha para o lado, e vê um enorme urso fazendo o mesmo.
O urso se vira para ele e diz:
- Hei, coelhinho felpudinho, você solta pêlos?
O coelhinho, vaidoso e indignado, responde:
- De forma alguma! Venho de uma linhagem muito boa e meu pelo é absolutamente firme... boa...
Então, sem delongas, o urso pegou o coelhinho e limpou sua grande e enorme bunda com ele.
MORAL DA HISTÓRIA:
CUIDADO COM AS RESPOSTAS PRECIPITADAS. PENSE BEM NAS POSSÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS ANTES DE RESPONDER! Porém...
...no dia seguinte, o leão, ao passar pelo urso, diz:
- Aí, hein, seu enorme urso! Com toda essa pinta de bravo, fortão, bombado, hein?!?!? Quem diria?
- Quem diria o quê? Responde o urso;
- Ora o quê! Te vi ontem, dando o rabo para um coelhinho felpudo, naquele canto bem escondido da floresta! A propósito: Já contei pra todo mundo!!!
MORAL DA MORAL:
VOCÊ PODE ATÉ SACANEAR ALGUÉM, MAS LEMBRE-SE QUE SEMPRE EXISTE ALGUÉM MAIS FILHO DA PUTA QUE VOCÊ!
"O problema do Brasil é que, quem elege os governantes não é o pessoal que lê jornal, mas quem sem limpa com ele!"
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Are you in? (or rather: do you dropped in this???)
A inércia não existe para opiniões. Quando você não toma partido em uma discussão, já está tomando um. Quando você se posiciona a favor de alguma coisa, automaticamente esta sendo contrário à outra. Já escrevi sobre o a forma como os americanos enxergam o aquecimento global, porém eu tinha a esperança de ter exagerado neste post.
Há poucos dias, assistia meus seriados no Warner Channel, quando vi uma propaganda do Harrison Ford se depilando e falando (apontando para o peito recém depilado à cera) "o que fazem aqui, eu sinto" (ou algo parecido). A questão é que a propaganda é uma alusão ao fato dos americanos sentirem lá o impacto do desmatamento provocado em outros países. Sentindo de que forma? Com os problemas do aquecimento global! Pode acreditar, eles, realmente, estão dizendo isto (confira você mesmo: http://www.teamearth.com/pages/about_saving_forests).
Ao falar que o principal problema do aquecimento global é o desmatamento, automaticamente eles estão dizendo que não é a emissão de CO2 por queima de combustível fóssil. Engraçado que a pesquisa na qual o desmatamento é apontado como nova principal causa tenha sido encomendada por eles! Justamente o país que mais utiliza este recurso para mover sua economia, seja com a utilização de usinas termoelétricas abastecidas à carvão, seja com a industrialização/utilização de automóveis. Que incrível coincidência!! Só não é mais incrível do que o apoio ($$) para este projeto estar partindo de gigantes industriais americadas que, direta ou indiretamente, dependem desta queima de combustível fóssil. Não é incrível???
Coincidência ou não, este movimento ganha força ($$) justamente no momento mais frágil da economia norte americana, da maior ascendência da China e da maior crise de empregos estadosunidense. Imaginem: se com este cenário de caos, eles ainda precisassem frear seu crescimento econômico para cuidar do meio ambiente? A fim de evitar isto, nada melhor do que providenciar uma pesquisa "comprovando" que a queima de combustível fóssil é uma pequena bobagem se comparada ao "temível" impacto das queimadas.
Mais bacana, ainda, é a frase deles (na foto que postei acima).
1 - "Os pulmões da Terra (the hungs of the Earth)"
Desde quando as florestas tropicais são os pulmões da Terra? Florestas antigas (como as tropicais) absorvem da atmosfera tanto oxigênio quanto produzem, ou seja, são apenas auto-suficientes. Ao contrário das algas, por exemplo, que produzem mais oxigênio do que precisam. Estima-se que 80% do oxigênio da Terra venha das algas (se alguém aqui for pulmão, são elas).
2 - "Combustível das mudanças climáticas (fuels climate change)"
Bom, aqui está o posicionamento! Ou seja, desde que os americanos encomendaram sua pesquisa, eles (pelo menos este pequeno grupo, o qual espero que continue pequeno) acreditam que esta é a nova causa do aquecimento global (e não mais a queima de combustíveis fóssil).
