terça-feira, 30 de agosto de 2011

O que a Deputada Jaqueline Roriz tem em comum com a defesa do Inter

    
     Eu sou colorado e tem um cara no meu time, o zagueiro Bolívar, que simplesmente não dá mais. O cara até já foi bom, mas ultimamente ele está horrível. Ai, dias atrás, vendo a torcida vaiá-lo, fiquei pensando: que culpa ele tem de ser ruim? Quem tem de ser vaiado é o técnico que, mesmo sabendo da ruindade, o escalou. O que vocês, torcedores, esperavam, que na hora da escalação ele dissesse "desculpe professor, sou muito ruim, vou ficar no banco. Escala o Ruan". Isso? Pois é, hoje, lendo sobre a Deputada Jaqueline Roriz, lembrei deste pensamento.

     Para quem não sabe, ela foi absolvida do processo de cassação do seu mandato por quebra de decoro parlamentar. A acusação dava-se por ela ter sido flagrada colocando dinheiro na bolsa no caso do Mensalão do DEM, mas como ela "enfiou" a mão no dinheiro público só em 2006 (e se elegeu deputada em 2010), os deputados consideraram que ela não quebrou decoro algum, a final, nem era parlamentar na época. Agora, depois de ela ter sido absolvida, todos (redes sociais, comentaristas políticos, etc) estão comentando que isso é uma vergonha. Que eles deveriam ter tirado ela de lá!

     Vamos combinar uma coisa: todo mundo, mas todo mundo ao menos ouviu falar do caso do Mensalão do DEM e mesmo assim ela foi eleita??? Que merda é essa??? Como alguem votou nessa mulher?!?!?! Pior: ainda querem que os próprios políticos corrijam esta cagada!

     Pois é, pensem bem antes criticar a política no Brasil. Voltando ao exemplo do meu time, é como se nós fossemos o técnico de um time escalando um perna de pau. Ai, quando obviamente o jogador começa a comprometer toda a equipe, ao invés de ter pensado melhor por que escalamos ele e corrigir no próximo jogo, agente simplesmente sobe para a arquibancada, faz de conta que não tem nada ver com a estória, xinga o cara e se irrita com os outros jogadores por passar a bola para ele! (continuo achando que as vaias deveriam ser para o treinador).

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pare de copiar e colar frases prontas só para parecer inteligente!!!


     É impressionante como a internet pode nos mostrar o quanto as pessoas são superficiais. Toda vez, mas toda vez que eu entro no Facebook encontro frases prontas. Sempre tem um Gandhi, um Dalai Lama e um Charlie Chaplin "postado" por alguém e com um monte de babacas "curtindo" ou "comentando" sem entender merda alguma. Entenda uma coisa: você não é inteligente apenas por que leu uma frase na internet, achou que ela relata verdades incontestáveis, percebeu que ela foi atribuída a um cara que disseram para você que fez algo legal da vida e então decidiu copiá-la e colá-la no seu "Face". Não!!! Você não é!

     Estes dias eu li: "Só sei que nada sei (de algum livro do Sócrates ao perceber que ninguém poderia saber tudo)". NOSSA, QUANTA BOÇALIDADE!!!!! Primeiro que Sócrates nunca escreveu nada. Tudo que fora dito por ele foi Plantão quem escreveu. Segundo que esta frase foi usada como uma afronta aos sofistas, que diziam saber tudo. Então ele usava esta frase com seus alunos (tipo, com o Plantão, sacou?) para fazê-los refletir o quanto era importante cada um entender a sua ignorância para alcançar a sabedoria, em outras palavras,  dizia que eles só poderiam alcançar a sabedora quando soubessem que nada sabiam (no caso, entender a sua ignorância, pois aquele que tudo sabe nada tem a aprender).

     Dica: leia, assista programas interessantes, informe-se e transforme tudo isso em conhecimento. Ai sim você estará sendo inteligente. Se leu uma frase bacana, descubra quem a criou (e não o que está escrito no sitezinho onde você a leu). Depois, descubra o livro ou o discurso em que esta frase foi publicada. Ai, leia todo o livro (ou assista o discurso), re-leia e então entenda toda a ideia. Por último, se você concorda com a ideia, coloque-a em prática e compartilhe-a com as pessoas, estando apto a explicá-la e fazer com que acrescente algo na vida de alguém.

