domingo, 24 de julho de 2011

Por que os ciclistas não aprendem com os gays?

     Estava lendo uma reportagem sobre o movimento massa crítica, o qual relatava que os ciclistas haviam fechado uma rua para protestar a morte de um colega de pedaladas atropelado. Meses atrás, aqui em Porto Alegre, um imbecil motorizado fez um “strike” de ciclistas enquanto o grupo realizava sua tradicional pedala de protesto (na qual, centenas de bicicletas ocupam as ruas por onde passam, interditando o transito de veículos). E, dias atrás, novamente durante um destes protestos, eles trancaram uma rua que dava acesso a um hospital, gerando bastante polêmica entre os porto-alegrenses. Ok, mas o que há de errado em protestar? E mais: o que isso tem a ver com gays?

     Para garantir seus direitos, os gays usaram as leis (sim, direito..., lei..., faz sentido né?) e, para garantir que elas fossem criadas, elegeram políticos homossexuais (Clodovil, Érika Kokay, Jean Wyllys, entre outros) e simpatizantes (Marta Suplicy, por exemplo). Hoje, temos casamento gay, união estável, pena para homofobia e por ai vai (quem já assistiu ao filme Milk sabe do que estou falando). Nada de protesto contra os heteros. Para eles, quer ser hetero que seja, mas eles também querem o direito de ser o que bem entende.

     Esse é o aprendizado para os ciclistas. Se o cara quer um carro, que compre um e o dirija, mas eles também deveriam ter o direito de fazer o mesmo com suas bicicletas. E jamais, de forma alguma, conseguirão isso com protestos contra os motoristas. Eles precisam fazer o mesmo que os gays: atacar a superestrutura ao invés da estrutura (já falei sobre isso aqui no blog).

     Ver ciclistas brigando com motoristas é fantástico para o governo, pois, assim os políticos ficam livres de se expor ao votar um projeto de lei para uso de bicicletas. Sem mencionar que, ao invés de transparecer o evidente (que falta infraestrutura para ambos), a impressão que fica é de que os brasileiros não conseguem viver em sociedade.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Teste do Inmetro: religiões.


Dias atrás, navegando na intenet deparei-me com o texto abaixo. Vale a pena (pelo menos achei engraçado):


Depois de testar a qualidade de tudo quanto é produto no mercado, chegou a vez do Inmetro analisar a qualidade das principais religiões disponíveis no mercado.


1° Teste: Deveres, exigências e proibições

- Igreja Católica: aprovada
Apesar de algumas cláusulas abusivas encontradas no contrato, tal como 10 mandamentos e 7 pecados capitais, a desvalorização que o perdão vem sofrendo e a entrada no mercado de outras religiões obrigou a Igreja a tornar-se mais flexível.

- Igreja Evangélica: reprovada
Aqui temos uma situação curiosa: embora o perdão seja muito mais barato (o que explica a grande concentração de ex-atrizes-pornô, ex-serial-killers, ex-apresentadores-de-programa-infantil, ex-trapalhões e jogadores de futebol nessa religião), a chantagem emocional praticada posteriormente, do tipo "agora que eu te dei perdão, você tem que me dar sua alma", também praticada em casos de traição, complica muito a vida do fiel.

- Judaísmo: aprovado
Circuncisão, estado vegetativo aos sábados e nem pensar em feijoada seriam fatores decisivos para reprovação da religião no teste. No entanto, o lobby feito pelos carecas, que gostam do "chapeuzinho engraçado", o famoso open bar mitzvah e a permição de surrupio de gravatas superaram os contras.

- Islamismo: reprovado
À primeira vista, o islamismo parece ideal: poligamia, bombas e dança do ventre. Mas analisando com maior atenção, as vantagens tornam-se revés muito piores do que pagar 50 ao banco, ou ir para cadeia. Manter duas ou mais mulheres debaixo de um mesmo teto, ao lado de um mesmo homem e próximas a um razoável número de faqueiros revela-se uma combinação letal. As bombas parecem divertidas até você ter que explodir-se com elas. E a parte da dança do ventre é lenda: mais uma mentira criada por novelas da Globo (assim como a existência do Acre).


2° Teste: Promessas/Recompensas

- Igreja Católica: reprovada
O contrato diz claramente que a recompensa só é entregue após a morte. E atualmente a Igreja avisa que, devido a freqüentes greves dos Correios, esse prazo está sujeito a alterações. As indenizações prometidas para crianças que efetuaram algum tipo de troca/acordo com padres, raramente são entregues. Além disso, recentemente foi comprovado que GPS guia melhor que Deus, fazendo outra promessa da Igreja cair por terra (ou mar).

- Igreja Evangélica: aprovada
Basta você ter fé e doar 70% do seu salário para conquistar o amor da sua vida, salvar seu casamento, curar o câncer, vencer a Aids, ganhar na loteria, fundar uma multinacional, ganhar dinheiro na Bolsa, sair da cadeira de rodas, voltar a enxergar, sair da depressão e fazer seu time voltar pra primeira divisão.