Só resta esperar que ao invés das pessoas entrarem nesta, elas não caiam nesta!
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Imprensa do Entretenimento
O objetivo da imprensa não seria noticiar informações? Respondendo, sim é isso mesmo. Ela deveria contrastar com a comunicação de propaganda ou de entretenimento. No entanto não são poucas as vezes que leio um jornal e deparo-me com "alfinetadas" a determinados políticos, ao invés de restringir-se a notificar os fatos. Ao se posicionar, a imprensa passa a ser propagandista. Bom, mas o que me levou a abordar este assunto hoje, é o outro desvio da mídia: o entretenimento.
Desde o dia 01/01, os instrumentos de comunicação não divulgam outra coisa se não a tragédia em Angra dos Reis. Ok, noticiar o que aconteceu, comunicar a população dos perigos de viagens para o local e até mesmo anunciar os desaparecidos e os procedimentos de busca adotados, sim, até passa, mas não é apenas isso que está acontecendo. Na terça-feira, o tele-jornal Bom dia Brasil, da Rede Globo, adentrou (como tem sido costume da emissora) no entretenimento. O ancora do programa iniciou o jornal dizendo que aquela edição dedicar-se-ia ao drama da família que perdeu a filha e a sua pousada. Agora, pergunto: apresentar uma entrevista sobre o drama de uma família específica, com vídeos da filha que morrera no acidente e depoimentos de amigos que a amavam é informação?
Embora seja difícil para alguns admitirem, isto é apenas fofoca. O objetivo não é informar e sim prender as pessoas à televisão. Não trocarem de canal. Ou seja, as entreterem (da forma mais cretina, diga-se de passagem). Comparando com a mídia impressa, este tipo de "informação" é semelhante a de revistas como a Contigo, a Caras e mais uma série deste lixo que, felizmente, eu desconheço o nome. E o pior é que a estratégia funciona. As pessoas continuam assistindo e, algumas, se quer percebem que ligaram a teve para assistir notícias, mas estão inseridas em informações específicas sobre determinada pessoa ou família.
Quando seleciono um canal para assistir notícias, busco informações. Quando o veículo rompe seu compromisso informativo, simplesmente troco de emissora. Quando isso se repete muitas vezes, deixo de confiar minha audiência aquele programa. Voltando a analogia, se eu estiver interessado em entretenimento, compro revistas como a Super Interessante, a Galileu ou a Placar, mas nunca me verão lendo uma Contigo.
Desde o dia 01/01, os instrumentos de comunicação não divulgam outra coisa se não a tragédia em Angra dos Reis. Ok, noticiar o que aconteceu, comunicar a população dos perigos de viagens para o local e até mesmo anunciar os desaparecidos e os procedimentos de busca adotados, sim, até passa, mas não é apenas isso que está acontecendo. Na terça-feira, o tele-jornal Bom dia Brasil, da Rede Globo, adentrou (como tem sido costume da emissora) no entretenimento. O ancora do programa iniciou o jornal dizendo que aquela edição dedicar-se-ia ao drama da família que perdeu a filha e a sua pousada. Agora, pergunto: apresentar uma entrevista sobre o drama de uma família específica, com vídeos da filha que morrera no acidente e depoimentos de amigos que a amavam é informação?
Embora seja difícil para alguns admitirem, isto é apenas fofoca. O objetivo não é informar e sim prender as pessoas à televisão. Não trocarem de canal. Ou seja, as entreterem (da forma mais cretina, diga-se de passagem). Comparando com a mídia impressa, este tipo de "informação" é semelhante a de revistas como a Contigo, a Caras e mais uma série deste lixo que, felizmente, eu desconheço o nome. E o pior é que a estratégia funciona. As pessoas continuam assistindo e, algumas, se quer percebem que ligaram a teve para assistir notícias, mas estão inseridas em informações específicas sobre determinada pessoa ou família.
Quando seleciono um canal para assistir notícias, busco informações. Quando o veículo rompe seu compromisso informativo, simplesmente troco de emissora. Quando isso se repete muitas vezes, deixo de confiar minha audiência aquele programa. Voltando a analogia, se eu estiver interessado em entretenimento, compro revistas como a Super Interessante, a Galileu ou a Placar, mas nunca me verão lendo uma Contigo.
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