     "Ahhh, mas isso é chato...". Sim seu IMBECIL!!! Afinal, o que você quer não é isso (melhorar sua vida e acrescentar algo na dos outros). Você apenas quer parecer um merda, mas um merda inteligente, e, para isso, apenas copiar e colar frases da internet é o suficiente.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Segundo a Bíblia, NÃO trair é pecado!

     Estava lendo um blog que dizia o seguinte:


Pois quem no céu se pode igualar ao SENHOR? Quem entre os filhos dos poderosos pode ser semelhante ao SENHOR? (Salmos 89: 6).


     Este trecho da Biblia estava lá para dar "luz" a ideia de que ninguém pode ser ou querer ser igual a deus (no caso, o tal do SENHOR ai do pedaço bíblico). Pois é, ai, entro no Facebook e leio: "Deus é fiel".

     Achei que traição fosse pecado, mas, pelo visto, pecado é tentar se igualar a Deus: ser fiel!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

São Pedro e Bruna Surfistinha


     Estava conversando com alguns colegas no intervalo da faculdade e, em um assunto que não lembro a origem, um dos colegas disse: "sim, inclusive eu vi isso no filme da Bruna Surfistinha". Então fiz uma cara parecida com a dos torcedores brasileiros quando o Mano Menezes anunciou que o Jadison seria titular no primeiro jogo contra o Paraguai. E ele me recriminou: "qual o problema com o filme da Bruna Surfistinha?".

     Sabendo que ele era religioso, fiz a segunda analogia:

     Imagine se um dia eu estiver entre a vida e a morte e parar na porta dos céus. Então, vou ver São Pedro e vou implorar que me deixe apenas mais alguns anos na Terra: "tio de branco, por favor!!!! Deixa eu voltar!!!! Só mais alguns anos. A vida é tão boa e eu gosto tanto de lá". Ai, ele puxaria um longo e extenso pergaminho contendo toda a minha "ficha" terrestre. Cabisbaixo, lendo a ficha com um óculos de leitura equilibrado na ponta do seu narigão santo, ele me olharia por cima dos óculos e diria: "ahhh, o que temos aqui... ...vejo na sua ficha que você usou duas horas da sua vida terrestre assistindo filme da Bruna Surfistinha. hein??? Também percebi que há várias horas de Domingão do Faustão, Zorra Total e leitura de livros de autoajuda! Muito bonito né! Desperdiçando a sua vida e agora pedindo mais tempo para mim. Nada feito! Pode subir."

     Não sou religioso e tão pouco acredito que isso ficaria registrado na minha ficha de horas, mas antes que eu precise pedir mais tempo de vida, prefiro aproveitar melhor as horinhas que estão sob o meu domínio.

sábado, 6 de agosto de 2011

Observem os Hamsters!


     Dias atrás, um amigo presenteou a filha da namorada com dois hamsters. Enquanto eu olhava os bichinhos, troquei uma idéia rápida com um deles (não, eu não tinha fumado nada): "Ei, amiguinho! Qual o sentido de ficar girando em uma roda?". Obviamente não obtive resposta, porém, à noite, quando já estava em casa, passando os canais parei no Discovery e imaginei um hipotético diálogo entre os ratinhos se eles estivessem ali comigo:

- Hein, Mickey, tu já conseguiu entender esse negócio que os humanos fazem nesse tal de Everest?
- Pois é, Gigio, os caras sobem esse morro branco, chegam no topo e voltam. Que coisa sem sentido!
- É, Mickey meu velho, eles fazem algo tão sem sentido quanto nós e ainda arriscam a vida para isso. E depois nós é que somos os irracionais.

     Após a reflexão dos ratos imaginários percebi algo em comum que temos com os animais: precisamos de desafios para nos sentir vivos.