- Judaísmo: reprovado
Pães caem do céu, mares se abrem, terra prometida... seriam ótimas recompensas, se não fosse o aquecimento global. As mudanças climáticas diminuíram drasticamente a precipitação de pães, enquanto o aumento do volume dos mares inutilizou o cajado. Já a terra prometida está sendo disputada na Justiça por quatro grupos: judeus, palestinos, índios e arrozeiros. Além disso, também sofre freqüentes invasões do MST.

- Islamismo: reprovado
Treze virgens esperando no céu - seria aprovado se fosse somente para uso masculino. Mas não há nenhuma menção às mulheres no contrato. Elas não seriam recompensadas? Ou também receberiam 13 virgens no céu? Ou ainda: tornariam-se virgens ao morrer? A falta de clareza no contrato foi o fator decisivo para a reprovação da religião.


3° Teste: Punição

- Igreja Católica: aprovada
Antigamente muito rígida, a Igreja parece ter mudado sua postura perante a humanidade assim que parou de queimar as pessoas. Foi a partir desse momento que o purgatório foi reformado, redecorado e tornou-se um ambiente agradável e propício para o arrependimento. O inferno também passou por mudanças, ganhando uma lan house, uma academia e 230m² de área verde.

- Igreja Evangélica: aprovada
O inferno da Igreja Evangélica, baseado em modelos antigos, promete "queimar eternamente no fogo do diabo", mas com a crise dos combustíveis o serviço foi suspenso por tempo indeterminado, não havendo, assim, punição.

- Judaísmo: reprovado
O inferno é em vida e intinerante: já foi no Egito, na Alemanha, Polônia... Além disso, a todo momento aparece alguém com raiva dos judeus. Esses fatores também fazem com que o seguro de vida seja mais caro.

- Islamismo: reprovado
O Inmetro leu 1/4 da lista de punições previstas no Alcorão. Com sono, os especialistas resolveram reprovar com o argumento de que "tudo em excesso é ruim". E incluíram a rede Al Jazeera na lista de punições aos islâmicos.


O Blog entrou em contato com as fabricantes, e suas manifestações foram as seguintes:

A Igreja Católica disse que já está fazendo os ajustes necessários para adaptar o produto às condições do Inmetro.
A Igreja Evangélica disse que vai aumentar o dízimo para melhorar a qualidade do produto.
Os Judeus acusaram o Inmetro de Nazistas e Anti-Semitas.
Os Muçulmanos, irritados por serem reprovados nos três testes, avisaram que irão atacar a base do Inmetro em breve, mas não publicaram a data.

domingo, 10 de julho de 2011

Filosofia e Religião em uma frase

Salve à inspiração divina da internet:

A Filosofia cria perguntas para as quais as pessoas podem não ter resposta, enquanto a religião cria respostas para as quais as pessoas não podem ter perguntas.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Aborto: se for irresponsável, seja até o fim!

Estava fazendo uma pesquisa sobre aborto em outros países, mais por curiosidade do que por ciência, e cheguei a conclusão de que os religiosos estão certos. O aborto não faz o menor sentido. Não vou nem discutir o fato de ser ou não um atentado à vida. Por enquanto, vou restringir a reflexão na ideia do sentido mesmo.

Primeiro que sexo, para os religiosos, não deve ser executado como um ato de livre prazer, mas sim para fins de reprodução (se eles seguem isso ou não, ai é outra coisa, mas é essa a doutrina difundida). Outra conduta definida é que ele só deve ser feito após o casamento, que, por sua vez, deve ser para o resto da vida. Ou seja, do ponto de vista religioso, uma mulher primeiro encontrará o homem com quem desejará passar o resto de sua vida, em seguida eles decidirão ter um filho e somente após isso irão permitir-se o ato sexual. Essa é a conduta defendida pela igreja. Para eles, não há sentido no aborto se esta for seguida.

Pense a respeito: se você não fizer nada para evitar, o sexo irá gerar um filho; evidente. Logo, a ideia da igreja tem lógica. O natural da relação é sim que a mulher engravide então não pode ser feita buscando prazer, mas sim quando o intuito for engravidar.

Ok, mas não é por reconhecer esta lógica que vou só vou transar novamente quando desejar ter um filho. Sou declaradamente não religioso e, para mim, sexo é um meio de se obter prazer, sim, e daí? Logo (ainda na ideia da lógica) se, por acaso, minha parceira engravidar, vou olhar para ela e dizer, "bom, agora, vamos ao aborto né?" (com toda a naturalidade de quem transou pensando apenas em prazer e não em ter um filho). Eis a divergência!

99% dos homens que leram isso concordam, mas boa parte das mulheres não. A maioria, na hora de fazer o aborto, dirá "sim, mas agora eu engravidei. Há uma vida dentro de mim!". Nossa, que lindo isso! Comovente! Faz a bobagem de transar pensando em prazer (sim, sou um abobado também) e depois adota o discurso moralista, como se a intenção inicial fosse o filho.

Quando for transar, lembre-se: isso foi feito para reproduzir. Prazer é uma consequência. Agora, se você transformar a consequência em objetivo, bom, ai leve isso até o fim. Não seja imoral nas ações e moralista no discurso ou você irá colocar um filho no mundo "sem pai" e a coitada da sua mãe vai acabar ganhando um filho de presente.
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