     Assim como sei que se você tirar a roda dos hamsters eles podem morrer de stress (nesta parte não tem alucinações emaconhadas. Acreditem, é verdade isso), os cães da raça São Bernardo precisam passear com mini mochilas nas costas para não sofrerem do mesmo mal. Isso por que esses animais precisam de desafios e nós somos iguais a eles.

     Se não criarmos atividades que nos desafiem, que testem nossas capacidades, cairemos em frustração. Qualquer um que trabalhar em uma organização nada desafiadora só terá uma mentalidade sadia se tiver algo do lado de fora que a mantenha "viva". Muitos pais têm em seus filhos a força motriz para enfrentar a rotina das outras atividades menos desafiadoras. Também há os que criam ou tornam-se voluntários em ongs e até mesmo quem precise escalar o Everest para continuar se sentindo vivo.

     Independente do que for a atividade, encontre o seu Everest (nossa, que frase mais pronta de livro de auto ajuda, rsrsrs). Brincadeiras a parte, a mensagem no fundo é séria. O fato é que a frustração da vida de muitos pode ter uma solução tão obvia quanto a função da roda para os hamsters.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Por que não conseguimos conviver em sociedade (um dos motivos)?


     Dias atrás, eu estava assistindo a um filme do Michael Moore. Ao explicar por que ele acreditava que as empresas, mesmo ele falando mal delas, ainda patrocinavam seu filme, ele respondeu que o fato devia-se a uma brecha no capitalismo. Os empresários acreditam que nada vai acontecer a eles e, por sua vez, um filme é uma boa oportunidade de divulgar sua marca. Segundo ele, um capitalista vende a própria corda com a qual será enforcado se perceber que pode lucrar com isso. E é a mais pura verdade.

     Vamos a um exemplo bem simples. A Sony Records há anos tenta judicialmente o fim do formato de mídia MP3, porém a Sony Ericsson teve seu maior volume de vendas em equipamentos celulares em um modelo, cujo principal recurso era justamente a reprodução de MP3 (linha Walkman). Esse dilema da Sony confirma a teoria do cineasta. No entanto, também há uma brecha bem evidente no sistema socialista, defendido por  Michael Moore: o interesse pessoal sempre virá antes do interesse coletivo.

     Se você ler as idéias de Marx e de Engels sobre socialismo e sobre comunismo não conseguirá discordar de uma linha do que encontrar. A riqueza atual do mundo, se dividida, permitiria a todos uma condição social de classe média alta (bem simples: some o PIB dos países e divida pelo numero de habitantes). Assim como a produção diária de alimento mundial seria suficiente para alimentar todas as pessoas do mundo e ainda sobraria duas toneladas por dia (dados da ONU).Qualquer um, unanimemente, ao ler isso concorda que este seria um mundo melhor e realmente acredita que deveríamos colocar em prática esta matemática, porém, não sabendo como fazer, apenas lamenta. No entanto a forma de fazer isso é muito simples.

     Se você tem muito, mas muito dinheiro, não compre um carro de 2 milhões ou um vinho de 120 mil. Compre um belo carro e um excelente vinho, mas doe o restante para o governo. Se você não desfruta de toda essa grana, mas está prestes a comprar um sofá de 5 mil ou um celular de mil reais, compre produtos mais simples e doe o restante do dinheiro aos mendigos que encontrar na rua. Eis a brecha do sistema socialista!

     Você realmente acredita que o governo irá investir o dinheiro? Bom, se investisse, com o que arrecada, até cerveja deveria ser de graça no Brasil. E o mendigo? Você acredita que ele pegará o dinheiro, comprará roupas novas e tentará buscar um emprego??? Nada! Ele vai lhe pedir mais no dia seguinte, aproveitando-se da sua bondade. Por sua vez, sabendo disso, você não doa o quanto poderia a quem precisa e ainda faz de tudo para sonegar ao governo.

     E assim convivemos socialmente: pessoas morrendo de fome, governos corruptos e ricos ostensivos, pois cada um trata de defender seus próprios interesses. Ainda bem que temos as leis!